CAPÍTULO II - O ANIVERSÁRIO PARTE II NARRADO POR LIZZIE COLLINS

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ANTERIORMENTE... Um novo ano se inicia em Crossfield. Lizzie sofre a ausência de Derek. Lyos Hunt e Jonathan seguem a procura de pistas sobre Derek. Logan pensa em fazer uma festa de aniversário a seus irmãos. Surge uma intrigante pista sobre o paradeiro de Derek.


Quinze minutos depois da reunião nós três estávamos em frente ao Internato, de mochila nas costas com as coisas necessárias, o senhor Walker deixou bem claro que nos queria de volta antes do entardecer, o que nos deixou com três horas para investigar os assassinatos.

A cidade vizinha não é muito longe, se atravessássemos o bosque em uns dez minutos estaríamos perto do local do último assassinato e com sorte a policia não estaria lá, óbvio que o senhor Walker poderia muito bem abrir um portal, entretanto ir andando nos daria mais tempo para pensarmos em estratégias.

— O local do ultimo assassinato é em um frigorífico. — Jonathan explicou. — Foi de um homem chamado James Thompson, quarenta e três anos, segurança do local estava trabalhando quando foi atacado, tinha outro segurança no local, que conseguiu fugir e chamou as autoridades, porém quando eles chegaram lá o homem já estava morto.

— O que aconteceu com o outro segurança? — Lyos perguntou.

— Ele se chama Anthony Carter, ele era melhor amigo do outro segurança que morreu então ele está bem abalado, mas passa bem. — Jonathan falou. — Nós temos que, de alguma forma, descobrir quem é a próxima vitima e tentar defendê-la.

— Existe alguma ligação entre James e Rosa? — Lyos perguntou.

— Quem é Rosa? — eu perguntei, falando pela primeira vez.

— Rosa Willians, a vítima anterior, foi encontrada morta em um beco. — Jonathan explicou. — E bem, tirando o fato em que todos dessa cidade se conhecem, não, eles não tinham nenhuma ligação.

O silêncio se prolongou até a chegada da cidade, que de longe eu consigo perceber que não é muito grande, era como aquelas típicas cidades que ficam na beira da estrada e que a economia local é só uma fábrica, é quase invisível, carros e mais carros passam por aquelas estradas e nem notam a cidade, só talvez, crianças entediadas, que observam muitas vezes uma realidade diferente da delas.

— Temos que ser discretos. — Jonathan falou passando por detrás de uma casa. — Os moradores não estão sendo muito amistosos com visitantes.

— E com razão. — Lyos murmurou.

Nós três andamos mais alguns minutos, poucas pessoas estavam por aquelas bandas, encontramos só um grupo de crianças curiosas que estavam perto do frigorífico e alguns adultos, logo atrás, gritando e os chamando de irresponsáveis, ficamos escondidos até que eles sumissem da nossa vista.

Chegamos ao local logo depois, é um prédio grande e extenso, pintado de um cinza e azul desbotado, de longe sinto um cheiro ruim que me faz querer vomitar, ao redor tem uma grande grade cinza, com placas de proibido ultrapassar.

— Não tem como entrar. —  comento, vendo que a porta de entrada está lacrada e com correntes.

— Tem sim, podemos ir por cima. — Lyos falou apontando para o topo da grade. — Você consegue escalar, certo?

Os dois olharam para mim preocupados e eu lancei um olhar de indignação para eles e me aproximei da grade, eu não sei escalar nada, a única vez que eu tentei escalar uma árvore eu cai e quebrei o braço, depois disso nunca mais tentei, nesse exato momento eu me arrependi de não ter aprendido.

Coloco as mãos o mais alto que eu consigo e logo depois apoiei a ponta do tênis num dos buracos e logo depois o outro, ótimo, consegui subir um centímetro, agora falta mais uns mil centímetros até o topo. Jonathan e Lyos logo estavam do meu lado e em poucos minutos o meu irmão está no topo, eu bufei com raiva, óbvio que ele consegue escalar coisas, quantas vezes ele não escalou os muros da escola para fazer festas lá dentro? Sim, meu irmão sempre foi um pequeno infrator.

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