Capitolo XX

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Essa noite com ela, parecia mais um amanhecer... Pois só via luz naquele olhar dela. Julieta acabou dormindo em cima do meu corpo e eu dormi logo em seguida.


— Senhoritas! Acordem! - A babá da Julieta entra no quarto, e nos encontra nuas espalhadas na cama.


— Mas o que é isso? Estamos indispostas! - Julieta se encolheu no lençol, acordando assustada, eu fui abrindo os olhos lentamente.


— Precisei vim.... Seu pai está a caminho Julieta, e temos más notícias.


— Estava bom demais... - Comentei baixo.


— Sua família Giulietta declarou guerra aos Capuleto através das mídias... E não será aqui na Àmerica.

— Como assim? - Julieta não entendia muito de "guerra".


— NON! Tenho que impedir isso!


— Como? - Perguntou assustada Julieta a mim.


A babá dela saiu e pediu pra eu me apressar também para ir.


— Não dá pra explicar agora meu amor.... Eu voltarei logo para seus braços. Me prometa ser forte. - Peguei nas mãos dela e as beijei.


Ela ameaçou querer chorar, mas, se conteve.... Chegou com sua mão trêmula próxima ao meu rosto, seu olhar pedia pra eu ficar mais um pouco sobre seus cuidados.


— O amor sempre vence minha senhora Capuleto. Em breve teremos os mesmos sobrenomes.


— Por causa de um sobrenome quase mataram você! Dane-se os sobrenomes que temos. Me deixe ir contigo!


— Não posso arriscar te levar comigo para conversar com meu pai. Eu amo você de outras vidas... - Beijo atenciosamente suas mãos trêmulas.

Nos abraçamos fortemente, ela me ajudou a se vestir... E tinha que ser com cuidado, pois eu estava ainda toda dolorida. Saí da casa dela igual uma fugitiva... Que havia roubado a coisa mais valiosa daquela casa, o coração da jovem e bela Capuleto. Quem tem o amor de uma mulher daquelas, não precisa de mais nada na vida... Para ser encorajada.

Simulei um beijo enquanto corria pelos labirintos do jardim dela. E seu olhar ficou a me seguir... Depois a vi chorar e se esconder dentro de seu quarto. Amada Julieta, preciso impedir isso e voltar o quanto antes para ti...

Fui a galope.... E quando cheguei em casa, só havia a Nana...

— NANA! ONDE ESTÃO TODOS? O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

— Você... Está bem... Ahhh Giulietta! - Ela me abraçou e chorou.

— Diga-me!

— O primo da Capuleto... Matou o nosso motorista particular, foi até a casa dele e matou a família dele por ter escondido você. Ele foi atrás do seu primo... Na Itália.

— NON! NON! - Me ajoelhei no chão, abraçando as pernas da minha babá, ela acariciava minha cabeça, chorando junto. - Isso não vai ficar assim!

Me desprendi dela, e fui correndo enfurecida até a área da onde fica nosso jato particular. Nana veio atrás de mim.

— ESPERE! - Ela segurou forte no meu braço.

— Não me impeça! - Olhei com lágrimas a ela e ao mesmo tempo agressiva no meu tom de voz. - Onde eles estão agora?

— Não vou impedir... Irei junto com você. Chamarei o comandante.

Fiquei impaciente, com medo... De matarem meu primo, isso não poderia acontecer, senão EU que faria minha vingança e derramaria sangue. Onde meu pai está com a cabeça, declarar guerra, em pleno século XXI?

— Vamos! O Comandante irá nos levar até a mansão Tolomei em Verona. E que Deus nos proteja.

— Não podemos perder tempo mais aqui! Vamos! Que Deus e seus anjos estejam conosco...

AS JULIETASOnde histórias criam vida. Descubra agora