XX

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Era de tarde, Isabel esperava atenta por Lorenzo, ela nunca esperou que fosse se apaixonar tão rápido, seria possível?

Estava realmente afim dele e ele dela.

Seus pais e nem os pais dele estivessem notando isso, por mais que os pais dela ache isso um erro, os pais dele acredita que seja isso que falta para ele deixar de ser tão diferente dos outros.

Mas Isabel não ligava o quão diferente ele é, ela gosta dele do jeitinho que é, Lorenzo pensa da mesma forma.

Isabel saiu dos seus pensamentos quando ouviu o batido na porta e correu.

Suspirou fundo antes de abrir.

— Cadê o Lorenzo? – notou que só o pai dele estava.

— Ele está ocupado, não o deixei sair. Afinal, alguém tem que cuidar dos assuntos da família.

— Trouxe os documentos para o casamento. – ele olhou por cima dela a casa e voltou a olhá-la. — Onde estão seus pais?

— Saiu. – ela deu caminho para o mesmo entrar.

— Então irei começar por ti. – ele colocou a maleta sob a mesa, abriu e tirou uns documentos dentro de pastas. — Assine aqui. – apontou para a linha.

— É o quê isso?

— Já falei, sobre o casamento.

Comecei a ler e ele apreensivo olhava o relógio direto.

— Vamos, o quê está esperando?

— Estou lendo.

— Não precisa ler, vai ter que assinar de qualquer forma. Afinal, sua família tem uma dívida pendente.

De todas as formas, ela assinou.

Quando ela acabou de assinar, seus pais chegaram e o sorriso no rosto deles se desmancharam quando viram ele.

— Alfredo! – meu pai resmungou enfurecido.

— Josué.

— O que faz aqui? – perguntou minha mãe.

— Trouxe a papelada do casamento, só preciso que vossos assinem.

— É necessário? – perguntou meu pai furioso.

— E muito.

Seus pais sem saída, tiveram que assinar o documento.

— Pode nos dizer o que são exatamente esses documentos, e o que contém neles? – perguntou a mãe de Isabel.

— Esses documentos são uma garantia, caso sua filha queira se separar, vocês perdem tudo. Ou se ela tentar algo com o meu filho, ela morre! E também, garante que todos vocês ficaram depende da nossa família, afinal, Lorenzo que irá ficar com a empresa.

Josué estava perdendo a paciência com tudo aquilo, maldita dívida!

Isabel subiu pro seu quarto, e lá perdeu toda a graça do casamento, já que seu sogro é assim. Ela ganha, mas seus pais perdem.

Thaís como sempre não quis está em casa, somente quando a reforma fosse acabar.

Beatriz não queria que a mesma fosse dormi na sua casa, não tinha como encontrar Clara desse jeito, como fazia todos os dias. Podia se dizer que as duas estavam próximas demais, e está rolando algo sim.

Esse pretexto de que é tudo contra Thaís, já não rola, tudo uma desculpa de ambas para se verem, já que na escola é difícil de se falarem.

— Pode ficar.

Ela não queria de forma alguma que Thaís fosse ficar apenas por alguns dias lá, não só porque quer vê Clara mas porque já não é amiga dela faz tempo. Ela só fala do seus problemas, como se ela fosse única.

— Obrigada. – agradeceu. — Odeio poeira.

— Hum. – disse Bia insatisfeita, só a recebe por educação e por causa que seus pais não iriam gostar nada se ela recusasse Thaís na sua casa.

— Estou oficialmente dando um tempo para Eduardo.

Beatriz não imaginou ouvir isso.

— Primeiro, irei me livrar de todos no meu caminho para poder ir atrás de Eduardo, até porque, ele que virá vindo atrás de mim.

— Iludida. – resmunga Beatriz, mas nem sequer Thaís ouviu. — Desista disso. – aconselhou.

— O quê é isso? Está contra mim?

— Eu sempre estive, contra todas as suas loucuras.

— Então é assim?

— Falo pro seu bem. Desista! Se você não desistir disso, conto para sua mãe.

Finalmente Beatriz toma coragem para enfrentar Thaís.

— Você não seria capaz.

— Sou sim. – fala num tom desafiador, Thaís que Beatriz queria encarar isso como jogo.

Ela sorriu sarcástica.

— O quê está acontecendo? – perguntou sutil.

— Estou cansada! Eu estou cansada de você. Você acha que o mundo gira em torno de você? Só sabe falar de você, bolar planos estúpidos, que você sabe que nunca irá dá certo. Aceita que perdeu!

Thaís franziu o cenho e suspirou.

— Achei que éramos amigas.

— Éramos até você se tornar o que é. Sempre culpando os outros pelo seus erros, você me machucou só para todos acharem que não éramos mais amigas, nada disso serviu. Serviu apenas para eu ficar cheia de hematomas.

Beatriz pôs uma mecha atrás do cabelo e enxugou uma lágrima que insistiu em descer.

Thaís não disse nada, apenas se levantou e pegou as malas, Beatriz acompanhava seus movimentos com os olhos quieta.

— Isso não vai ficar assim. – disse antes de bater a porta com força.

Beatriz fechou com chave a porta.

Enquanto isso, Thaís saí arrastando sua mala até o castelo pensando nas duras e verdadeiras palavras de Beatriz, ela tinha razão.

Mas ela se recusava aceitar.

  * * *

— Não fica assim. – Clara enxugou com o polegar a lágrima dos olhos de Beatriz.

— Não dá. – ela se deitou no colo de Clara que ficou acariciando seus cabelos.

— Não era o que você queria?

— Também, mas eu gostava dela.

— Complicado.

— Eu sempre gostei dela, mais que uma amiga, depois que ela ficou amargurada eu... achava isso normal, mas  começou a ficar pior. Então, era hora de dá um basta, só que eu ficava sem coragem, então quando eu estive deixando de gostar dela isso ficou mais insuportável.

— Você gostava dela? – Clara franziu o cenho.

— Sim, mas não como uma irmã e nem amiga. Só que eu já sabia que não ia acontecer, ela nunca aceitou que as pessoas do jeito que elas são, eu até então achava que esse era seu jeito e compreendia, ficava na minha, calada. Mas depois, eu precisava acabar com isso, e joguei na cara dela um monte de verdades.

— Você ainda gosta dela?

Beatriz se levantou e olhou bem para Clara.

— O quê você acha? Que depois de tudo eu ainda ia gostar dela?!

Tronos Em Guerra Vol.3 - Uma Nova RainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora