Capitolo XV

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— Diga logo mulher!

— Temo que, uma de vocês apenas morra...

— Espero que seja eu... Não suportaria perdê-la. Preciso vê-la o mais rápido possível amanhã. - Dizia e ao mesmo tempo mastigava meu lanche preparado pela minha Nana.

— Não digas isso... Seu pai infartaria, e eu ficaria muito mal sem ti. - Beijou minha mão, e preocupada comigo.

— Espero morrer com honra... Em nome de algo que defendo e protejo.

— Pare de beber esse uísque, venha, vamos dormir minha menina...

— Não está tão tarde assim ainda... Vou ficar um tempo acordada. Boa noite Nana. - Retribui o beijo que deu em minha mão.

Fomos indo, e fiquei acordada por longas horas, pensando nela, queria ter tido a oportunidade de dançar com ela, o tempo para duas pessoas que se amam... Passa tão depressa, mas, em suas memórias o tempo pode ser congelado no momento que mais arrancam-lhes sorrisos, queria tanto fazer amor com ela, pelo resto da noite... Não importa o lugar quando dois corpos se desejam ardentemente, o que importa é de estarem ali unidos por um só propósito... Doar-se, transbordarem-se uma pela outra. Acabei me tocando antes de dormir... Ao imaginar uma cena quente entre nós, e o beijo que com certeza a deixou molhada, pois, deixou a mim...

No dia seguinte acordo com feixes de luzes do sol tocando meu rosto, e sons de pássaros que rondavam ali por perto da varanda, meu sorriso surgiu, pensando em ter visto Julieta me vendo se espreguiçar na cama...

— Como queria ter seu cheiro aqui pra quando eu acordar... Me embriagar-se de você...

— Falando sozinha? - Olhei pra trás, e Nana estava ali próxima da porta preocupada.

— O que faz aí? Bom dia...

— Bom dia senhora... Mas, temo que não será um belo dia pra você... - Falou desapontada.

— Ai... Lá vem as más notícias... Pode lançar, estou preparada!

— Sua querida Capuleto desmaiou ontem pouco após sua saída...

— Nossa... E isso é pra eu me sentir mal? Deve ser de saudades, preciso vê-la!

— Não! Você tem aula... Precisa ir...

— Está me escondendo algo? - Estreitei meus olhos nela dali da cama onde eu estava, quase forçando-a falar.

— Ela passou mal... Pois sua mão foi pedida em casamento pelo filho mais velho da casa Varsini. E ele será o futuro governador de Boston.

Como eu estava na cama, não tinha a chance de cair dura... Só fiquei mesmo em choque.

— Minha menina...

— Me deixe a sós por gentileza... Preciso pensar.

— Mas...

— ME DEIXE A SÓS PELO AMOR DE DEUS!

Ela se retirou, e só foi sair... Que desabei. Peguei minha espada e fui destruindo tudo no meu quarto.

— Ahhhhhhhhhhhhh! Eu vou acabar com os CAPULETO!

Nana entra e implora que eu me acalme...

— GIULIETTA! PARE! É ISSO QUE ELES QUEREM, IRA! RAIVA! Eles já devem saber de vocês, seja forte!

— Vou ser forte mostrando minha ira ao pai dela!

— NEM SEU PAI confronta de frente o senhor Capuleto.

— Eu irei de noite vê-la... Pelas penumbras, ou, posso arrumar um jeito de falar com ela hoje na Universidade... Obrigada por esfriar minha ira...

— Isso... É bem melhor a se pensar... - Olhou assustada ao estrago que fiz, em nome da raiva.

Me arrumei, eu já não estava mais feliz, porém, estava determinada a mudar essa situação nem que custe a minha vida! Sei que minha Julieta não irá de aceitar isso... Confio no sentimento dela por mim, ela não ousaria... Abandonar a mim.

AS JULIETASOnde histórias criam vida. Descubra agora