XXIX

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Mas o beijo não durou muito, Iza chegou na mesma hora e ainda tossiu para interromper o beijo, e Ana Luiza rapidamente o empurrou.

— Então, vamos. – chamou Iza abrindo a porta.

— Vamos. Pode me esperar lá fora. – disse a Iza que assentiu e saiu.

— Eu não vou desistir de você. – ele garantiu a fazendo ficar mexida.

— A gente já conversou, agora vá embora – disse e assim que terminou de falar saiu.

Depois de alguns minutos, o Duque Sr.Kildare saí do escritório muito feliz ao lado de Augusto que também estava feliz.

— Ah, antes que eu esqueça, esse é meu filha, Lionel. – o puxou para perto de si.

— Eu já o conhecia. Estava namorando Ana Luiza.

— Ah é mesmo. Eu estou ficando muito esquecido, deve ser a idade.

— Até mais. – disse fechando a porta do escritório.

— Até.

Ele votou o braço pelo ombro do filho e ambos dirigiram-se ao carro, e Lionel ficava com uma cara de emburrado o caminho todo.

— Está tudo bem, filho?

— Não. – respondeu sem olhá-lo.

— O quê houve? Foi o término do namoro?

— Sim. Pior que eu ainda a amo, e ela também.

— E então por quê vocês terminaram?

— Eu... – ele abaixou o olhar. — Fiz algo de errado.

— O quê?

— Eu não quero falar sobre isso. Mas, você já terminou com a minha mãe alguma vez?

— Várias vezes. – riu só de lembrar.

— E você fazia o quê para voltarem?

— Fazia serennata...

— Muito brega.

— dava flores e doces...

— Ela não gosta de receber flores, ela diz que flores são para mortos e não vivos, e não vê nada de romântico nisso. Doces ela não pode comer.

— e também eu fazia o "jogo dos ciúmes"

— Como é isso? – se interessou.

— Eu combinava fazia ciúmes para sua mãe ficando com uma garota.

— Funciona?

— Comigo funcionou.

Lionel sorriu, já tinha algo em mente — usar Thaís para fazer ciúmes em Ana Luiza, porém, Thaís tem que aceitar antes de tudo e convencer é o de menos.

Ele conseguiria isso fácil, fácil. Não seria difícil, ela ia topar, se realmente estiver melhorando quanto a sua personalidade.

* * *

Lionel contava tudo a Eduardo, seu melhor amigo que ouvia atento.

— Sei não viu... Você realmente não presta. – Eduardo disse.

— Mas eu quero melhorar. E não venha falar isso que você engravidou uma garota.

— Mas vou assumir a criança pelo menos, por mais que eu não queira ter um filho agora.

— Pelo menos, né.

— Então, empreste seu carro de novo.

— Não vai dá, preciso dele hoje.

— Mas Sophia está louca para ir ao casamento.

— Eu passo para pegar vocês, eu também vou ao casamento.

— Só que ela acha que o carro é meu.

— Pois então está na hora de dizer a verdade. Não é você que disse que eu não presto, já basta não ter dito que não namorava de Thaís e agora essa...

— Você tem razão.

— Vamos.

Eles então se dirigiram até o carro para passar na casa de Sophia que penteava seus cabelos cor preto.

Ele então buzinou e ela largou rapidamente a escova e desceu.

— Oi...

— Este é Lionel.

— E aí, Sophia?

— Oi, rs rs. – disse meia envergonhada. — Por que ele está dirigindo? – sussurrou para Eduardo.

— Na verdade o carro é dele.

— Mas você disse que tinha carro.

— Eu sei, só que eu menti. – disse na maior cara de pau. — Desculpe, eu queria te impressionar.

— Meu Deus.

* * *

Isabel analisava cada parte do seu vestido de casamento, era tão perfeito. A sua sogra tem bom gosto mesmo, o vestido era mais “vulgar”, o que é bem estranha para Isabel já que na época da sua sogra vestidos assim até então não existia. Ela desconfia que o vestido não tenha sido dela, mas isso não importava.

— Ainda não se vestiu? – perguntou a Antonella com a bolsinha na sua mão, pronta.

— Calma, vou me arrumar. – disse pegando o vestido de cima da cama.

— Não demore muito.

Ela o vestiu e se sentou de frente a penteadeira para se olhar, seus cabelos cor caramelo eram tão lindos que ela gostava de ficar penteando ele mesmo arrumado — isso quando não tem nada para fazer mesmo. Seu cabelo combinava muito com suas sardas.

Ela terminou de se ajeitar e era a hora de ir! Seu coração estava mais acelerado que antes.

Ela desceu as escadas devagar e seus pais já a esperavam sentados no sofá distraídos.

Ela suspirou profundamente e continou descendo as escadas cuidadosamente, já que o vestido é longo e ela podia acabar a tropeçando.

— Filha... – o pai já foi se levantando. — Está linda. – disse orgulhoso.

— Obrigada. – agradeceu.

— Mal posso acreditar que a minha filhinha vai casar. – ele disse todo orgulhoso e ela soltou uma risada.

A Igreja era enorme, e por dentro nem se fala, repleta de pessoas, Santos e tantas outras coisas diversas na chamada Casa de Deus.
Então, novamente ela suspirou profundamente e entrou acompanhada com o pai que a levava tão orgulhoso e ela tão nervosa.

Lorenzo, estava lindo, com a sua cabeleira loira penteada para um lado, não como de costume, já que todas as vezes que se viam seu cabelo estava bagunçando.

Ele sorria tão animado, enquanto ela sorria de nervosismo mas também de ansiedade e felicidade

O pai a deixou no altar ao lado do seu marido, e nossa, como essa palavra é estranha para ela agora. O padre começou a ditar as palavras enquanto ela ainda estava nervosa.

O padre já era um senhor de idade, mas muito simpático. A Igreja estava cheia e para falar a verdade, Isabel não conhecia metade do povo que estava presente, eram mais conhecidos da família de Lorenzo.

Tronos Em Guerra Vol.3 - Uma Nova RainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora