Tronos Em Guerra Vol.3 - Uma Nova Rainha

XXIV

— Está na hora de acordar. Você dormiu mais do que deveria, quase não acordava. – disse Iza abrindo as janelas.

— O quê aconteceu? – Ana Luiza perguntou tonta.

— Eu que pergunto. – Iza cruzou os braços.

Ana Luiza não conseguia lembrar de nada e nem se mexer de dor, estava completamente nua e dolorida, olhou ao redor e não encontrava suas roupas.

— Isso é sangue?! – perguntou Iza olhando as manchas sobre o lençol que a cobria e um pouco no corpo de Ana Luiza, e por cima dos seus seios estavam marcas vermelhas.

Ana Luiza olhou por baixo e veio os flashes da noite passada — a noite que ela quer tanto apagar — mas só consegue lembrar o quão nojento e horrível foi. Se sentia suja e culpada porque se não tivesse saído do seu quarto isso não teria acontecido.

— Meu Deus. – disse Ana Luiza com os olhos marejados.

— Isso não é mestruação. – disse Iza se sentando na cama.

Ana Luiza ficou encolhida, cabisbaixa e envergonhada.

— Ana Luiza, olhe para mim. – ordenou Iza.

A menina levantou sua cabeça para olhá-la.

— Fala para mim o que aconteceu. – pediu carinhosamente.

— Foi... Aquele seu... Primo. – disse gaguejando e com certa dificuldade.

Iza arregalou os olhos e já sabia perfeitamente qual deles poderia ter sido, afinal o outro estava com Augusto.

— Ei... – chamou a empregada que ia passando.

— Oi.

— Prepare um banho para Ana Luiza, por favor.

— Claro senhorita.

— Isso não vai ficar assim! – garantiu a Ana Luiza que estava bem enrolada com seu lençol e Ana Luiza apenas assentiu se tremendo.

Iza saiu em direção ao escritório que estava Augusto.

— Precisamos conversar... O que significa isso Augusto? – olhou para suas mãos meladas de sangue.

— Eu o matei. – falou baixinho.

— Matou quem?

— Nathanael. Eu estava levando para a cena de crime, não era eu que iria matar, até que ele acabou me tirando do sério e sem perceber eu estava matando ele. Ele falava umas coisas que me deixou fora de si. Mas eu não me arrependo.

— Menos um. Agora precisamos se livrar do outro urgente.

— E agora?

— Não deu outra. Ele abusou de Ana Luiza, ela estava tonta no seu quarto e completamente nua, e... Melada de sangue.

— Que inferno! Por que eles voltaram? Esses filhos da...

Augusto mediu as palavras para se acalmar.

— Se ele tentar chegar perto das outras meninas... Nem sei do que sou capaz.

— Pois é. Agora precisamos dá um fim nisso.

Lionel como já havia combinado com Ana Luiza de vir mais tarde, e ele veio, só não imaginou que era uma péssima hora.

— Ela está no seu quarto. Pode subir. – disse a empregada sem o conhecimento do que estava acontecendo.

— Ana... – ele bateu na porta.

— Entre. – falou baixo.

— Tudo bem?