Capítulo IV

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Notas iniciais:

Acordei hoje maravilhosamente bem, atendendo a pedidos carinhosos e, para mostrar o quanto eu amo vocês, consegui tirar um tempinho para postar mais um capítulo bônus em um dia diferente do que venho postando habitualmente.
Boa leitura a todos e espero que gostem.

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"Sou outra pessoa
Depois que eu te conheci
Quem me conhece sabe
como eu era antes
Não ligava pra nada
Não estava nem aí
Mudei meu comportamento estranho
Talvez quem sabe assim
Eu te ganho"
(Sou outra pessoa - Wesley Safadão).

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POV. Charlie

Subi com Alexia até um dos quartos de hóspedes. Quando ela foi embora eu mudei todos os móveis do meu quarto, não queria nele nada que me lembrasse ela, e desde que ela voltou nunca a deixei entrar lá novamente, na verdade eu não deixei nenhuma puta encostar a sombra na porta do meu quarto.

Eu a fodi de qualquer jeito, afinal ela estava começando a me dar nojo já e desde que os meus olhos encontraram os de Lúcia eu perdi qualquer resto de vontade de comer ela. Tudo que eu queria era sair desse quarto e me trancar no meu.

Não demorei nem meia hora naquele quarto com Alexia (como eu disse, fiz de qualquer jeito e priorizei apenas a minha satisfação, ela que se virasse para se satisfazer) e fui para o meu. Não consegui dormir pensando no assalto que faríamos semana que vem, pois sou mais do que perfeccionista e tudo tinha que sair perfeito, afinal, eu não sou qualquer pessoa, muito menos um amador estúpido para não planejar cada mínimo detalhe de como tudo iria ser

Às 3hs da madrugada eu desci até a cozinha para pegar um pouco de água, pois a empregada não reabasteceu meu frigobar, então faço uma nota mental para hoje, assim que clarear, eu a colocar no lugar dela (deveria demitir a mesma por não cumprir com suas obrigações adequadamente, mas Dona Louise não iria deixar por estar apegada a ela, ela ser de confiança e blá blá blá).

Assim que entrei na cozinha me deparei com Lúcia bebendo água, ela estava tão sexy naquele baby doll fininho que dava até para ver a marca da calcinha dela (que, por sinal, não era nenhuma calcinha enorme como eu pensei que as freiras usariam).

Quando ela se virou para voltar até o seu quarto acabou escorregando e só não caiu porque eu a segurei.


POV. Lúcia

Acordei por volta das 3hs com sede e desci até a cozinha para pegar um copo com água. Quando estava me virando para voltar para o meu quarto, acabei escorregando e só não cai porque Charlie me segurou.

- Você está bem? - perguntou-me.

- Sim, eu sou muito desastrada, mas muito obrigada por impedir que eu me arrebentasse no chão - falei com certa vergonha.

Charlie estava sem camisa, só com uma cueca e até então eu não tinha notado as várias tatuagens em seu corpo (eram muitas mesmo, nem sei o que significavam, mas acho que deve ter doído, ou não, se tivesse doído ele não teria um monte delas).

Charlie me olhou de cima a baixo com cara de safado, mas balançou a cabeça como quem tivesse dispersando algum pensamento ou lembrança. Eu estava com vergonha, corei na hora, estava usando apenas um baby doll que Louise tinha escolhido para mim, embora tivesse fazendo muito frio, mas meu quarto tinha aquecedor, então não dava para pensar no frio até que algo te fizesse pensar nele.

I'm not HolyOnde histórias criam vida. Descubra agora