7 - No Woman No Cry.

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JACK E TED.

Aos poucos a claridade da manhã ia chegando, sem o cantar do galo como Chico estava acostumado, mas tem outros animais que sabem te acordar.

 Hey, Jack, acorda, já amanheceu! — Disse Ted, empolgado que só.

 Ah, mãe, só mais cinco minutinhos. — Jack não era acostumado a dormir pouco e estava confortável na cama que montou com casca de árvore e folhagens.

 Engraçado. Vamos logo que ouvi uns rugidos aqui perto, se for um leão estamos ferrados!

 Você gosta de leões que eu tô ligado! Afinal sua crush é desse signo — Jack deu uma piscadinha.

 Poxa, cara, nem deu pra falar com ela... Você tentou me matar bem quando eu ia.

—  Ela deve estar por aí. É uma garota inteligente, logo trombamos com ela e vocês têm seu momento antes de todo mundo morrer.

 Cala boca, cara. Nós não vamos morrer! — Ted estendeu a mão para Jack, ajudando-o a se levantar —  Vamos procurar um rio, estou com sede.

 E eu estou com sono! Mas tudo bem, vamos lá, acho que estou ouvindo som de água ao sul.

 Ambos caminham em direção ao sul. Tinham dormido em camas bastante seguras e elaboradas, revezando o turno de vigia. Mas naquela noite não teve nada. Tudo estava tranquilo demais. Que dia bonito, tem cheiro de morte! era o pensamento de Jack.

ROSE.  

Acordada pelos piados do quati, ela se levantou e espreguiçou, suas costas estalaram e ela adorava isso. O quati estava pulando de um lado para o outro, animado, sua pata já não doía mais e ele parecia um cãozinho feliz. Rose fez um carinho nele, que aceitou de bom grado, e em seguida ela apanhou suas frutas e se dirigiu para a floresta mais densa para procurar um melhor abrigo e outras oportunidades. O quati a seguiu

Own, o que foi, lindinho? Quer ser meu bichinho? Preciso te dar um nome! Hum... Já sei! Você vai se chamar Amy se for fêmea e Mandril se for macho - o quati piou, contente ao ouvir o último nome - Ora, então vamos, pequeno Mandril, temos que encontrar um lugar legal.

RACHEL. 

Acordou com o rosto salgado, havia chorado na noite passada e tinha saudadinha de casa, dos amigos, da cadelinha. Nunca que iria matar alguém ou conseguir sobreviver em uma floresta como essa, não com gente por aí tentando matá-la. Acho que vou ficar por aqui mesmo, os bichos fizeram barulho a noite toda... - Pensou Rachel, em seguida pegou alguns caquis e deitou novamente, para pensar na vida e chorar de novo.

CHARLIE. 

Desceu da árvore que subiu no dia anterior, com as mãos ocupadas carregando as frutas que coletou, ela se mandou para o rio dali perto. A noite não tinha sido nada fácil pra ela, fria e desconfortável, sentiu sede um pouco antes mas deu preguiça de descer. Ao caminhar em direção ao rio, ainda esticando as pernas, algo a atingiu na cabeça. Quando se virou pra trás, lá estava o malandro - Um macaquinho abusado, com um jeitão de ser travesso, estava rindo de Charlie, que também riu do jeito do macaco. Após outras cacas serem arremessadas na direção dela, finalmente decide correr para o rio e ficou por isso mesmo. Que dia bonito! ela dizia ao correr.

ROBIN. 

Acordou. Que péssima ideia dormir em cima de árvore, diacho! Ela estava com sono, não chegou a dormir nem 5 horas naquela noite. Desceu da árvore com sua mochila, tomou um gole de água e resolveu dar uma caminhada pela floresta, quem sabe acharia um bom abrigo. O dia estava muito menos amedrontador que a noite, como se a luz do sol a protegesse. Achou uma grande árvore, com um buraco no meio e como ela era pequena, facilmente caberia ali. Tirou sua mochila e jogou-a no chão, engatinhou para entrar no buraco, removendo as teias com um galho. Tomei a sorte grande, achei uma cabana natural, he he he. Quando finalmente conseguiu olhar o que tinha lá dentro, seu coração disparou e a tontura fez seus olhos revirarem. Lá tinha um cadáver, todo sujo e ensanguentado.

Grupo 2. 

Finn foi o último a se levantar do grupo 2, todos já estavam de pé e planejando o que iriam fazer naquele dia. Ele se espreguiçou, tomou fôlego e levantou de uma vez. Saiu da oca, respirou o ar puríssimo da floresta, olhou as árvores em volta, os pássaros no céu. Que dia, que dia!

 Bom dia, pessoal! — Disse Finn, se aproximando da galera.

 É, tá! bonitaço!! Agora senta lá que estamos ocupados aqui. — Foreman não estava de bom humor, até porque Pocahontas era uma assassina, ela tinha de queimar, não dormir na cama ao lado.

 Cara, na boa, já chega disso, falou?! — Finn conseguiu atenção geral — Não vou ficar em um grupo aonde sou humilhado toda hora, peça desculpas agora ou eu vou embora!!

 Tchauzinho! — Foreman acenou, os olhos arregalados e um sorrisão estampavam o rosto dele.

 Calma, princesas, todas terão seus príncipes sarados no fim da história. — Tracy argumentava mas sua voz foi perdendo a força e sua expressão mudou completamente. Ela agora estava horrorizada — Corram!!!

Naquele momento, todos olham para trás, um enorme urso corria em direção a eles. Seguiram juntos por uma trilha e o urso perseguiu o grupo, se aproximando cada vez um pouco mais. Ao decorrer da frenética corrida, houve uma separação geral, com cada um indo pra um lado diferente, menos Karla, que escorregou em uma casca de banana e capotou na terra, tentou se levantar mas sabia que não conseguiria, o desespero tomou conta da sua mente, o sangue quente escorrendo se seu joelho foi abafado pelo ritmo acelerado de seu coração e seu corpo foi ficando quente a ponto de ela sentir sua mente indo embora. O urso chegou.

Ao perceber a situação, Tracy tentou voltar e ajudar sua amiga, mas quando chegou, Karla já estava caída no chão, toda ensanguentada, com o grande urso negro mordiscando seu corpo. Ela parou, e em uma fração de segundos observou toda a cena, seus olhos se encheram de lágrimas, então ela se virou pra fugir dali. Pobre Karla...

Grupo 1. 

Virgulino acordou todo mundo com sua gaita pela manhã. O ultimo foi Chico, que estranhou o sorriso tímido de Virgulino ao seu lado. Chico logo percebeu que todos estavam se ajeitando para prosseguir com uma caminhada e vestiu suas botas. Misa deu um abraço em todo mundo, ela tentava animar os outros porque gostaria que alguém a animasse, seus grandes olhos de anime estavam vermelhos da noite passada, que ela chorou em silêncio.

Ao ser abraçado, Naval tirou uma casquinha e pensou "The famous Japanese traditions, uh la la" - O indiano estava achando tudo aquilo o máximo.

Todos caminharam juntos pela floresta, o cantar dos pássaros alimentava ainda mais a beleza daquele belo dia. Bah, que dia tri!, Disse Binter animada, mas logo a animação passou, quando ela se lembrou que estava há tempos sem beber um chimarrão e comer seu cacetinho matinal.

O Jogo da Morte.Onde histórias criam vida. Descubra agora