A Proposta

Blair

  Aviso: Cenas explícitas de sexo, caso alguém não goste. Para quem gosta, boa leitura!

— Você saiu sem se despedir. — Ele falou, estava apoiado no batente da porta. Quando olhei seus dedos, notei que os nós estavam avermelhados.

— Chuck.. — Não consegui encontrar palavras. Fugir realmente não era uma escolha madura, mas naquele momento, meu coração só queria um pouco de infantilidade para se proteger.

— O que você quer de mim, Blair? — ele usava o tom seco, áspero. — Eu nem mesmo entendo o que está acontecendo. Estou pisando em ovos o tempo inteiro. Por que está sempre correndo, porra? — As palavras estavam me assustando, ainda mais com esses olhos vermelhos. Abracei meu próprio corpo, Chuck notou meu olhar amedrontado e sua expressão suavizou. — Me perdoa, Blair. Eu volto outra hora.. — Ele ajeitou o paletó que carregava no braço e se posicionou para as escadas.

Não consegui, não podia deixar Chuck ir embora dessa forma. Ele estava claramente abalado, sabe lá que merda poderia fazer na rua? Ainda era minha função bancar a namorada, mas sobretudo, ajudá-lo a se manter na linha.

— Chuck, você pode ficar comigo esta noite? — Ele se virou ao me ouvir, a postura derrotada me abalou. — Eu preciso da sua companhia hoje. Por favor? — Ele ainda me olhava, pensando na proposta. Por fim cedeu, quando nossos dedos se entrelaçaram, adentrou o apartamento comigo.

— Blair, o que está fazendo? — Questionou, quando viu que eu fazia o trajeto até meu quarto. — Ficarei na sala, só me empresta um cobertor.

— Shh. — Me virei para Chuck assim que fechei a porta, ele tinha uma expressão confusa no rosto. — Te ver assim é demais para mim. Eu não sou capaz de te largar esta noite, tudo bem? — Ele acenou com a cabeça, ainda parecendo desconfiado. — Me conte o que aconteceu. — Pedi, me sentando na beirada da cama. Chuck imitou, sentando-se ao meu lado.

— O de sempre, Blair. Meu pai é um idiota, esqueça isso. — Jogou o terno na minha poltrona e cruzou os braços, na defensiva.

— Mas isso mexeu muito contigo, é só olhar na sua cara. O que aconteceu?

— Ele falou coisas estúpidas, coisas que me tiraram do sério. Você não estava lá para mim, Blair. E a droga do nosso acordo? — Ele não estava bravo, parecia magoado. — Me deixou sozinho naquela casa que eu odeio. Eu só precisava segurar sua mão, mas não sequer sabia onde você havia se metido. — Ele tinha razão, deveria ter ao menos avisado. Não iria pressionar Chuck sobre os últimos acontecimentos, em outro momento poderíamos conversar sobre aquilo.

— Tem razão, eu não estava lá. — Me levantei, ficando de pé, em frente para Chuck. — Mas agora estou aqui, procurando uma nova forma de me desculpar. — Levei as mãos até o zíper do meu vestido. Quando terminei de descer, o tecido deslizou pelo meu corpo até se embolar aos meus pés, deixando só minha minúscula calcinha e o sutiã. Estava disposta a ter todos os momentos que pudesse com esse homem parado na minha frente, mesmo que custe muito depois, eu precisava me sentir tão viva mais uma vez.

— Blair. — Chuck parecia sem palavras, mas seus olhos estavam ávidos pelo meu corpo. — O que você tá fazendo? Eu... — Interrompi seu interrogatório quando abaixei um pouco o corpo até colar meus lábios nos dele. Chuck não parecia tão disposto a corresponder aos meus beijos, apesar de não fazer o mínimo esforço para se afastar.

— Eu quero você, Chuck. Quero tanto. — Sussurrei contra sua boca, isso pareceu suficiente para libertá-lo das dúvidas. Suas mãos vieram para minha cintura, me puxando impaciente para seu colo. Não me contive, respondi com movimentos circulares com a cintura, a sensação da fricção era indescritível, aquilo umedeceu a minha calcinha.