25 - A Proposta.

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ROSE.

A jovem genia corria pela floresta à procura de Jack, temia que o novo amigo tivesse sido assassinado, e, se fosse este o caso, a assassina ainda estaria solta por aí. Mas, uma estranha sensação tomava conta dela, algo em seu interior dizia que ele estava vivo e procurando por ela. Era claro, a energia dos organismos da floresta falando com ela, dando-lhe a confiança para nunca desistir, e ela nunca desistiu. Estava ansiosa com a nova descoberta, entre outros motivos ela queria Jack vivo para também se gabar de suas habilidades de investigação. O quati, como sempre, corria na frente, mostrando o caminho a seguir. 

O tempo corria e o terceiro dia estava próximo de acabar, levando por água abaixo toda a expectativa da fuga. Foi quando ela ouviu algo, o quati parou, o tempo passou mais devagar, tinha alguém próximo. 

O ruído era abundante e agudo, como o choro de uma alma condenada. Rose seguiu atentamente, afastou alguns arbustos e pôde ver Tracy sentada no chão, com as mãos sob o corpo morto de Finn. 

O índio estava com o rosto inchado e a boca coberta de espuma, os olhos saltando para fora do rosto, repletos de questionamentos. A garota chorava, tinha sido outra perda e a sua maldição continuava, seus pensamentos suicidas voltaram e o desejo por drogas também, ela não tinha mais força alguma.

Rose se aproximou, não reconhecendo Tracy como uma ameaça. As duas se olharam, mas não falaram nada, Rose a abraçou com um olhar perplexo. 

— Eu sinto muito. — Disse ela, seu semblante trazia sua mais pura sinceridade.

— É tão difícil. — Respondeu Tracy, secando as lágrimas, ainda olhando para o falecido. — As coisas queimam ao meu redor, é bem pior do que você tá vendo. Eu devo ter sido a pior pessoa do mundo na vida passada para merecer isso. 

— Olhe bem para mim. — Rose tinha uma voz firme e serena, que juntamente com seu sotaque e sua postura, tornava ela o tipo de pessoa que os outros simplesmente confiavam. — Nós fomos colocadas aqui para morrer, eles estão manipulando tudo para haver mortes, e não podemos controlar. Você não tem culpa de nada.

— Não ligo de morrer mais. Fez drama a outra.

— Não diga isso. Eu achei a saída, e te levarei embora desse lugar.

As palavras eram sinceras e Tracy percebeu isso, abraçou novamente a garota e se levantou, deixando Finn no chão. Caminhou para perto da veterinária, quando viu o quati agitado e Rose parada, com os olhos fixos em umas matas que se moviam. Do outro lado as folhagens ouvia-se barulhos de conversa e um caminhar lento. 

NAVAL E JACK.

— And Madonna, do you like her?

— Navél, can you please shut the fuck up? 

— Sorry. I'm lonely since I got here.

— Okay, but let's talk when we're safe

— Okay! — Concordou o indiano, que continuou andando sem perceber que Jack tinha parado na sua frente, e assim, tropeçou e caiu, levando o outro ao chão junto com ele.

Os dois puderam ouvir uma garota gargalhando diante deles.

— Rose! Que bom te ver de novo. — Disse Jack se levantando.

Ela correu até ele e os dois se abraçaram. Rose estampava um sorriso branco em seu rosto, e sua felicidade já denunciava o que ela iria dizer.

— Eu consegui. Eu achei a passagem secreta!

O Jogo da Morte.Onde histórias criam vida. Descubra agora