Capítulo 8

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- Desculpe. - Ele pede fingido. - Foi sem querer.

- Não tem problemas. - Forço um sorriso. - Acidentes acontecem.

Estou chocada e irritada com o que acabou de acontecer, mas estou fingindo que não me importo. Izan além de ser um idiota é ainda mais infantil do que eu pensei.

- Não está brava? - Ele pergunta surpreso.

- Claro que não. - Continuo com o sorriso forçado nos lábios.

Izan parece não acreditar na minha atitude, e no mesmo instante percebo que ele queria que eu fizesse um escândalo, mas como eu não fiz nada do que ele previu, está surpreso.

Apesar de querer jogar essa tigela na cara dele no mesmo instante que ele cuspiu no meu rosto, valeu a pena fingir estar calma, ou então eu teria perdido a chance de ver sua cara de desapontamento.

- Aqui está o que me pediu Bec... - Susan se cala quando me vê.

- Pode deixar aí Susan. - Aponto para uma cadeira.

- O que aconteceu? - Ela pergunta. - Por que tem comida no seu rosto?

- Izan tossiu enquanto eu o alimentava. - Minto.

- Por sorte eu trouxe duas toalhas. - Ela me entrega uma.

Coloco a tigela sobre o criado mudo, em seguida limpo meu rosto tranquilamente, enquanto Susan me olha desconfiada.

Ela não é boba, e provavelmente já deve ter adivinhado o que realmente aconteceu, mas para evitar brigas prefiro ficar quieta.

Depois de me limpar entrego a toalha para Susan, e pego a tigela sobre o criado mudo novamente.

- Abra a boca Izan. - Peço.

- Quero que Susan...

- Já está tarde Susan. - Interrompo Izan de continuar a falar. - Pode ir descansar, depois eu me viro com o jantar.

- Tem certeza? - Ela pergunta.

- Tenho sim. - Sorrio abertamente.

Susan começa a caminhar em direção a porta do quarto, mas para quando Izan fala:

- Susan volte aqui!

- Boa noite Susan. - Lhe desejo. - Tenha uma boa noite de descanso.

- Igualmente. - Ela sorri fraco. - E uma boa noite para você também Izan.

Em seguida ela sai do quarto, ignorando os chamados do seu chefe rabugento.

- Abra a boca Izan. - Peço novamente.

- Não quero...

- O que eu falei antes ainda está valendo. - O corto. - E nem pense em cuspir no meu rosto novamente, porque irá se arrepender da hora.

- Está me ameaçando? - Ele pergunta bravo.

- Sim, eu estou te ameaçando. - Assumo. - Só porque eu não gritei e não briguei com você, não quer dizer que vou aceitar sua criancice, então comece a agir como um adulto de agora em diante.

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