Brumilla - Deve ser o seu sorriso

Giuli

Lud

Eu voltei para os compromissos, não por vontade própria, mas sim porq não dá mais para adiar. Além do mais, tenho que deixar tudo pronto por aqui para poder ir atrás da Bru. Mais uma semana se passou e continuo sem ela. No final da semana que vem eu vou para Amsterdam, sem saber muito onde ela pode estar, mas sei que vou achar.

O Yury tem me ajudado muito esses dias, jamais terei como agradecer. Se não fosse o meu irmão, ainda estaria no escuro. Ele torce muito por nossa felicidade, é lindo ver como ele tão novo, pode ser tão maduro, tão empático. Assim que eu estiver bem com a Bru, porq eu tenho certeza que isso vai acontecer, nós 3 vamos viajar juntos.

Os dias se passarão lentamente, parecia que nunca chegaria o dia da minha tão esperada viagem. Estava terminando de arrumar minhas coisas quando senti um toque em meu ombro. Minha mãe me olhava, e eu não podia decifrar o que sua expressão queria me dizer...

Sil: Você está indo pela Bu, verdade?

Lud: Sim mãe... Eu não posso ficar mais um dia com esse sentimento me sufocando. Sinto que sem ela eu vou enlouquecer.

Sil: O que você irá fazer quando encontrá -la?

Lud: Eu não sei mãe. Estou indo com a cara e coragem, nem mesmo sei se ela vai querer me ver, falar comigo...

Sil: Ô filha, me dói tanto te ver assim. Espero que fique tudo bem com a Bru. O amor de vocês é lindo demais

Lud: Eu também espero, rainha.

Sil: Só me volte de lá com a minha nora do seu lado, estamos entendidas?

Lud: Sim senhora! Te amo mãe

Sil: Te amo minha filha.

Fiquei um tempo abraçada com ela. Minha mãe é o maior exemplo que já tive em toda minha vida. Ela lutou tanto por mim, pelos meus irmãos.

Termino de organizar tudo, me despeço da minha família e vou para o aeroporto. O Marcos está dirigindo. Ele todo preocupado, pergunta:

Marcos: Irmã, você está em condições de viajar sozinha? Eu posso tentar uma passagem para ir com você

Lud: Marquito... Eu agradeço, mas preciso fazer isso sozinha. Não precisa se preocupar comigo. Vou ficar bem.

Marcos: Você vai comer? Se sentir mal vai falar com quem? Olha Ludmilla eu não quero você doente.

Lud: Eu vou me cuidar irmão, sério.

Marcos: Isso espero. Se você precisar de qualquer coisa, me avise que eu dou um jeito, ok?

Lud: Pode deixar Marquito, obrigada por cuidar tão bem de mim!

Marcos: Não me agradece Lud. Você sabe que te devo minha vida.

Lud: Nada disso. Você é meu irmão. Irmão que a vida me deu, agora chega, estou muito sentimental e não quero chorar mais uma vez.

O caminho até o aeroporto parecia eterno. Já estava preparada para não conseguir dormir nada no voo. Uns minutos depois, meu irmão estacionou e percebi que havíamos chegado. O Marcos me entregou tudo por escrito, nome do hotel, motorista e tudo mais. Conseguiu também o nome da companhia em que a Bru está dançando, já que não sabemos onde ela está hospedada, terei que procurar lá mesmo.

A despedida, como sempre, foi muito emotiva. Marcos nunca chora, mas se preocupa como ninguém. Ele tem um cuidado tão grande comigo, eu realmente sou abençoada. Agora estou no avião, pensando em tudo que devo falar para a Brunna. O que vou fazer se ela nem considerar a ideia de falar comigo?!