Volume 3 - Livros da "Tronos Em Guerra"
Em 1906, No Reino Ginovia
Lionel Kildare, filho do Duque, se aproxima da mais nova princesa afim do seu poder, posição e dinheiro. Mas o que ele não esperava era se apaixonar.
🍃Isto é uma Trilogia🍃
Isabel se jogou na cama se lembrando de Lorenzo, ela não sabia o que estava sentindo... Seria paixão? Ela não sabia.
— Me conta tudo. – disse sua mãe entusiasmada.
— Ah mãe... Não rolou nada demais.
— Hum. Ontem você chegou toda animadinha, só não quis te incomodar.
Isabel continuava com um sorriso sapeca lembrando do beijo demorado, pode ter sido pouca coisa... Mas já era muito.
— Você vai se dá bem nesse casamento. Não quero vê você sofrendo.
Isabel se levantou para ficar sentada.
— Não sei... Conheço pouco ainda do Lorenzo. Só sei que vem de família rica, boa...
— Só a impressão, quando a gente casa é outra coisa, minha filha. – alisava os cabelos quase ondulados de Isabel.
— E meu pai... Era o que você esperava?
Ela se levantou e ficou perto da porta, pensando numa resposta o tanto boa.
— Não exatamente, eu gosto muito do seu pai... Mas eu esperava outra coisa.
— O quê?
— Meus pais me colocaram para casar com ele por dinheiro, mas eu não queria casar tão cedo... Eu tinha planos.
Isabel arregala os olhos e fica boquiaberta, a história está se repetindo.
— A mesma...
— A mesma coisa está acontecendo com você... Por isso que eu estou me abrindo para você, nem para minha mãe eu contei. Era uma mulher diferente, fútil e ela nunca me entendeu. Então, quando te tive prometi ser diferente.
— Mas então... Por que aceitara isso? Deve ter outro jeito não...
— Não há... Mas há solução para...
— Magda... Preciso de você agora. – disse o pai de Isabel entrando no seu quarto.
— Certo. Depois conversamos.
Ela ficou chateada porque pelo o que parecia sua mãe iria contar algo importante... Mas fora interrompida.
Enquanto ficava com seus pensamentos, lhe veio a vontade de vê-lo, então trocou seu vestido e iria sair até sua casa, pois o endereço a Antonella deixara num bilhete.
Quando abriu a porta deu de cara com ele.
— Estava de saída? – perguntou desconfortável.
— Estava.
— Ah... Então posso voltar outra hora?
— Eu estava de saída, iria na sua casa agora.
Eles trocaram sorrisos, pois os mesmo queriam a mesma coisa — se vê.
— Então...
— Entre. – ela deu passagem. — E essa bolsa? – apontou para a mochila em suas mãos.
— Eu não fiz as atividades prevista... Então não vi problema em fazer aqui.
— Claro, eu também não fiz. – disse fechando a porta.
— Não fui a aula hoje... Pode me passar as atividades?
— Eu também não fui... Mas Thaís me mandou.
Isabel colocou o bilhete em baixo de um vaso e subiu o quarto ao lado de Lorenzo.
Ele entrou no seu quarto e pôde olhar melhor cada lugar, da última vez que veio aqui ele mal reparou pois estava mais preocupado com a noiva.
— Lindo quarto. – elogiou pondo a bolsa na cama e abrindo.
— Obrigada. Eu escolhi a decoração.
— Bom gosto, já sei que isso você tem. – disse enquanto tirava uns cadernos e livros.
Isabel se tocou que ele copiaria dela, então pegou a bolsa, abriu e pós todo material para fora e ele aproveitar cada matéria.
— Obrigado. – disse pegando o lápis para copiar.
— Por nada.
Ela se sentou de frente a ele e começou a encarar ele, seus cabelos, rosto e pele. Uma perfeição. Cabelos castanhos escuros, pele clara... Só o nariz que ela achou muito grande mas ele fica lindo de toda forma.
Ele sentando a sua frente copiando... Ela começou a pensar coisas diferentes, e sacudiu a cabeça se retirando de pensamentos errados.
— Melhor eu ir beber água. – disse indo em direção a porta, ele apenas assentiu.
Enquanto bebia água não parava de pensar nele, e se deu por vencida — já estava apaixonada e tinha certeza que queria ser casar com ele. Não estava no seus planos, mas a cada dia se apaixonava e a cada dia tem certeza de que ele é o homem certo para se casar.
Colocou o copo em cima da pia, ligou a torneira, pegou a esponja, molhou o copo, desligou a torneira e começou a passar a esponja enquanto pensava em Lorenzo.
Depois, molhou, puxou o pano de enxugar, e enxugou o copo por inteiro, colocou o pano de onde estava e guardou o copo.
Subiu as escadas em direção a seu quarto e viu Lorenzo parado e olhando pro tempo — como se estivesse pensando.
— Oi...
Tirou ele dos seus pensamentos que se assustou ao vê-la.
— Estava pensando?
— Sim... Mas vou já copiar.
— Claro, vou me sentar.
Se sentou no sofá que tinha no quarto e puxou um livro na instante para começar a ler.
Mas não se concentrava... Pois ela não parava de encarar Lorenzo lendo e copiando vice-versa.
— Não consigo! – disse fechando o livro. — Não consigo me concentrar.
— Por que? Está bem?
Sorriu com sua preocupação.
— Estou, ou não.
— Espera – colocou os livros e cadernos na cama e se virou para ela. — O quê você quer dizer com isso?
— Eu não sei se estou bem porque não paro de pensar em uma pessoa.
Lorenzo franziu o cenho.
— Em quem?
— Em você. – se levantou e se sentou a seu lado.
Ele acariciou sua bochecha com o dedo polegar.
— Eu também não paro de pensar em você, por isso, não estou conseguindo copiar e nem ler. Você é a culpada disso, sabia?
Ela sorriu.
— E você é o culpado de tirar as tardes da minha leitura.
Eles se aproximaram e se beijaram num beijo casto, o que durou uma eternidade para acabar.
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