Capítulo 7

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- Mo... mo... molestar?

- Exatamente. - Ele me responde.

- Você está louco? - Pergunto incrédula com o que acabei de ouvir.

- Não, eu não estou louco.

- Pois é o que parece. - Bufo alto.

- Quem estava me achando atraente? - Ele pergunta.

- E o que tem a ver achar uma pessoa atraente? - Retruco. - Posso te achar bonito, mas isso não quer dizer que tenho algum interesse em você, ou que vou te molestar, então tome cuidado com o que você fala.

Izan sorri de canto, e mais do que nunca minha vontade é de matá-lo, mas preciso me acalmar, antes que faça algo estúpido.

- Se você veio para a ilha com a intenção de seduzir um homem debilitado, perdeu seu tempo. - Ele diz. - Meu corpo está ferido, mas minha mente não, então se tiver algum plano em mente sugiro que pare agora mesmo.

- Só pode estar brincando. - Sorrio incrédula.

- Eu pareço estar brincando? - Izan pergunta.

- Você é mais idiota do que eu pensei. - Retruco. - Para sua informação, só estou na sua casa porque fui obrigada, então pare de pensar em coisas sem sentido.

- Então...

- Eu não terminei de falar. - O corto. - Pode ter certeza que não tenho intenção algum de te seduzir, você não faz meu tipo. Não teria interesse por você nem se fosse um homem decente, e agindo como um idiota muito menos.

Pego os produtos de limpeza e começo a caminhar em direção a porta, mas antes que eu saia do quarto ele fala:

- Está demitida!

- Que eu me lembre quem me contratou foi sua irmã. - Me volto para ele. - Então você não tem o direito de me demitir.

- Vai se arrepender...

- Não se esqueça que é você que está ferido. - O corto. - Pense bem antes de me encher a paciência, porque a minha acaba bem rápido, então no seu lugar evitaria me ver irritada.

- Está me ameaçando? - Izan pergunta.

- Eu? - Finjo supresa. - Sou uma profissional, como eu poderia fazer isso com um paciente?

É a primeira vez que baixo meu nível por causa de um paciente, mas acho que é totalmente compreensivo. Primeiro ele me chama de molestadora, em seguida diz que quero seduzi-lo, só pode estar querendo morrer mesmo.

Eu sei que não deveria retrucar, e era melhor apenas sair do quarto em silêncio, mas é meio difícil ser ensultada sem dever e não perder a paciência.

- Se me der licença, preciso ajudar Susan com o jantar. - Faço um reverência.

- Eu não terminei de falar...

- Mas eu sim. - O corto.

Saio do quarto enquanto ele pragueja, e assim que fecho a porta desabo no chão. Todo meu corpo está trêmulo e meu coração acelerado, mas ao poucos vou tentando me acalmar.

- Tenha força Becca. - Digo a mim mesma. - Porque você vai precisar.

Depois de algum tempo me levanto mesmo que minhas pernas ainda estejam bambas, e começo a juntar os produtos de limpeza caídos no chão.

- Idiota. - Balbucio.

Está para nascer um homem para me deixar tão irritada quando Izan. Hoje ainda é o meu primeiro dia de trabalho e ele conseguiu me tirar do sério. Espero que ele mude com o tempo, porque apesar de quase nunca fugir de uma boa luta, uma hora ou outra cansa essa guerrinha infantil.

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