Ana Luiza ainda estava se recuperando de tudo, a vinda dos policiais trouxe todas as más lembranças e as boas com Lionel, o que fez ela voltar com ele, como se ela ainda estivesse vivendo aquele terror antes de Antony morrer.
— Então, eu já vou indo. – disse Lionel dando um beijo carinhoso na bochecha de Ana Luiza.
— Espera. Tem como você ficar aqui?
— Eu posso sim. Mas você agora pouco queria distância de mim.
— Era antes. Eu tive uma conversa com Iza que me fez pensar melhor sobre nós, e eu vou lhe dá uma segunda chance.
Lionel abriu um grande sorriso largo de pura felicidade contagiante.
— Te amo. – deu um beijo em Ana Luiza.
— Também. – deu outro beijo.
— Ei. – chamou Eduardo a atenção de Sophia. — Por que faltou a aula hoje?
— Eu passei mal.
_ Hoje, Cauã foi lá em casa conversar com meu pai e comigo.
— Sobre o quê? – ela o fitou meio séria.
— Sobre nós e meu pai ficou furioso comigo. – Sophia riu boba. — Não vejo graça, meus pais me deixaram de castigo. Só posso te ver e ir para escola. Até o Lionel eles me proibiram de sair com ele ou ir para casa dele.
— E meu pai disse que não podemos namorar enquanto não casarmos. – ela disse sem esboçar preocupação e pra ele pareceu ruim, muito ruim.
Eduardo fez careta e Sophia riu. Ele conhecia bem o típico pai que Sophia tinha, bem da antiguidade, muitos em Ginovia tendem a ser igual ao pai de Sophia, entretanto outros não. Cauã sempre achou que casava para poder namorar e sempre foi assim, mas até que ele pegou leve com Sophia porque se não ele ia mandar ela abortar a criança. Mas como Ayadni aliviou a situação, ele pegou leve.
Enquanto na França, estava sendo tudo perfeito, tanto quanto para Isabel do quê Lorenzo que amava a cidade em que nasceu e o país. Mas nada se compara a Ginovia, o lugar em que o abrigou. O ruim é pensar que tudo isso acaba um dia, era o dia em que Isabel não esperava que chegasse. Já tinha se passado uma semana, e foi tão rápido quanto aos olhos de quem leu.
— Vou sentir falta. – disse Isabel arrumando as malas. — Lorenzo.
- Oi.
- Você não tem mais casa aqui?
- Eu tinha.
- Porque podíamos ter ido para a casa de algum parente seu.
- Não, eu achei melhor não.
Ele não gostava de nunhum parente dele, a família dele que ainda mora na França é por parte do seu pai, ou seja, igualzinho a seu pai. Para passar uma semana lá seria um completo inferno. Isabel iria se sentir humilhada e constrangida, eles não iriam viver um sossego e nenhum um pingo de privacidade.
Seria horrível!
Mas ele não contaria o motivo a Isabel. Por isso achou mil vezes melhor gastar com hotel do quê não gastar e não aproveitar a França com mais liberdade. A família dele é um nojo, tão poucas vezes que veio foi o bastante para não suportar o que passava com a família. Eles falavam tanta humilhações a sua mãe, que ele tem um grande nojo por parte da sua família, ele prefere a família da sua mãe que descanse em paz.
- Adeus hotel de rico. - disse tristemente Isabel o fechando.
E então, era a esperada hora de voltar, teriam que ir de barco obviamente. Isabel se despediu da cidade que tanto a encantou e não esperava a hora de voltar.
- Não está com saudades dos seus pais? - Lorenzo perguntou enquanto guardava as malas.
- Estou né, mas eu queria ficar mais tempo.
- Não se preocupe, eu já estou planejando algo pro nosso futuro.
Isabel ficou entusiasmada com a notícia, e já não esperava a hora de saber o que ele planejava, ela já podia imaginar o que seria.
Já no departamento policial de Minori, eles estavam no Castelo de Minori investigado a morte de Antony.
- Então nos diga Felipe, eles eram bons funcionários?
- Não. Era um bando de preguiçosos, eu os mandei trabalhar caso quisesse ter o sustento, foi só ouvir a palavra trabalho que eles juntaram suas malas e foram para Ginovia.
- Hum. - o outro policial anotava tudo. - Mas eles agiam como com vocês?
- Ele não agia com nenhuma grosseira, muito pelo ao contrário.
- Ele foi encontrado morto. Com várias facadas.
- Minha nossa. - disse Louyse.
- Mas eles agiam diferente com algum de vocês?
- Comigo. - disse Louyse. - Dava para vê que Antony tanto quanto Nathanael me odiava.
- Mas Antony chegou a ter um comportamento estranho com você?
- Não. Mas ele me olhava com certo ódio. Por que?
- Porque ele estrupou sua cunhada, a irmã de Felipe.
Felipe arregalou os olhos assustado, seu semblante mudou para enfurecido.
- E como está Ana Luiza?
- Ela já está se recuperando aos poucos, com a ajuda do seu namorado.
- Namorado? Inacreditável. Éramos para ter ido vê-la. - disse Felipe a Louyse.
- Podemos ir, neste final de semana. - o tranquilizou.
- Voltando as perguntas. Eles falaram alguma coisa sobre Ginovia?
- Eu fui a Minori atrás de Iza sobre a minha irmã, quando voltei eles questionaram como anda as coisas por lá e eu comentei sobre a tinha, eles ficaram surpresos e não disse mais nada. Eu sempre desconfiei que eles estivessem planejando a volta deles pra lá.
- Certo. Eles gostavam daqui.
- Sim, eram como comandantes aqui.
- Eles tinham raiva ou marcação com alguém em Minori que o odiasse.
- Não. Não que eu saiba, eles sempre viviam por aqui ou se não estava na cama com alguma garota. Mas eles nunca tiveram uma má fama.
- Certo. Então eles viviam muito bem aqui?
- Sim, as custas de mim.
- E Nathanael?
- O quê tem ele?
- Ele voltou para cá?
- Não. Os dois sumiram, já faz tempo.
Os policiais se encararam nem um pouco esperançosos com o resultado dessa busca.
- Quero bater um papo contigo. - chamou o policial que anotava.
Eles foram para um canto mais afastados de todos.
- É melhor desistirmos desse caso, não vai dá em nada!
- Eu não sei...
- Todos os dias acontecem crimes constantes e não é todos os dias que alguém é preso, então porquê isso agora?
- É... Você tem razão.
Eles voltaram ao salão.
- Então ficamos por aqui. Até mais. - disse o policial.
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Tronos Em Guerra Vol.3 - Uma Nova Rainha
MaceraVolume 3 - Livros da "Tronos Em Guerra" Em 1906, No Reino Ginovia Lionel Kildare, filho do Duque, se aproxima da mais nova princesa afim do seu poder, posição e dinheiro. Mas o que ele não esperava era se apaixonar. 🍃Isto é uma Trilogia🍃