24 - Betão [2]

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DEZ DIAS ATRÁS.

No interior da nave, Betão medita em silêncio. Ele nunca tinha feito isso, e não tinha a menor ideia de como executar, apenas pensava que era o que ele deveria fazer no momento, como um verdadeiro Deus. Sua meditação de 3 minutos foi interrompida com batidas na porta, era o verdinho.

— Roberto? — Disse o porta-voz.

— Pois sim, verdinho? — Respondeu Betão, ainda sentado no chão com os olhos fechados.

— Foi um sucesso, senhor. As forças expedicionárias retornaram do planeta Kyurem. Conseguimos coletar toda o mineral possível, está em análise nesse momento. Isso é uma vitória.

— Esplêndido! Declaro 7 dias de comemoração! Com muita cerveja, é claro. — Disse Betão com um sorriso no rosto.

— Receio que não será possível, senhor, nós temos outra missão.

— Em que planeta?

— Terra, senhor.

— Interessante. E o que faremos lá?

— A força secreta que controla o planeta precisa se livrar de 22 indivíduos que hackearam informação sigilosa.

— E qual será nosso pagamento?

— Nos deram permissão para utilizar os indivíduos para nosso experimento. Além de alguns ensaios científicos, algo sobre frutas que podem curar e chips que causam fúria assassina nas pessoas, poderemos testar isso.

— Bem, não sei. Precisamos de novos profissionais mas... Terra? Eles não tem nada de tão especial. Diga que foi um prazer ter recebido a oferta mas me vejo obrigado a recusar.

— Senhor, eu esqueci de falar, o pagamento inclui muitas garrafas de vinho.

— Então esqueça tudo o que eu disse e aceite imediatamente. Envie Gabriel para capturá-los e me informe quando formos começar com isso.

— Perfeitamente! — Respondeu Verdinho, saindo da sala e gritando ordens em seu rádio transmissor.

TRÊS DIAS ATRÁS.

— Todos capturados, vossa majestade! — Diz Verdinho.

— E aonde é que estão?

— Na ala 2, a prisão. Logo o enviaremos para a ala 13, onde montamos a floresta.

— E os chips?

— Temos 5, my lord.

— Ótimo, me mostre quem são os prisioneiros.

Ambos caminharam para uma grande sala onde alguns cientistas extraterrestres analisavam um grande telão. Um sujeito roxo com cabelos grisalhos se aproximou e reverenciou Roberto, em seguida o convidou para sentar-se.

— Iremos apresentar os prisioneiros nesta tela. — Disse ele, apontando para o telão a frente de Beto.

— O primeiro se chama Foreman. — Na tela aparece uma foto de Foreman. Sua aparência é bem detalhada pela quantidade de pixels usados e todos podem ver exatamente como Foreman é. — Ele é natural do Rio de Janeiro. É o que podemos chamar de líder fundador do grupo, também conhecido como "El Mysterion" ou "O Recrutador". Foram suas ideias monarquistas que reuniu todo o movimento e ele recebeu o arquivo, se tornando uma ameaça.

— Parece um sujeito tranquilo. — Disse Betão. — Quero o próximo.

O slide rodou e outro rosto apareceu na tela, era Binter.

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