- Mo... mo... molestar?
- Exatamente. - Ele me responde.
- Você está louco? - Pergunto incrédula com o que acabei de ouvir.
- Não, eu não estou louco.
- Pois é o que parece. - Bufo alto.
- Quem estava me achando atraente? - Ele pergunta.
- E o que tem a ver achar uma pessoa atraente? - Retruco. - Posso te achar bonito, mas isso não quer dizer que tenho algum interesse em você, ou que vou te molestar, então tome cuidado com o que você fala.
Izan sorri de canto, e mais do que nunca minha vontade é de matá-lo, mas preciso me acalmar, antes que faça algo estúpido.
- Se você veio para a ilha com a intenção de seduzir um homem debilitado, perdeu seu tempo. - Ele diz. - Meu corpo está ferido, mas minha mente não, então se tiver algum plano em mente sugiro que pare agora mesmo.
- Só pode estar brincando. - Sorrio incrédula.
- Eu pareço estar brincando? - Izan pergunta.
- Você é mais idiota do que eu pensei. - Retruco. - Para sua informação, só estou na sua casa porque fui obrigada, então pare de pensar em coisas sem sentido.
- Então...
- Eu não terminei de falar. - O corto. - Pode ter certeza que não tenho intenção algum de te seduzir, você não faz meu tipo. Não teria interesse por você nem se fosse um homem decente, e agindo como um idiota muito menos.
Pego os produtos de limpeza e começo a caminhar em direção a porta, mas antes que eu saia do quarto ele fala:
- Está demitida!
- Que eu me lembre quem me contratou foi sua irmã. - Me volto para ele. - Então você não tem o direito de me demitir.
- Vai se arrepender...
- Não se esqueça que é você que está ferido. - O corto. - Pense bem antes de me encher a paciência, porque a minha acaba bem rápido, então no seu lugar evitaria me ver irritada.
- Está me ameaçando? - Izan pergunta.
- Eu? - Finjo supresa. - Sou uma profissional, como eu poderia fazer isso com um paciente?
É a primeira vez que baixo meu nível por causa de um paciente, mas acho que é totalmente compreensivo. Primeiro ele me chama de molestadora, em seguida diz que quero seduzi-lo, só pode estar querendo morrer mesmo.
Eu sei que não deveria retrucar, e era melhor apenas sair do quarto em silêncio, mas é meio difícil ser ensultada sem dever e não perder a paciência.
- Se me der licença, preciso ajudar Susan com o jantar. - Faço um reverência.
- Eu não terminei de falar...
- Mas eu sim. - O corto.
Saio do quarto enquanto ele pragueja, e assim que fecho a porta desabo no chão. Todo meu corpo está trêmulo e meu coração acelerado, mas ao poucos vou tentando me acalmar.
- Tenha força Becca. - Digo a mim mesma. - Porque você vai precisar.
Depois de algum tempo me levanto mesmo que minhas pernas ainda estejam bambas, e começo a juntar os produtos de limpeza caídos no chão.
- Idiota. - Balbucio.
Está para nascer um homem para me deixar tão irritada quando Izan. Hoje ainda é o meu primeiro dia de trabalho e ele conseguiu me tirar do sério. Espero que ele mude com o tempo, porque apesar de quase nunca fugir de uma boa luta, uma hora ou outra cansa essa guerrinha infantil.
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Renascer
RomanceBecca é uma enfermeira respeitada no hospital onde trabalha. Sempre foi seu sonho ajudar o próximo, e com o trabalho que faz ela pode fazer isso. Mas Becca nem imagina que ao ser contratada para cuidar de um paciente, seu trabalho não será tão praze...