Cap 15: Planos

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Acordei meio assustada e meu estado piorou ainda mais quando vi o dono da voz que promoveu o grito tão intenso que me acordou. Pai de Cris, eu sempre tive medo dele, ele sempre me pareceu ser um pai ausente para Cris, sempre deu atenção ao irmão mais velho de Cris, o que é meio estranho.

- Papai porquê do grito.- Cris pergunta meio nervoso.

- Olha aqui moleque eu já falei que não quero meninas dentro de casa ainda mais se eu e sua mãe estivermos fora.- é sério? Tom trazia as amiguinhas dele aqui sempre, eu ouvia que ele era muito festeiro e os pais o apoiavam bastante.

- Entendi papai não volta a acontecer.- diz Cris cabisbaixo, como pode ser isso possível esse homem trata o Cris de forma diferente nem parece que é filho dele, ele é duro de mais.

- Espero bem que sim, pois se voltar a acontecer te mandarei estudar na Espanha.- o que esse senhor está falando? Ele é demente? Só pode mesmo

- Olha aqui, o senhor não devia falar assim com o seu filho, isso é errado não deveria ameaça-lo assim, ele...- sou interrompida por Cris

- Não faz isso.- murmura ele.- por favor.- completa olhando directamente nos meus olhos, até parece que ele tem medo do pai

- Muito bem quero essa menina fora da minha casa imediatamente.- diz autoritário

- Como quiser.- diz Cris

Após isso ele se retirou do quarto deixando-nos sozinhos, Cris soltou um longo suspiro pois a tensão havia se decipado. Ele não disse uma única palavra o caminho todo até a minha casa então decidi acabar com o silêncio pois era pesado e desconfortável demais.

- Ei, não fica assim e me desculpe por me intrometer.- digo e seguro a sua mão. Decidimos vir apê

- Está tudo bem eu sei que você quis apenas me defender, não se preocupe com isso eu resolverei essa situação.- diz e força um sorriso

- Você tem mesmo que voltar para casa tipo imediatamente?- pergunto sorrindo pois surgiu uma ideia e talvez isso o distraia

- Na verdade não mas acho que ele estragou todo o nosso dia.- diz dando um sorriso amarelo e coçando a nuca

- O nosso dia só será estragado se nós permitirmos então o que você acha da gente ver um filme tipo agora?- pergunto esperançosa. Eu posso ser meio "má" e essas coisas mas não gostei nem um pouco de vê-lo sofrendo me machuca também, eu não sei o que tá acontecendo comigo, tô aqui querendo animar ele e em outra altura estaria zoando por ele ter medo do pai. Estou gostando mesmo dele.

- Com um convite desses quem iria recusar? Ainda mais com a garota mais gata e linda do mundo.- sorrio com o elogio e o empurro de lado. Fomos caminhanda de mãos dadas até lá e foi tão lindo ele é tão fofo e atencioso me fez rir o caminho todo, até me ofereceu uma rosa do jardim de uma casa sei lá eu de quem mas a dona saiu toda furiosa nos perseguindo por mexermos no seu jardim, foi engraçado nós dois correndo feito dois malucos. Ele colocou a rosa em meu cabelo e disse que fiquei ainda mais linda.

Escolhemos um filme de comédia e foi divertimento a valer pois roubou-nos muitas gargalhadas e ele só piorava me fazendo cócegas.

- Isso foi muito bom nem amor?- pergunta e meu coração falhou uma batida quando escutei a palavra "amor", é incrível escutar isso, enche meu coração de felicidade

- Sim foi muito divertido, pena que acabou e nós temos que voltar.- digo me sentindo triste mas ele passa o seu braço em volta dos meus ombros me abraçando de lado e isso acelera as batidas do meu coração. É tão intenso o que sinto e não sei se ele percebe o poder que tem sobre mim ou se eu também consigo fazê-lo se sentir assim.

Essa Rebelde Sou EuOnde histórias criam vida. Descubra agora