Warrior | L.S (CONTINUAÇÃO)

CAPÍTULO 280

Luan: Eu entendo amor, esquece esse assunto! -me deu um selinho e pegou José no colo, ainda dormindo-
Alessandra: É melhor! -concordei-
Luan: Eu já me mudei pro apartamento, conversei com meus pais. Amarildo não curtiu a idéia do divórcio, mas acabou concordando, na verdade ele não tem escolha! -riu- Minha mãe amou, ela não gosta da Natália mesmo e gostou muito da gente ter dito a verdade pro nosso filho.
Alessandra: É claro que Amarildo aprovou, o John não está mais vivo pra fazer as tramóias dele! -ironizei-
Luan: Capaz. Dona Mari gosta muito de você sabia? Até me surpreendi, a Bru então adorou a notícia.
Alessandra: Elas são uns amores! -sorri-
Luan: Decidimos que o melhor a fazer é deixar o Zé nos meus pais por enquanto! -torceu a boca- Como você disse, o apartamento é pequeno e uma criança na idade dele precisa de espaço, nosso filho é acostumado com o conforto de casa, de correr por aí, não iria se dar bem em um apê.
Alessandra: É justo, mas e você? Porquê também não fica lá?
Luan: Amor, eu já sou um homem formado, morei a vida toda sozinho e nessa altura do campeonato morar com os pais não cola! -rimos- Não vou poder morar com você, mas temos que nos ver e isso ia ser péssimo pra nossa privacidade, digamos que minha mãe é um tanto inconveniente.

Gargalhei, assentindo.

Alessandra: Está mesmo confortável em ficar longe do Zé assim? Vocês vivem grudados.
Luan: Bom, eu trabalho praticamente o dia todo, ele fica na escolhinha, sempre estamos na mesma rotina. Vou procurar passar lá todos os dias pra dar um beijo nele dependendo do horário, e meus pais não moram tão longe assim, tá tudo bem! -sorriu de lado- Estou tão feliz que tudo está se resolvendo.
Alessandra: Eu também, você não imagina o quanto! -mordi a boca- Que tal hoje você dormir lá em casa?
Luan: Combinei de levar o Zé pra casa hoje! -torceu a boca-
Alessandra: Então leva ele e vai lá pra casa! -fui óbvia- Do jeito que ele aprontou hoje, não vai acordar nem tão cedo!
Luan: Certo. Mas você precisa trabalhar mocinha! -advertiu-
Alessandra: Hoje eu preciso ficar com você! Deixo o Ney na responsa e ele cuida de tudo, sempre cuidou! -dei de ombros- Vamos!

Entramos no carro e quando chegamos em frente o casarão que era a mansão da família do Luan, a minha sogra, ou futura sogra, veio nos receber. Estávamos na sala, Bruna foi colocar José no quarto.

Marizete: Alessandra querida! -sorriu me abraçando- Cada dia mais linda!
Alessandra: Obrigada Dona Mari! -ri-
Marizete: Fico feliz que estejam se resolvendo de uma vez, que o meu neto tenha te aceitado numa boa. Eu sei que vocês se amam e são o combustível um do outro, dá pra ver de longe. E por mais que tentem, torçam e façam por onde acabar com esse amor, não deixe que consigam tudo bem? -nos olhou com pesar- Muitos já tentaram, acharam que conseguiram mas não...porque aconteça o que acontecer esse amor nunca vai acabar! -sorriu-

Meus olhos já estavam marejados e Luan já arqueava as sobrancelhas daquele jeito bonitinho que ele fazia quando queria chorar.

Marizete: Eu sei o quanto vocês já sofreram e o tanto que estão se esforçando pra viverem esse amor, não desistam! -pediu- Vocês são mais fortes que tudo isso. Te conheço a pouco tempo Alê, mas conheço o meu filho a tempo suficiente pra saber o quanto ele te ama!

Uma lágrima desceu e eu abracei Dona Mari, que me acolheu em um abraço apertado.

Marizete: Só você e Deus sabem o quanto já sofreu nessa vida, as rasteiras que você já levou, quantas vezes você já caiu e levantou, uma dor que só você sabe. E eu sei que ela continua aí. -apontou pra mim- E o que mais me orgulha é saber que meu filho vai estar ao lado da mulher mais guerreira e mais forte que eu já vi em toda minha vida! Que mesmo carregando todo esse peso, continua firme e disposta a buscar o melhor pra si mesma. Isso que você carrega agora são cicatrizes, e sabe, as cicatrizes são as marcas mais lindas que alguém pode ter Alessandra! -sorriu- Busque sua felicidade querida, não desiste agora! Tudo o que você sofreu vai vir como bênçãos, alegria! Você merece muito Alê!

Eu já chorava como uma criança, dona Marizete que mal me conhecia já descreveu minha vida em um estalar de dedos. Porra, como não me emocionar com tudo isso? Acho que nunca ouvi tanta coisa boa vinda de mim como ouvi agora.

Amarildo: Alessandra, podemos conversar?