Que susto você me deu, garota!

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Bru

Graças a Deus, acabou por hoje. Os ensaios estão me deixando extremamente cansada. Se não tivesse combinado o passeio com o Luan, iria para casa descansar. Agora só quero dormir. Pego todas as minhas coisas e deixo no meu armário. Sai e o encontrei sentado em um banco em frente ao estúdio onde ensaiamos.

Bru: Desculpa a demora, Luan.

Luan: Não se preocupe Bru!

Bru: Então, onde nós vamos?

Luan: Não quero que pense que estou te vigiando, mas vi que você está lendo O Diário de Anne Frank, pensei em irmos até o Museu em memoria dela. O que você acha?

Bru: Que legal, Luan! Adorei a ideia.

Luan: Então vamos!

No caminho falamos sobre muitas coisas. Ele, assim como a Giuli, deve estar cansado de me ouvir falar na Ludmilla. Mas não tenho como evitar, tudo ali me lembra ela. Nossas viagens. Ele me conta que também terminou o namoro faz um tempo, que estar ali, fazia muito bem para o seu coração. Eu quero chegar nessa fase, porq sério, não está sendo nada fácil.

O Museu Anne Frank me deixou impactada. Eu nunca fui muito de ler, mas ultimamente estou fazendo muitas coisas que não fazia. Estou tentando me encontrar com uma nova versão de mim. Preciso fazer isso. Senão tenho a impressão que vou ficar louca. Terminamos a visita e decidimos ir até nosso café favorito. Todos já nos conhecem lá. Enquanto esperávamos o nosso pedido, Luan me questionou:

Luan: Bru, se você a ama tanto, porq não estão juntas?

Eu decido contar tudo pra ele. Eu preciso disso, para o bem da minha saúde mental. A cada palavra que vou dizendo, vejo o espanto em seus olhos. Já que ele não consegue acreditar que o empresário tenha feito tudo isso. Ele me aconselha a contar a verdade para a Lud. Tentar arrumar um jeito de estar com ela novamente. Tudo é tão complicado. Depois de perceber que eu tinha ficado muito triste em tocar nesse assunto, ele começou a fazer muitas gracinhas para que eu sorrisse. Ele parou de sorrir e seu rosto ficou tenso.

Luan: Brunna aquela não é...

Olhei para onde ele estava olhando incrédulo e minha reação foi a mesma. A Ludmilla estava vindo em direção a nossa mesa. A minha Lud. Sonhei tanto com esse momento. O momento em que a veria de novo. Nossos olhos ainda não se cruzaram. Ela está aparentemente mais magra e com algumas olheiras, mas continua a mulher mais linda desse mundo. Sai do meu transe quando percebi que algo não estava bem. Antes que pudesse chegar até a mim, ela desmaiou.

As pessoas que estão no local também se assustam. Ficaram em volta dela, o Luan pede que se afastem para que ela possa respirar. Ele levanta as pernas dela para que o fluxo sanguíneo se normalize. O Luan pede que eu me tranquilize, tento fazer isso, estou ao seu lado e sinto que ela está acordando.

Bru: Lud, tá tudo bem? O que houve?
Lud: Bru... (Uma lágrima cai pelo seu rosto)
Bru: Você está bem Ludmilla?
Lud: Estou Bru, agora estou.

Bru: Que susto você me deu garota. Melhor a gente ir ao médico né?

Lud: Não precisa Brunna, eu só preciso comer alguma coisa. Entre o voo e tudo isso, não comi nada.

Bru: Você só pode tá ficando louca. A quantas horas você não come, em? (Ela começa rir, e eu tento me controlar para não abraçar ela) Qual a graça?

Lud: Nenhuma, Bu. Tem coisas que não mudam né?

Olhei para o Luan, como se pedisse que ele me salvasse antes de eu fazer ou dizer alguma besteira. Ele estendeu a mão para que a Lud se levantasse do chão, ela o encarou e já sei que está com ciúmes. Realmente tem coisas que nunca mudam. Teimosa e ciumenta. Depois de pensar um pouco, ela aceita e levanta. Sinto que é hora de apresenta-los, não quero que a Lud tenha outro desmaio, dessa vez por raiva.

Bru: Luan, essa é a Ludmilla. Lud, esse é o Luan, ele dança comigo na companhia... (Eles dois estreitam as mãos)

Luan: Por fim tive o prazer de te conhecer, Lud. Desculpa te chamar assim, de tanto ouvir a Bru falar, parece que já te conheço. (Eu estou morta de vergonha. Porq ele disse que eu falava nela! A expressão tensa sumiu, agora ela solta um leve sorriso)

Lud: Não tem problema, Luan. Pode me chamar de Lud. (Agradeço ao universo por ela não ter entrado no assunto, me sinto aliviada).

Bru: Agora que já foram apresentados, Lud, faça o favor de sentar e se alimentar, (olho seria para ela) agora.

Lud: O que você quiser, Bru.

Pedimos algo para ela comer. Eu estou fazendo um esforço enorme em não a tocar. Nem olhar muito. Como eu queria dizer o quanto senti sua falta. Dizer o quanto a amo. Ela e o Luan não param de conversar, eu estou literalmente sobrando aqui. Sei que no fundo ela está apenas sendo educada com ele. Droga, ela percebeu que eu estava olhando para ela. Ela sorri me olhando e bem aí foi o meu fim. Eu estava conseguindo superar, ou pelo menos acreditava nisso. Mas agora não. Agora eu vejo que continuo amando essa mulher, inclusive mais que antes.

Ela comia como se fizesse uns 5 dias que não o fazia. Eu observava cada movimento seu. Quando ela terminou, um silencio tomou conta de nossa mesa. Tá, e agora?! Agradeci por não estarmos sozinhas, já sei que ela quer falar sobre nós. Decidi perguntar, onde ela está hospedada

Bru: Onde vocês estão hospedados?

Lud: Vocês quem?

Bru: Você veio sozinha?

Lud: Sim, Bu.

E novamente o silencio. Ela odeia viajar sozinha, tem sempre alguém por perto, cuidando dela, de tudo. Ela falou onde estava hospedada e eu agradeci pela ideia do Luan em irmos acompanhar ela. Não podemos ficar a sós. Preciso pensar em como vou lidar com o fato de ela estar aqui. Ela veio por mim. Ela ainda me ama.

Quando chegamos no hotel onde ela vai ficar, ela nos convida para subir, mas decidimos negar o convite. Amanhã ensaiamos cedo.

Lud: Tem certeza que vocês não querem subir?

Bru: Sim Lud! Amanhã nós ensaiamos cedo. (Ela me olha decepcionada e chega a hora de nos despedirmos).

Luan: Lud, foi um prazer te conhecer! Salva o meu numero ai pra gente fazer alguma coisa antes de você voltar para o Brasil.

Lud: Claro Luan, vamos fazer algo sim. (Ela diz e continua me encarando, acredito que procurando entender o que toda essa situação provoca em mim) Foi um prazer! (Eles se abraçam e chega minha vez)

Bru: Você tem certeza que já está bem mesmo?

Lud: Tenho, Bru. Você sabe que não mentiria para você.

Bru: Eu sei.

Me aproximo e sinto o calor de seu corpo. Seus braços me acolhem e se eu pudesse fazer um pedido, seria não ficar longe dela nunca mais. Me seguro para não chorar. Seu abraço me transmite tanta proteção. Ela me aperta um pouco mais, se aproxima ao meu ouvido e diz:

Lud: Podemos nos ver amanhã? Temos que conversar, Bu.

Eu não consigo me recuperar ainda, ela aqui, esse abraço, ela falando no meu ouvido... Muito para o meu coração apaixonado. Saio do transe ao ouvir ela me perguntando de novo:

Lud: Então, Bru... (Agora eu me separo dela, ainda estávamos abraçadas)

Bru: Hm.. Não sei se é uma boa ideia Lud.

Lud: Eu vim até aqui por você, Brunna. Conversa comigo, só isso que eu te peço.

Bru: Tudo bem Lud... (Um sorriso de satisfação tomou conta de seu rosto)

Lud: Onde te encontro?

Bru: No mesmo café de hoje. As 15h! Até amanhã Lud.

Lud: Até amanhã, Bu!

Sai dali o mais rápido possível. Oq eu ia fazer agora?! Por outro lado, alguma parte de mim estava supercontente já que amanhã eu iria estar com ela novamente. 

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Eu amo ler os comentários de vocês kkkk! Vocês são uma graça... Até o próximo cap!

Bjsssss 

Lua.

Brumilla - Deve ser o seu sorrisoOnde histórias criam vida. Descubra agora