Trinta e seis

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Ouçam Love Poem durante todo o capítulo. Espero que gostem 💕

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December 21st, 2019

_Jihyo? -Nayeon chamou a amiga, ela estava sentada sobre uma mesinha de madeira perto da janela, o rosto mais magro ficou visível graças a luz fraca que vinha de fora. Três seguranças estavam na porta e olharam para trás ao ver Nayeon que acenou para eles e sorriu antes de ir até Jihyo que olhava pela janela com olhos distantes, tão tristes que a mais velha não soube o que dizer.

Notou algo nas mãos dela. Era uma caixinha de anéis, imediatamente Nayeon sentiu vontade de chorar porque constatou que Jihyo segurava as alianças que havia dito que compraria para pedir Sana em namoro oficialmente. Com a mão na boca, de longe, Nayeon observou Jihyo encarar as alianças na caixinha, o choro escorria por seu rosto silenciosamente. Aquilo, para Jihyo, doía mais que tudo que jamais havia pensado.

A mais velha não aguentou e subiu para o quarto, estava decidida a colocar um ponto final em todo o sofrimento que estava vendo.

_Por favor, volte pra mim.. por favor, Sana, me escute. Volte. Por favor.. -Jihyo disse olhando fixamente para a estrada.

A líder apertou a caixinha na altura de seu coração, já estava ficando louca, sentia isso.

No apartamento, Sana caminhava de um lado para o outro, o relógio marcava três e meia da manhã. As lágrimas rasgavam seu rosto, sentia tanta a falta de Jihyo que estava se tornando insuportável sua própria companhia. Agora que Eunha foi ficar com as meninas para finalizar os preparativos para as apresentações, se viu imersa num vácuo repleto de dor. Sentia tanta dor emocional que estava sentindo seu físico ser afetado.

Se sentou no sofá e chorou, chorou até soluçar. Olhou os vídeos no celular, aquele vídeo em que dizia que era de Jihyo foi o que fez Sana passar mal de tanto chorar. Mandou mensagem para Momo, a japonesa abriu os olhos abruptamente com o som do celular, viu a mensagem e se levantou, pegou um agasalho e saiu às pressas de casa. Desceu as escadas rapidamente, sequer viu Jihyo ali e saiu no frio extremo da madrugada. Pediu a um segurança que a levasse até o endereço informado e ele prontamente a atendeu. O sujeito ouvia uma rádio alemã, Momo bateu queixo de frio até estar no prédio de Sana. Agradeceu ao segurança e disse que ele poderia ir.

Momo disse ao vigilante que precisava subir ele, ao reconhece-la, imediatamente a deixou subir. Momo subiu ansiosa, quando o elevador parou, correu até a porta do apartamento e a abriu, Sana estava no sofá, chorava tanto que não conseguia falar.

Momo a abraçou. A mais nova se agarrou a ela como se tivesse encontrado o oásis no meio do deserto. O perfume familiar de Momo fez Sana chorar ainda mais pela saudade que sentia, era tudo quase insuportável demais para ser real. Os dias eram cruéis demais.

_Eu estou aqui. -Momo sussurrou a apertando, Sana quase rasgou a roupa dela de tão forte que a apertava._Shh.. -Balançou ela levemente.

Como um bebê, Sana aos poucos se acalmou. Momo ficou com ela todo o tempo e quando ela dormiu, a levou para onde supôs ser o quarto dela e a deitou na cama. Fechou as cortinas e cobriu a amiga, foi até a porta da sala e a fechou, trancou e voltou para junto dela, se deitou e a envolveu com o braço. Orou baixinho para que tudo ficasse bem e enquanto acariciava o rosto dela, adormeceu.

As nove, Sana acordou sentindo carícias em seu rosto, Momo a olhava com um meio sorriso que acabou a fazendo sorrir também.

_Desculpa.. -Sana sussurrou antes de voltar a chorar, cobriu o rosto e soluçou. Momo se debruçou sobre seu peito a abraçando.

TWICE - Sahyo feat. (Kang Daniel) - Eu, você e ele (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora