CAPÍTULO 279

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ALESSANDRA...

Estava tomando café da manhã com o Zé e companhia. O baixinho estava em meu colo, tomando o conteúdo de sua mamadeira e exalando fofura a todos na mesa.

Eu não sabia que acordar uma criança era tão difícil! José tinha um sono pesado igual ao pai, o mundo poderia estar acabando e ele seguiria em plenissimo sono. Tive que dar banho nele com custo, já que o mesmo estava cambaleando de sono no chuveiro morno, e olha que já eram 09h30.

Não, José não ia pra escola, iria levar ele pro trabalho. Certo que minha boate não é um lugar para crianças, mas só abriria a noite, que mal tem? Além do mais, um dia meu filho vai conhecer meu estabelecimento.

Alessandra: Bom dia moçada! -desejei, entrando na boate com José nos braços-
Thiago: Bom dia chefia! E esse garotão aqui?!
Alessandra: José, José Arthur. Meu filho! -sorri, beijando os cabelos do pequeno-
José: Oi!

Os marmanjos morreram de amor, precisei subir pro escritório antes que eles esmagassem meu filho.

Coloquei ele no sofá com uma coberta, liguei meu tablet e coloquei algum filme de desenho animado pra ele assistir enquanto eu trabalhava.

José até ficou quietinho, mas quando o filme acabou eu quase criei cabelos brancos! Ele começou a correr pelo escritório, tentou puxar os pelinhos do meu tapete, derrubou alguns quadros, pulou no sofá, mexeu nos meus livros. Em seguida quis me "ajudar" a trabalhar e insistiu pra ficar em meu colo, acabou excluindo emails, rabiscou documentos importantes. Conseguiu abrir as gavetas e chorou querendo as balas que estavam ali, ou melhor, que ele achava que eram balas eram camisinhas, mas ele não precisava saber. Tive que mandar Ney comprar balas urgentemente pra ele se calar.
O fim da picada foi quando ele achou minha arma na gaveta, céus ele não parava quieto!

Fui almoçar com ele em um restaurante perto da boate e ele ficou menos agitado, foi o que pensei até ele derrubar meu Bourbon no chão.

Pedi pro Phil ir passear com ele antes que eu surtasse. Meu amigo só voltou quando José estava desmaiado de sono, dormindo em seus braços. Arrumei ele no sofá e enfim pude trabalhar em paz.

Falei um pouco com Luan por telefone e ele riu quando disse que ele havia espatifado todo o meu Bourbon no chão e queria comer camisinhas.

As 19h saí da boate com José ainda adormecido, me surpreendi ao ver Luan me esperando.

Luan: Oi meu bem! -sorriu, me beijando-
Alessandra: Fazendo o que por aqui?
Luan: Vim buscar vocês, Zé deu trabalho né? -riu-
Alessandra: Porra, quase surtei!
Luan: Agora entende o que eu passo? -debochou sorrindo-
Alessandra: Ele derrubou o meu Bourbon, isso não se faz!
Luan: Ao menos agora você para de beber isso igual a água.
Alessandra: Já encomendei outros querido! -disse irônica-
Luan: A Dayana fugiu.

O olhei.

Alessandra: Fugiu?
Luan: Ian recusou qualquer bem que o John tenha deixado pra ele, Natália ia ficar com tudo mas os bens que seriam do Ian ela passou pra Dayana. Não tem mais nada dela em casa, e pelo o que os policiais disseram, ela fugiu com uma amiga, Suellen. Conhece?
Alessandra: Conheço, Suellen era uma vagabunda que cuidava da gente quando eu morava em São Paulo, sempre foi a melhor amiga da Dayana e a ajudava com as tranqueiras que ela fazia.
Luan: Não acha que essas informações pode ajudar no depoimento? -sugeriu-
Alessandra: Luan, eu não vou depor o sumiço de alguém tão sujo, Dayana não saiu de casa amarrada, ela fugiu porque quis. Eu não sinto pena da Natália ou muito menos me sinto surpresa, agora ela sabe a mãe que tem! Quero mais é que a Dayana se foda!

Sumidinha porquê estava curtindo o fim de semana com a família, precisava disso ❤❤
Perdoem a demora galeriss!

Warrior | L.S (CONTINUAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora