JACK E ROSE.
Deitado no chão frio da floresta escura, Jack sentia a boca seca, o estômago encolhido, sua cabeça doía, assim como seu corpo inteiro, os machucados por todo o seu braço pareciam querer explodir, e quando sua respiração apareceu e seus olhos se abriram, ele percebeu que não estava morto.
Acordou no chão da floresta, à sua esquerda viu uma barraca improvisada, à direita tinha uma fogueira. A claridade ofuscava a garota atrás das chamas e seu animalzinho atento, ambos sentados olhando para ele. Jack podia ouvir a respiração dela, que por algum motivo se tornou seu som favorito naquele momento.
Levantou com dificuldade e se sentou no chão. Chacoalhou a cabeça, deixando folhas e sujeira caírem de seu cabelo, logo depois estapeou seu corpo, se livrando de outras sujeiras. Sua cabeça ainda latejava, e ele pôde sentir uma ânsia subindo-lhe a garganta e ficando latente.
No outro lado do fogo, ela observava o garoto lutando contra seus demônios, rangendo os dentes e contorcendo os dedos, suas pupilas estavam ao máximo dilatadas, mas ela não sentia medo. Se levantou e foi até a barraca.
Voltou com algumas frutas e se sentou perto de Jack. Os olhos dele lentamente voltavam ao normal quando ela resolveu falar.
— Qual seu nome, garoto?
— Me chamo Jack. — A boca confusa não conseguiu falar mais nada além disso.
— Certo, Jack. Está com fome? — Ele acenou positivamente com a cabeça.
Ela vasculhava entre suas frutas quando a voz do rapaz voltou a aparecer.
— Tem laranja? — Disse ele, com um olhar empolgado.
— Claro, mas estão meio verdes. — Dizia ela, quando o garoto, praticamente tomando as frutas da mão dela, começou a comer como um animal esfomeado. — Então você gosta de laranjas? — Perguntou ela, se divertindo com a cena.
— Demais! — Disse ele, já todo lambuzado com a fruta. — Quando estive na Escócia, passei uma semana sem, até que decidi caminhar 10 quilômetros até a feira mais próxima, do outro lado da cidade. Tive que dormir na rua mas não passei vontade. — Agora ele já falava com mais animação, voltando a ser quem realmente era.
— Parece eu com chocolates, sou apaixonada.
— Até que são bons também. — Disse ele, distraído com a laranja.
— Como estão seus ferimentos? — Ela ameaçou tocar o braço de Jack, mas ele recuou.
— Sinto que meus braços estão derretendo de dentro para fora. — Respondeu. — Você que fez esses curativos? — Perguntou ele, notando as folhagens amarradas com cipó que cobriam seu ferimento.
— Sim, fiquei com medo de infeccionar, tem muitos insetos por aqui.
— Estão ótimos, muito obrigado.
— É a especialidade da casa. — Disse ela, sorrindo e orgulhosa de si mesma.
— E essa barraca, você que fez? A fogueira também?
— Tudinho. Tive certa dificuldade por causa da chuva e um urso que rondava por aí, mas no fim deu tudo certo.
— Impressionante. — Falou ele, notando uma satisfação no rosto dela. — Entretanto, isso pode atrair outros participantes que queiram matá-la.
— Bobagem. Quem quer que seja louco de se aventurar pela floresta agora, certamente vai ser atacado pelos bichos. E a fogueira mantém as feras e os insetos longe. E, ainda mais, se alguém se aproximar, meu amiguinho aqui me avisa. — Ela apontou para Mandril que descansava confortavelmente ao lado da fogueira.
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O Jogo da Morte.
Mystery / Thriller22 pessoas são sequestradas por alienígenas para participar de um jogo de sobrevivência onde apenas 1 sairá vivo. Qual o objetivo dos aliens com esse jogo? Quem é o líder deles? Quem irá ficar vivo ao fim do jogo? Esses e outros mistérios são o tem...