Capitolo III

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Não consegui dormir direito, pensando nessa maldita Capuleto, seu nome me dá até nojo. Rolava de um lado para o outro na cama, e mal esperava pra conhecê-la oficialmente amanhã.

Resolvi ligar a televisão, e estava passando notícia sobre nós... E dos Capuletos infelizmente. Aumentei até o volume.

"Duas famílias antigas e milionárias da história, estão presentes aqui em Boston , fizemos uma entrevista com o senhor Capuleto. E ele disse que veio em plena paz, só quer pensar nos estudos de sua amada filha Julieta Capuleto, que nunca fora divulgada sua imagem para televisão e muito menos nas redes sociais. É um mistério ou, pecado, esconder a beleza de sua filha segundo relatos anônimos, ou, faz parte do jogo deles?!"

— VIERAM EM PAZ? QUE MENTIROSO, MALDITO! Irei de acabar com a raça dele! Se eu ver... Um Capuleto na minha frente amanhã, juro que...

— Filha, está falando sozinha? - Mamma escutou minha frustração lá do corredor, mesmo eu estando com a porta fechada do quarto.

— Si mamma! Estou muito enraivecida com essa entrevista do canalha do Capuleto. Vistes?

— Sim... Ele é um cínico, seu pai quebrou até a televisão! (Risos)

— Quase fiz o mesmo... Quanto abuso!

— Vai descansar minha filha, mamma ti ama molto!

— Ti amo molto também signora Tolomei..

Virei pro lado, mamma desligou a luz, consegui finalmente dormir, mas com a raiva ainda fluindo em mim...

Deu de manhã e a minha senhora, acorda-me animada, com café da manhã reforçado.

— ACORDE FILHA! É SEU PRIMEIRO DIA DE AULA! ! ANDIAMO! TOME SEU CAFÉ, IRÁ SE ATRASAR!

Tomei sorridente meu café da manhã, e depois os funcionários prepararam minhas roupas, e meus materiais. Enquanto tomava banho e fazia higiene matinal. Eu cantarolava no banho...

— CANTAREEEEEE! OOOOHH... VOLARE... OOHHH!

— GIULIETTA! PARE DE CANTAR E SE APRESSE MULHER! - Disse minha nana... "A governanta" da casa, batendo na porta do banheiro.

— SI! SI! JÁ VOU! - Eu a respondi animada.

Saí do banho, e fui de roupão até minhas roupas, Nana cuida de mim, mesmo depois de eu ter me tornado uma mulher, trocou minhas fraldas, então não me importava de ficar nua na frente dela.

— Quem diria que virou esse mulherão todo... Era tão pequenina e de personalidade explosiva.

— Então só cresci no tamanho, pois a personalidade continua explosiva, Nana. - Beijei a testa dela, estando completamente nua a frente dela.

— Vista-se logo, per amore di Dio! - Disse tampando os olhos, se mostrando envergonhada.

— Meu corpo é atraente a você, Nana? (Risos)

— Cale-se, chega a ser pecado dizer tal asneira! Menina malcriada, tenho idade pra ser sua mãe, se comporte como uma Tolomei!

— Nós Tolomei somos a elegância em pessoa... - Estufei o peito, brincando com Nana.

— Estou vendo... (Risos). - Estava nua em cima da cama, pulando no colchão.

— Acho que vou querer roupas mais apertadas...

— Para quê? - Perguntou curiosa.

— Saberá quando ver... Sua boba! - Parei de pular na cama e sentei, para esperar pela roupa.

Tinha meus privilégios, mas, sempre gostei do que me aproxima do que é livre e selvagem.

AS JULIETASOnde histórias criam vida. Descubra agora