XIII

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— Meu Deus. – resmungou Clara.

— Quem está aí? – perguntou Thaís.

Beatriz arregalou os olhos e não soube o que fazer, seria pensar rápido.

— Deve ser uma empregada. – falou tentando não parecer nervosa.

— Quanta incompetência da suas empregadas, se eu fosse você demitia uma por uma.

— Pois é. – disfarçou.

Thaís puxou a bolsa colando sob o ombro e se levantou pronta para ir embora.

— Já sabe o quê fazer.

— Claro. Mas você não sentiria ciúmes se eu desse em cima dele.

— Óbvio que não. Você está me ajudando não confundindo as coisas.

— Certo. Até amanhã. – abriu a porta para a amiga passar.

Beatriz suspirou quando a amiga saiu, e Clara também.

— Clara... Essa peça que você derrubou é caríssima. Meus pais terão um infarto. – disse se jogando no sofá.

— Desculpa, mas pelo que sei seus pais estão viajando.

— Estão sim, mas quando eles voltar. Eu falo quê? "Ah quem derrubou foi uma amiga minha, mas ela não tem culpa".

Clara revirou os olhos e se sentou bem próxima da amiga.

— Eu vou dá um jeito, eu sempre dou.

— Não precisa, eu sou filha do Duque mais importante desta cidade, recebo minha mesada todo mês. Tenho como pagar.

— Não é justo, você...

— Shhh. – Beatriz colocou o dedo indicador na boca dela. — Está tudo bem, não tem que dá uma jeito de pagar, eu sei que você não tem como pagar nem a metade.

— Assim você está me ofendendo.

Beatriz começa a ri.

— Qual a graça?

— Você fica engraçada quando está chateada. Mas não se preocupe, não quis te ofender. Não tenho esse preconceito igual a de Thaís.

— Uhum. Eu achei que você me odiasse.

— E por que achava isso?

— Porque você odeia pessoas bissexual, esqueceu que eu namorei uma amiga sua? E ela mesmo me contava as suas barbaridades.

— Pois é. – Beatriz desviou o olhar. — Eu não nego, eu tenho nojo. Só sou sua amiga porque queremos a mesma coisa, acabar com o namoro de Eduardo e Thaís.

Clara abaixou o olhar com a sinceridade de Beatriz, ela esperava que a amiga pedisse desculpas ou algo assim.

— Melhor eu ir então. Não vou ficar aqui para você continuar suas ofensas.

— Espera. – Beatriz puxou a mão de Clara. — Em nenhum momento minha intenção era te ofender.

— Ah não, imagina. Tipo, teve a cara de pau de dizer que odeia bissexuais então isso quer dizer que você me odeia e ainda falou que não tinha como eu pagar uma peça idiota.

— Calma. Minha mãe comprou essa peça em um leilão. – disse soltando sua mão.

— Não ligo. – Clara deu ombros. — Sua mãe pode ter comprado onde for, não é útil para nada, por isso só compro coisas úteis.

— Mas você está brava? – Beatriz começou a ri.

Clara a lançou um olhar de furiosa, saiu deixando ela ri feito uma demente.

Tronos Em Guerra Vol.3 - Uma Nova RainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora