Na plataforma haviam 3 facas e 3 mochilas de suprimentos. Ao final da contagem, alguns participantes corriam até a plataforma enquanto outros apenas se olhavam. O clima era tenso, a floresta estava linda naquela tarde ensolarada, com sombra e ar fresco, um clima perfeito pra bater uma bolinha ou brincar com o cachorro, ninguém estava muito crente que um grupo de pessoas tão frágeis iria se matar como selvagens, ou que aquilo tudo era real. Porém, era inevitável o pensamento de morte que rondeava a mente de todos presentes. A ficha só foi cair para Mike quando ele levou uma facada no peito, no que foi uma cena chocante para os mais próximos. A facada mudou totalmente o semblante dos demais, era um assassinato a sangue frio, na frente de todo mundo. Mike olhava pro seu algoz como se quisesse dizer algo, pedir uma cerveja, talvez. Jack segurava a faca com as mãos trêmulas, olhava nos olhos de Mike como se nem acreditasse no que estava fazendo. Tirou a faca do peito de sua vítima e viu ela cambalear para trás, com a mão sob o ferimento, até encontrar estabilidade e apoiar-se na mesa com as mochilas. A mão segurando a lateral do corpo, com os olhos cheios de questionamentos. Jack sentiu o estômago revirar, a mão tremendo como também os lábios. O sentimento que lhe corria pelas veias era desconhecido, inexplicável. Mike tentava estancar o próprio sangramento, mas, sem sucesso, veio a apagar segundos depois, deixando seu sangue jorrar na beira da plataforma, chegando à grama. Jack se aproximou e deu outra facada, com receio de ter acertado o pulmão em vez do coração.
Os outros participantes ficaram perplexos, a tensão estampava a cara de todos ali e o silêncio de Jack era ensurdecedor. Naquele momento entenderam que realmente teriam assassinatos. Ao fim do ato, incomodado com os olhares julgantes no local, Jack andou em direção aos presentes, que lentamente iam se afastando. Exceto um.
Ted gesticulava, pedindo calma, mas Jack estava furioso e partiu em sua direção. Os dois sumiram em meio as arvores em uma perseguição em alta velocidade. Com medo do que a competição pode fazer com os outros, alguns correram em direção a mata contrária e outros ofereceram um trabalho em grupo, para lutar contra o sistema ou apenas definir um vencedor de maneira civilizada.
2 grupos foram formados e cada um ficou com uma mochila, já que a outra já tinha sido pega por Robin, que fugiu para a mata 5 minutos antes. Duas facas também foram divididas pelos grupos, a terceira estava nas mãos de Jack.
Grupo 1 - MISA, BINTER, VIRGULINO, NAVAL E CHICO.
Auxiliados pelo conhecimento rural de Chico, procuraram subir o máximo possível para fugir de feras da floresta e ter uma visibilidade melhor dos competidores. Eles não planejavam matar ninguém por enquanto, apenas se defender.
—Vamos ganhar deles usando técnicas secretas de sobrevivência dos samurais japoneses! —Disse Chico, orgulhoso de seu conhecimento que finalmente seria útil.
— Ele pensa que é Genghis Khan mas só é mongol, hahaha. — Falou Virgulino, levando todos a gargalhadas, menos Naval que não entendia o idioma. — Brincadeira, Chico. Vamos seguir o seu plano.
Grupo 2 - FOREMAN, CARLOS, TRACY, FINN, POCAHONTAS e KARLA.
Em divergência, dois participantes brigavam pela liderança do grupo.
— Tô falando que devemos ir atrás de Jack e Ted e anexar o vencedor, tô falando!! — Disse Foreman quase gritando.
—Ah, claro. Pra eles matarem nos matarem, né? — Ironizou Finn. — Devíamos achar uma caverna e esperar eles morrerem.
— Por Deus, vocês parecem duas menininhas brigando por macho! — Disse Tracy cansada da situação. — Vamos procurar uma área calma, acampar, abrir essas mochilas e passar a noite, ponto final. Todos de acordo? Então vamos logo.
