Quando acordei, senti os braços fortes de Chuck em volta da minha cintura. Aquilo me despertou, as lembranças da noite passada vindo como uma avalanche. Foi uma madrugada longa, fomos bem... criativos. Não pude deixar de sorrir.
— Baby, pare de se mexer. — Sua voz grossa sussurrou contra minha orelha. Eu estava tentando me libertar do seu abraço.
— Desculpe. — Respondi, começando a ficar levemente apreensiva. — Estava tentando levantar e conseguir evitar uma situação constrangedora.
— Fique tranquila. — Me virei para trás, Chuck parecia bem desperto, mesmo com a expressão relaxada, meus olhos deslizaram pelo seu abdômen desnudo. Esse homem me deixava com água na boca. — Meu rosto é aqui em cima. — Pega no flagra, tentei dar um sorriso culpado.
— Só vestir roupas que não terei problemas de concentração. — Ele deu uma risada, extremamente gostoso.
— Então você precisa começar a andar com um saco de papel na cabeça, também priorizo minha concentração. — Suas mãos deslizaram entre meus cabelos, que provavelmente não estavam no momento mais alinhado. O elogio havia me pegado desprevenida.
— Você está bastante simpático esta manhã. — Chuck puxou meu corpo para mais perto, aquilo me fez perceber que outras partes dele estavam bem despertas.
— Não posso evitar, tive uma excelente noite de sono. — Sua boca deslizou pelo meu ombro, começando a me arrepiar.
— Hmm... — Quando estava começando a ceder às suas carícias, alguém começou a bater na porta da sala, me fazendo pular da cama. Procurei algo entre as roupas emboladas no chão, acabei vestindo a camisa do Chuck.
— A vista daqui está excelente. — Ele falou, deitado, observando atentamente. Estava terminando de abotoar a camisa, por sorte, era grande o bastante, já que minha calcinha estava rasgada.
— Ah, obrigada. — As batidas na porta retornaram, tentei ajeitar os cabelos com as mãos enquanto andava até a entrada. Acredito que minha tentativa de parecer apresentável foi fracassada.
— Oi, Blair. — Era Dan que aguardava na porta, ele tinha um sorriso e uma caixa de rosquinhas recheadas nas mãos.
— Oi, Dan. — Respondi. Precisava achar uma forma dele ir embora, não era o melhor momento para confraternização. — E aí, ta tudo bem?
— Está sim, eu vim aqui porque você faltou na sexta. — Ele sorria, ainda esperando por um convite para entrar.
— Obrigada pela preocupação, Dan. Está tudo certo. — Eu ainda segurava a porta. Não queria ser rude, mas a situação estava complicada.
— Trouxe aquelas rosquinhas que você gosta, a gente podia assistir alguma coisa...
— Baby. — A voz de Chuck soou atrás de mim. Dan já não tinha o mesmo sorriso amigável ao olhar por cima do meu ombro. — Você precisa parar de pular da cama. — Senti seus braços envolverem minha cintura, ele vestia apenas a cueca box.
— Blair, eu não sabia que você tinha companhia. — Dan estava claramente desconfortável, não mais que eu.
— Geralmente ela tem companhia para dormir. — Chuck respondeu, sem me dar a chance da fala. — Eu amo essas rosquinhas, cara. — Pegou a caixa da mão do Dan e se encarregou de abrir. — Minha garota tem mesmo amizades incríveis. — Falou, me roubou um beijo em seguida.
— Dan, desculpe. — Não consegui encontrar muitas palavras. Chuck já havia saído da sala. — Eu não sabia que viria, mas agradeço pela preocupação novamente.
— Ah, tudo bem. Estou atrasado, tenho um compromisso agora. — Ele mentiu, olhando para o relógio no pulso. — Até semana que vem, B.
— Até lá. — Apenas uma troca de sorrisos e Dan desceu apressado as escadas. Aquela cena toda havia acabado com meu bom humor matinal.
— Que porra esse cara fica vindo te visitar toda hora? — Chuck soltou, tinha os braços cruzados, estava encostado na bancada. Também não parecia muito alegre.
— Desde quando quem me visita é da sua conta? — Respondi, irritada.
— Você é minha namorada, Blair.
— Sua namorada? Estamos aqui por uma droga de acordo. Desde quando sou a porra da sua namorada? Sua necessidade de se mostrar possessivo é ridícula, sou sua namorada quando lhe é conveniente. — A expressão dele endurecia conforme eu soltava as palavras.
— Você não sabe nada que está falando. Aquele cara fica de rodeando o tempo todo, não é possível que ainda não percebeu. Gosta que os caras rastejem aos seus pés, Blair? — Ele veio em minha direção, latindo as palavras na minha cara. — Eu com certeza não serei um desses idiotas, não se iluda com isso.
— O que os outros sentem, não posso controlar. — