As palavras de Chuck ainda martelavam na minha cabeça, só conseguia pensar no quanto me deixei levar. Quando finalmente tive coragem de me abrir para novas experiências, fui tratada como se não significasse nada. Falta de aviso não foi. Sabia que precisava superar isso e seguir em frente com o combinado, logo esse teatro chegaria ao fim.
Estava em casa refletindo sobre os últimos acontecimentos, não seria simples agir como se estivesse bem, a noite anterior me magoou pra caramba. Como se não fosse suficiente, ainda tive que atender o idiota mais cedo. Por sorte, tudo correu bem.
Nos filmes as pessoas resolviam os problemas com bebida, talvez funcionasse comigo. No impulso, vesti uma calça de alfaiataria que havia recebido de presente, junto de uma camisa escura, passei um pouco de maquiagem e soltei os cabelos. A combinação das roupas me deixou com um aspecto de mulher mais velha, o que me agradou bastante.
O bar que decidi afogar as mágoas estava movimentado, escolhi uma mesa próxima da janela, o pedido inicial foi vinho. Não tinha experiência com bebidas, meu histórico era limitado, mas daria um jeito de alterar isso.
A música latina, somada a garrafa de vinho que bebi praticamente inteira, eram o pontapé que meus quadris precisavam para balançar em cima da cadeira.
— S, venha me encontrar. — Mandei um áudio para Serena, precisava de um rosto amigo.
— Não estou conseguindo entender muito bem, B. Onde você está? — Tive resposta depois de dois minutos. Ok, talvez a música estivesse alta, e minha voz um pouco embolada.
— Venha dançar comigo! — Soltei, um pouco mais alto.
— Eu estou na França, Blair. Esqueceu? — Ela realmente havia comentado que viajaria a trabalho.
Resolvi não insistir no assunto, fui até a pista que havia se formado, com um amontoado de pessoas dançando. Teria que dançar sozinha, pelo menos estava acompanhada do meu copo.
Movimentei os quadris ao ritmo da música e abaixei o corpo em alguns momentos estratégicos, a flexibilidade que a bebida proporcionava era realmente imbatível. Meus cabelos estavam ficando mais bagunçados à medida que eu balançava a cabeça, o reflexo que vi num espelho era atraente.
Um par de mãos me puxou pela cintura, não foi um toque agressivo. Um homem muito bonito sorria quando virei o corpo, um parceiro de dança. Não tinha a postura altiva de Chuck, nem os mesmos olhos, ou o cabelo bem penteado... Por que eu estava comparando este desconhecido com o cara que eu queria esquecer?
Ofereci meu melhor sorriso, ele tornou a envolver minha cintura, acompanhei com as mãos em sua nuca. Tocava alguma música parecida com tango, meu novo colega era um ótimo dançarino, para minha sorte. Conduziu perfeitamente cada passo, nossos corpos se esbarravam a cada vez que eu era puxada.
— Sou Carter Baizen. — O recém identificado falou, sorrindo ofegante. A música havia chegado ao fim.
— Me chamo Blair Waldorf, obrigada pela dança. — Eu respondi, igualmente ofegante.
— Você é a namorada daquele ator? — Droga, estava sempre voltando nele.
— Sim, ela é. — A voz de Chuck soou atrás de mim. — Espero que tenha se divertido bastante dançando com a minha namorada. — Olhei por cima do ombro, a cara amarrada era evidente. Seu tom de voz não era nada amigável, senti um frio da barriga quando segurou minha mão e entrelaçou nossos dedos.
— Foi divertido pra caralho. — O tal Carter tinha um sorriso debochado no rosto.
— Você é melhor nos campos de futebol, Carter. Não tente bancar o cínico aqui. — Uma veia estava saltada na garganta de Chuck.
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A Proposta
FanfictionChuck Bass é um talentoso ator mundialmente prestigiado, mas sua conduta pessoal está interferindo na vida profissional. Ele precisa urgentemente mudar a opinião pública a seu respeito e fingir que é um homem mudado através da paixão. Blair Waldorf...