Estava dentro do meu Audi, observando a interação da Blair com os colegas dentro do bar. Não me julguem senhoras, não sou um stalker ou coisa parecida. Observar o teto do meu quarto não era tão divertido, mas pensando bem, observar esse cara se desdobrando pra chamar atenção da minha namorada de mentirinha, é igualmente nada divertido. Não foi difícil descobrir a localização do bar, ela deu pistas e o recepcionista do Hotel me ajudou. O bar tinha um vidro que permitia olhar o que acontecia dentro, Blair tinha uma tiara no cabelo, o vestido vermelho, incrível.
Parecia que a confraternização havia chegado ao fim, já que o grupo estava se encaminhando para a saída, não perdi tempo e saí do carro. O cara que arrancava risadas de Blair provavelmente era o tal Dan, será que eles tinham algum envolvimento romântico? Preciso deixar claro para ela que o trato exige um namoro monogâmico. Blair me viu encostado no carro, mas recuperou os olhos arregalados rapidamente, ficou me encarando. O tal amigo perdeu a atenção quando me aproximei, as outras pessoas me encararam também.
— Boa noite — Sorri para os amigos da Blair, inclusive o inconveniente. — Baby, desculpe não avisar, mas eu estava sentindo a sua falta. — ela arqueou as sobrancelhas, mas parece que percebeu que teria que interpretar, os olhos suavizaram e ela envolveu os braços em volta do meu corpo. Me pegou de surpresa.
— Eu já ia te ligar, estou feliz que veio me buscar. — Estava retribuindo o abraço, sorrir não foi difícil. As pessoas tinham um olhar interrogativo, ainda estavam surpresas diante da minha aparição inesperada. Provavelmente Blair não comentou nada sobre nós. — Pessoal.. — ela se soltou, cedo demais, do meu abraço. — Eu tinha comentado que estava conhecendo um cara, só não havia dito o nome. Este é Chuck Bass. — Me apresentei individualmente para o pequeno grupo de pessoas, duas mulheres ajeitaram os cabelos antes de apertarem minha mão. Meu palpite estava certo, aquele era o tal Dan.
— Prazer em conhecer vocês, espero que nos encontremos outras vezes. — As pessoas pareceram satisfeitas com minha presença. — Baby, vou te esperar no carro enquanto você se despede dos seus amigos. — O olhar que a minha namorada de mentirinha estava direcionando a mim, era realmente diferente em relação aos de tédio, e eu gostei. Por um minuto, quis que não fosse um olhar de encenação. Idiota, que ideia ridícula. Voltei para o carro depois de deixar um beijo na testa de Blair e apertar mais uma vez a mão de cada colega dela, o Dan analisava cada movimento meu com olhos desconfiados.
Encostei na porta do Audi enquanto ela trocava algumas palavras com os colegas, as garotas tentavam disfarçar as perguntas, mas falharam. O bom humor que Dan tinha dez minutos atrás, foi embora, que idiota. A mulher do momento se aproximava de mim, a expressão apaixonada tinha sido substituída por sobrancelhas arqueadas.
— O que a gente combinou, Chuck? — Ela cruzou os braços, a luz de uma luminária refletiu seu rosto, os lábios pintados de vermelho prenderam meu olhar por um minuto. — Você poderia ter avisado, não gosto de ser pega desprevenida.
— Você tem razão, mas eu estou bem entediado. Me perdoe, Blair. — fiz um biquinho, isso foi suficiente para desfazer o olhar acusatório. Ela parecia mais leve, provavelmente graças ao álcool que consumiu.
— Ah claro, o que um cara cheio da grana como você poderia fazer em Nova York, né? Ficar preso no quarto é a melhor opção. — A bebida a deixou mais provocadora que o normal, e não é uma reclamação. Essa garota é cheia de ironias inteligentes, o que me deixa com mais vontade de conversar, nunca é monótono.
— Eu vim para Nova York achando que já estava certo de fechar acordo para o filme, mas fui surpreendido. O que me resta é ficar na linha, por isso eu procurei sua ajuda, já se esqueceu? — Abri a porta do carro para ela.
— Sair do cárcere é sinal de que você vai aprontar alguma merda por aí? — Ela encostou a cabeça no banco enquanto dei partida, não pareceu se afetar com meu raro ato cavalheiro, nem ligou pro meu carro.
— Nem sempre, mas prefiro não ser surpreendido.
— Pra quem não gosta de surpresas, você deveria rever algumas atitudes. — ela ainda estava falando da minha aparição, e tirando sarro de mim.
— Você até gostou, ba-by. — ela deu risada quando deu ênfase em casa sílaba. — Gostei muito da sua cara, você tava caidinha por mim. — Acompanhei o riso.
— Acho que não vamos nos sair tão mal, afinal. Pra você é simples já que trabalha com isso, mas eu não sou atriz. Portanto, estou orgulhosa dessa dupla. — O GPS indicou que havia chegado ao prédio da Blair quando apitou, estacionei e descemos, ela não esperou que eu abrisse a porta dessa vez. Notei que tinha um cara com uma câmera, escondido num estabelecimento próximo, ele provavelmente não percebeu que eu tinha o visto.
— Blair, tem um paparazzi por aqui. — ela ergueu as sobrancelhas. — Sim, eu disse que eles ficariam rodeando um tempo. Agora, já é a segunda vez que me veem no seu prédio, dessa vez acompanhado. Não quero que achem que é mais uma das minhas, hum... colegas. — Não sei por qual motivo, mas não quis que a Blaire me julgasse.
— Eu entendi, então nosso planejamento de esconder por um tempo já era, né? — Confirmei com a cabeça.
— Desculpe, eu deveria ter pensa... — Não consegui concluir a frase, aconteceu muito rápido. Os braços de Blaire envolveram meu pescoço, ela tinha um cheiro muito bom. Suspirei surpreso ao sentir a proximidade dos nossos corpos, seguido por um beijinho rápido. Sem chance, se esses caras querem uma manchete, ficarei feliz em ajudar. Segurei a cintura de Blaire de uma forma carinhosa, minha mão livre seguiu para seu rosto. Nossos olhos estavam bem perto, ambos sorrimos, ouvi um barulhinho da câmera. Acho que é suficiente por um dia, as pessoas vão ficar intrigadas.
— Vamos entrar logo. — ela parece ter lido meus pensamentos, mas se distanciou de mim rápido demais. Apenas segurou minha mão enquanto seguíamos para a porta, a garota não parecia nem afetada conforme subíamos as escadas, meu ego ficou um pouco incomodado.
— Eu acho que eles conseguiram uma foto muito boa. — Tentei iniciar uma conversa.
— Claro que sim, olhe pra mim, estou bem gata. A propósito, você deveria ter elogiado isso. — Eu elogiei, mas na minha mente. — Pelo visto, vou ter que ensinar tudo. — Sorri da sua expressão incomodada, era uma graça. Estava ficando acostumado a sorrir bastante quando passava tempo com Blaire.
YOU ARE READING
A Proposta
FanfictionChuck Bass é um talentoso ator mundialmente prestigiado, mas sua conduta pessoal está interferindo na vida profissional. Ele precisa urgentemente mudar a opinião pública a seu respeito e fingir que é um homem mudado através da paixão. Blair Waldorf...