Gisele ainda corria para fugir da situação, nunca em sua vida tinha visto tamanha frieza e crueldade. Ela sabia que aquela cena seria recorrente em seus piores pesadelos dali pra frente. Em sua corrida, acidentalmente tropeçou com força em um quati, caiu e ambos gritaram. O pobre animal fugiu se rastejando e piando com dor.
Gisele se ajeitou no chão, tinha os joelhos e as mãos raladas e sujas de terra, mas a situação serviu para ela notar que não havia movimentação por ali, então podia parar de correr por ora. Com isso, decidiu procurar água. "Que burrice correr com horas sem beber água, estou morrendo de sede!", Lamentou Gisele, pondo as mãos na cintura e respirando fundo.
Cameron correu até se cansar, olhou para trás e, sem perceber qualquer movimento, continuou caminhando normalmente. Ela seguiu mais ao sul, encontrou um pé de mamão e grandes bananeiras. Perto da região, também havia um pequeno riacho com peixes e árvores ao redor. Ela acabara de encontrar o lugar perfeito para sobreviver.
Rose seguiu um caminho próximo de Gisele, mas, ao notar isso, cortou mais para o norte. Ao cansar de correr, resolveu procurar abrigo, pois ela não estava acostumada com a vida no mato ou com a escassez de água, como outros participantes. Após um tempo caminhando, achou uma bananeira com um cacho recheado de bananas amarelinhas. Sem alcançar o cacho por conta de sua baixíssima estatura, escalou a árvore com a agilidade de uma yogini experiente. Lá em cima, comeu todas as bananas maduras que haviam e guardou as verdes para situações extremas. Recuperada do cansaço, desceu e retomou a caminhada em busca de abrigo.
Dilma correu até dar de frente com uma vara de javalis, que a fizeram mudar de direção e correr mais ainda. Depois de muita corrida, ela estava esgotada. Os mosquitos não a deixavam em paz, o calor era uma tortura que ela estava acostumada, mas não estava acostumada com corridas. Cada passo era o dobro de esforço do anterior, suas pequenas pernas pesavam, se sentia como se estivesse com os pesos do Rock Lee em cada perna, mas ela continuava em busca de recursos.
Charlie correu como se corre um cooper, poupando sua energia. De longe avistou uma laranjeira, escondida em meio a outras grandes árvores. Inteligentemente, ela colheu laranjas, guardou-as em sua jaqueta e, com dificuldade, escalou uma grande árvore, se instalando no topo. "Guardarei a água pra depois, já que a água da laranja me bastará.", pensava enquanto se ajeitava em meio aos galhos.
Em cima de uma árvore também estava Robin, que antes de todo mundo, já estava no meio da mata. Abriu sua mochila e lá haviam garrafas de água, salgadinhos de milho e enlatados. Ela sorriu, empolgada e orgulhosa da própria esperteza. Enquanto saboreava seu lanche, reparou numa outra coisa que tinha na mochila, uma pequena garrafa transparente de vidro com um líquido verde. Na lateral estava escrito o conteúdo: Veneno.
Rachel corria pela floresta, até que parou, apavorada com uma cobra que apareceu em seu caminho, então ela desviou pra esquerda e se deu bem. Encontrou uma caverna arejada, com pouca iluminação e um rio agitado nas redondezas. Levou caquis e bananas para dentro do seu novo aposento, montou uma cama com folhas de bananeira e pedras cobertas de musgo, depois colheu galhos secos, iria tentar fazer fogo mais tarde.
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O Jogo da Morte.
Mystery / Thriller22 pessoas são sequestradas por alienígenas para participar de um jogo de sobrevivência onde apenas 1 sairá vivo. Qual o objetivo dos aliens com esse jogo? Quem é o líder deles? Quem irá ficar vivo ao fim do jogo? Esses e outros mistérios são o tem...