~Capítulo 08~

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Em Montemor

A nossa carruagem já estava nos esperando para partirmos até Artena. Hoje é o baile de aniversário da Princesa Catarina e minha avó nunca faltara a esse evento tão importante para os Lurton. Assim como também veríamos meu irmão, Afonso, após tanto tempo sem contato.

- Cássio, tudo pronto? – pergunto e ele assente.

- Sim, alteza – responde ele.

Minha avó vem em passos apressados, ajeitando seu colar e com o costumeiro leque em sua mão. Tão elegante com seu vestido vermelho.

 Tão elegante com seu vestido vermelho

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- Meu neto, perdoe-me a demora. Está tudo pronto? – pergunta ela e sorrio.

- Minha vó, a senhora está muito linda. Como sempre – digo beijando sua mão e ela acaricia minha bochecha.

- Sempre gentil e carinhoso, meu neto. A mulher com quem for se casar, será muito feliz – diz ela e agradeço reverenciando-a – Vamos?

- Sim, minha vó – digo e lhe ofereço o braço, o qual ela segura.

Caminhamos para o pátio, aonde nossa carruagem nos aguardava. Primeiro ajudo minha vó subir e logo entro, sentando ao seu lado e Cássio ia cavalgando na lateral para maior segurança.

Levaria algum tempo para chegarmos a Artena, talvez até o anoitecer no começo do baile. Confesso estar ansioso, pois havia longos anos que não visitava o reino de Artena e veria meu irmão.

Imaginava o quão seria estranho e alegre ver o meu irmão mais velho, sucessor ao trono de Montemor, me perguntava se ele ficaria em Artena ou voltaria conosco após as festividades.


Em Artena

Tudo estava preparado para a noite de grande comemoração ao aniversário de minha filha. Todos os anos, nesta mesma data, me lembro do doce sorriso de minha amada Cecília e sua ansiedade em deixar cada detalhe perfeito para as festividades, preocupada se tudo estava pronto a tempo e se as comidas daria para o total de convidados. Eu ria de seus cabelos fora do penteado e sua cabeça longe.

Minha querida esposa, a única mulher que amei e sempre vou amar não importando quanto tempo passe. Sua partida até nos dias de hoje são como ferro em brasa atravessando meu coração. Criei como pude minha amada filha, o presente que minha Rainha deixou aqui e vem sendo a companheira amorosa e leal que qualquer pai desejaria.

Penso no homem que a fará feliz quando for o tempo de se casar, na mãe que será para os meus futuros netos e na grande Rainha sucessora para Artena. Catarina é meu orgulho e mais puro amor.

- Majestade – chama-me Afonso já arrumado para o baile. Rainha Crisélia, sua avó e minha grande amiga, enviara através de Cássio as vestes nobres para Afonso e insistiu em sua carta que ele estivesse representando seu reino. E em suas mãos traz uma pequena caixa, parecendo ser um presente. 

- Sem formalidades, Afonso

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- Sem formalidades, Afonso. Somos amigos e tenho um apreço a ti como se fosse um filho – digo e ele sorri.

- Confesso estar ansioso para o baile. Tem muitas luas que não participo e a Princesa deve estar ansiosa – diz ele e noto um brilho em seus olhos ao mencionar minha filha.

- Catarina adora um bom baile e mais ainda quando é seu aniversário. É uma data que traz a linda memória de Cecília e de quando ela recebe as amigas de outros reinos – digo – E então? O que acha de suas vestes?

- Um pouco estranho depois de tempos usando vestimentas de plebeu. Mas aliviado por poder novamente representar minha origem nobre – diz ele e rimos.

- Posso saber do que os cavalheiros acham graça? – pergunta Catarina ao entrar no salão sorrindo.

Ela estava linda no vestido prata e o grande colar, representando nosso reino.

- Está linda, minha filha – elogio e Afonso parece sorrir sem graça, mas se aproxima e toma a mão de Catarina

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- Está linda, minha filha – elogio e Afonso parece sorrir sem graça, mas se aproxima e toma a mão de Catarina.

Ela direciona a ele um olhar sentimental e um sorriso juvenil, enquanto ele beija a palma e coloca entre suas duas mãos. Os dois se olham logo em seguida e nada falam por longos segundos.

- Vossa alteza está muito bonita – elogia ele.

- Você também, Afonso. Me encontro surpresa pelos seus trajes – diz ela, enquanto eu e Lucíola saímos sem que eles nos vejam.

Ficamos observando os dois se entretendo, sem ao menos notar nossa falta.

- Lucíola, me diga uma coisa – digo.

- Sim, majestade – responde ela.

- Acha que há uma breve possibilidade desses dois acabarem se apaixonando? – pergunto e ela fica surpresa.

- Com todo respeito, majestade, mas vossa filha fica um tanto aliviada na presença do Príncipe Afonso. Não que ela não tenha gostado do Príncipe Pietro aquele dia, mas não passou de um grande apreço com a personalidade do mesmo – diz ela e fico atento a cada palavra – Agora com Afonso, ela fica trêmula, ansiosa e passa demais horas pensando nele. Seus elogios a sua virilidade e pessoa são direcionados a todos momento para ele.

Eu me sentia alegre por saber que Catarina guardava um sentimento pelo Afonso, um homem honrado e honesto. Aprovaria de olhos fechados uma união entre os dois, caso isso acontecer.

Lucíola e eu nos emocionamos com o gesto de Afonso: ele presenteia Catarina com uma linda pulseira e lhe dá um delicado beijo no rosto. Vejo ela suspirar e coloca a mão em seu ombro, agradecendo pelo presente. 

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