Capítulo 8

7 1 0
                                    


"Não tenho muita certeza de como me sentir

Quanto a isso, algo no seu jeito,

Faz com que eu acredite não ser possível,

Viver sem você. Isso me leva ao começo ao fim.

Quero que fique".

Stay – Rihanna

Quando chegamos à casa de Caio não pude evitar de ficar impressionada com o tamanho da residência dele, já que a minha não é tão grande assim.
A casa dele era uma residência belíssima com dois andares e uma linda sacada em que ao erguer meus olhos para ela acabei avistando uma mulher loura e de olhos azuis, alta, esbelta e que vestia um vestido longo com uma fenda lateral e que tinha estampa de flores vermelhas.

Ela estava lendo um livro em uma cadeira de balanço e ao ver a movimentação na garagem, levantou-se para ver quem estava chegando.

— Ah, é você, cunhado?  Que bom que já pegou Caio na escola por que eu não teria tempo de buscá-lo, já que passei a tarde resolvendo algumas coisas na rua.

— O garoto me ligou na hora do almoço e eu fui até o colégio buscá-lo. Mas daqui a pouco já irei sair novamente por que preciso encontrar com a galera para ensaiar umas músicas aí, vou na minha monstra mesmo,  por isso já tirei ela da garagem agora.— ela assentiu e desapareceu de vista.

Caio me chamou para entrar em sua casa, embora eu estivesse bastante tímida, eu o segui e estava mais aliviada por saber que tinha gente ali, pois não sei como seria se estivéssemos apenas a sós.
Não sei como iria me comportar com ele, já que ele me deixa com os nervos à flor da pele.  Por mais que eu prepare o que devo dizer em sua presença, basta ele aparecer para eu ficar com meus pensamentos bagunçados e minhas palavras embaralhadas.

Ele causa um verdadeiro terremoto de escala 9.0 dentro de mim.
Ele me estendeu a mão e eu o segui com um sorriso inadvertido. Quando sua mão tocou a minha eu senti um frio no estômago, — ou melhor eram aquelas borboletas que ficavam dançando na minha barriga apenas por sentir a sua pele em contato com a minha.

Atravessamos o portão branco da entrada e seguimos até um quintal de tamanho mediano em que observei a presença de algumas margaridas, girassóis e lírios em alguns vasos dispostos em duas prateleiras de madeira em uma das paredes.
Me encantei por aquelas flores e pela beleza delas, e como acabei pisando em um ossinho de brinquedo percebi que essa era a razão pela qual as plantas estavam no alto, pois quando se tem cachorros em casa é melhor deixar as plantas longe do alcance dele.

— Onde está seu cachorro? Lembro de você ter me contado que tem um Golden Retriever enquanto vínhamos para cá.

— Acho que levaram ele para o Pet Shop, eu amo meu cachorro, mas ele tem um pelo que exige alguns cuidados especiais, sabe?  Vamos entrar, ficar à vontade!

A porta de madeira envernizada estava aberta e aquela mulher que há pouco eu tinha visto na sacada, agora viera nos recebeu com um belo sorriso no rosto.

— Seja bem-vinda a minha casa, moça. Eu sou a Marília, a mãe do Caio.

— Prazer em conhecê-la. Eu sou Estela, uma colega da escola, e a gente veio ensaiar para a peça que vamos apresentar daqui há alguns dias. — respondi retribuindo seu cumprimento com um beijo educado na face.

Meus olhos perscrutaram cada canto daquela casa, notei que havia uma cozinha americana muito bonita com alguns eletrodomésticos vermelhos, vi também um balcão com mármore negro dividindo o espaço com uma sala de jantar em que havia um belo lustre no teto, e uma mesa de madeira com seis cadeiras e estofado negro.

As coisas que eu odeio amar em vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora