Capítulo XXVIII

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Notas iniciais:

Baby, não sou uma má pessoa, também não sou flor que se cheire,
mas meu sexto sentido me diz para ficar sempre alerta com você...


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POV. Lúcia

Charlie me pediu em namoro, mas estou com o meu corpo todo atrás. Ele deve achar que eu sou muito besta por achar que ele vai ser infiel e eu não vou descobrir. Estou mais do que ciente de suas intenções e, se o que eu estiver pensando for verdade, eu simplesmente largo tudo e vou embora.

O vi mandando mensagem para Louise e estremeci só de imaginar o que ela falaria a respeito. Louise falou alguma coisa que Charlie apenas a ignorou e senti meu celular vibrar, depois eu veria o que era.

Charlie veio com uma conversinha para cima de mim e, para não fazer desfeita em nosso primeiro dia de namoro eu topei uma rapinha, mas sabia que quando chegássemos em casa ele ia querer o serviço completo.

Gozamos juntos, recolhi minhas roupas, as vesti e subi para o meu quarto, não era porque estávamos "namorando" que eu ia ficar de mimimi com ele para cima e para baixo o tempo todo.

Tomei um banho rápido, mas demorado o suficiente para me limpar direito. Fui ao meu closet, vesti um tubinho preto com alguns detalhes em estrass dourado bem de leve, coloquei um escarpam preto e uns brincos dourados, fiz uma maquiagem nem tão leve nem tão pesada, mas bem marcante, coloquei um batom vermelho.

Verifiquei minhas mensagens e vi uma de Louise.

"Você e Charlie namorando? Me diz que isso é mentira"

"Não é, e eu quero que dê certo" - respondi.

"Eu também querida, mas ele é meu filho e eu o conheço. Espero que ele não machuque você".

"Eu também espero que não, mas estou preparada para tudo. Agora preciso ir, tenho uma boate para gerenciar" - falei colocando o celular em minha bolsa.

Quando desci Charlie já me esperava largado no sofá da sala e saímos para a boate em meu carro.

Entramos de mãos dadas e todos estavam nos olhando. Estava em meu primeiro copo de Ice quando Alice (uma das dançarinas) pediu para falar comigo em particular. Pedi para os meninos e Charlie me esperarem lá embaixo e subi com Alice até o meu escritório.

Perguntei o que ela queria beber e ela me informou apenas que queria água, o que foi bem estranho, já que ela nunca foi de ficar sóbria.

- O que houve? Você não é de pedir conselhos nem de querer muita conversa comigo além dos ensaios - falei simples.

- Eu não sei bem como te contar isso, assim como não sei qual vai ser a sua reação... - começou a falar e eu a interrompi.

- Se você não me contar não vai ter como saber. Além de que é bem mais fácil contar tudo de vez do que ficar se martirizando falando aos poucos e pensando em como dizer. Vocês todas sabem que possuem uma amiga e não uma inimiga. Eu não estou aqui para apontar o dedo na cara de ninguém, nem de ficar te julgando, pois só quem pode te julgar é Deus e eu não sou Ele - falei de forma tranquila.

- Eu sei, só que é difícil, mas vou direto ao assunto... Eu estou grávida, e não sei se é de algum cliente ou do neu namorado. Eu estou desesperada. Eu vou ter que tirar esse bebê? Se eu não tirar eu vou perder meu emprego? - perguntou-me aflita.

- O problema que você estava enrolando era um bebê? Eu pensei que você tinha matado alguém minha querida - ri pelo canto da boca e a vi fazer o mesmo gesto - filho é bênção de Deus, eu não vou te obrigar a nada, você faz o que achar que é melhor, e não, seu emprego não está em risco, não enquanto eu estiver no controle.

- Eu queria que vocês me forçassem a tirar, assim eu não me sentiria culpada por fazer isso - disse-me em um sussurro.

- Já que você quer tirar, vamos fazer o seguinte, amanhã eu vou mandar preparar um chá bem forte de cravo para você, se o seu bebê não resistir é porque não era para ser, mas se ainda assim ele permanecer em você, então você, eu e todos os outros vamos criar o seu bebê juntos.

- Você é a melhor gerente que poderíamos ter, obrigada - disse-me se levantando e vindo me dar um beijo na bochecha com um abraço.

- Vocês são importantes para mim, eu estou tendo a oportunidade de dar um tratamento a vocês diferente do que o que a minha mãe recebeu e isso me basta.

Alice sorriu para mim, agradeceu mais uma vez e saiu do meu escritório.

Fiquei avaliando umas papeladas que eram preciso assinar e, ao mesmo tempo, olhando as imagens das câmeras de seguranças, tanto as velhas quanto as novas que eu ainda não tinha dito ao Charlie da existência.

Charlie se divertia com os meninos, bebendo, dançando e conversando.

Em algum momento uma vadia passa a mão no pau dele e ele sem nenhuma expressão no rosto, fala algo para a mesma que fica tensa e sai dali, indo para a área de um dos corredores que dá no depósito. Algum tempo passa, Charlie fala alguma coisa com os meninos e faz o mesmo percurso que ela.

Que porra estava acontecendo?

Eu precisava saber o que era que estava rolando. Algo me dizia que alguma coisa de muito errada estava acontecendo e o meu sexto sentido começava a apitar.

Demorei mais algum tempo antes de finalmente descer.


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Notas finais:

Obrigada por lerem.

Amo vocês 😘😘❤❤

I'm not HolyOnde histórias criam vida. Descubra agora