13 - Memórias póstumas de Agente Mary.

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Olá, caros leitores! Quem vos fala é a Agente Mary. Sim, aquela mesmo que apareceu morta alguns capítulos atrás. Fui de ghost para fantasma e reservei esse capítulo especial para explicar o que aconteceu.

O começo.

> 20 de agosto.

> Chego da academia.

> Morta de cansaço.

> Tomo quase 500ml de água.

> Que delícia.

> Michael Jackson tocando, o dia estava perfeito.

> Acendi um daqueles, para aliviar.

> Fumaceou a sala toda.

> De repente, alguém bate na porta.

> Pensei "É meu general, vai me pegar fumando maconha, ferrou"

> Joguei o cigarro pra baixo do sofá e fui lá ver.

> Abri a porta e vi um alien baixinho.

> Puta maconha da boa essa, cara.

> Ele me apontou uma arma engraçada.

> Comecei a rir da cara dele.

> Ele aparentemente se ofendeu e atirou. Era um dardo tranquilizante.

Jogo da Morte.

> Acordei com um povo amontoado em uma saleta.

> Um deles fazendo piada, outro rindo descontroladamente.

> Normal, né.

> Fiquei quieta, pensei que ainda tava brisando.

> Depois, um alien nos conduziu pra fora.

> Nave bem moderna a deles.

> Fomos colocados em cima de plataformas em um área de mata aberta.

> Lá eu percebi que tinha mais gente.

> Comecei a duvidar da qualidade da maconha, puta bad trip, mano.

> Um velho gordo apareceu com um microfone na mão.

> Se apresentou como "Betão" e anunciou um jogo da morte.

> Não entendi nada.

> Começou uma contagem regressiva.

> A menina do meu lado desmaiou e caiu da plataforma.

> Mas logo depois acordou e novamente subiu.

> Tocou o sinal e os nego tudo tenso.

> Alguns foram correndo pro centro da plataforma.

> Um deles era muito rápido. Pegou uma faca e ficou analisando.

> Outros chegaram no centro.

> Vou andando por aí, meio distraída, até que um esfaqueou o outro.

> Todos ficaram muito desesperados!

> Ali percebi que não era brisa minha. Meu Deus!

Meu triste fim.

> Corri pro meio do mato, desesperada.

> Feito uma louca.

> Dei de cara com um urso enorme.

> Na hora eu pulei pro lado e saí rolando por um barranco.

> Não sou besta.

> Lá embaixo eu só pensava em me esconder.

> Li em algum lugar que ursos pegam suas vítimas pelo cheiro.

> Joguei terra na cara e fui procurar esconderijo.

> Uma árvore grande com um buraco no meio.

> P e r f e i t o !

> Me espremi e coube.

> Escapei do urso.

> Agora estou segura, certo?

> Não!

> Não mesmo.

> Mal entrei e fui tateando o local.

> Senti algo na minha mão.

> Uma aranha, enorme e peluda.

> Me picou no ato.

> Gritei.

> Ela caiu pro lado e picou minha perna.

> Esmaguei ela com os punhos.

> Era uma aranha enorme e cheia de tripas.

> Pensei em sair procurar ajuda mas ouvi os passos e bufadas do urso.

> Se eu sair ele me mata.

> Minha mão começou a ficar vermelha e inchada.

> Aranha desgraçada.

> Agora tá doendo pra caramba.

> Suei mais naquele buraco do que em duas horas de academia.

> Que beleza.

> Meu coração começou a acelerar e o suor já estava pingando.

> Vomitei no chão.

> Senti pontadas por todo meu corpo.

> Abri minha carteira e beijei as fotos de Michael.

> Eu sabia que era o meu fim.

> Sobre a vida, eu não sabia.

> Sobre a morte, não conhecia.

> Que mensagem quero deixar? Irrelevante!

> Tive uma vida feliz e me orgulho disso.

> Sobre o mundo pós morte? They don't care about us!

Bom, eu morri cerca de 25 minutos depois que tocou o alarme, me sinto muito fracassada. Mas, em minha defesa, eu estava sob efeito de drogas, né, e mais, ghosts não morrem! Agora vou lá encontrar meu ídolo, obrigada ao autor pelo espaço concedido, beijos!

Em memória de Mary, que viverá para sempre em nossos corações.

O Jogo da Morte.Onde histórias criam vida. Descubra agora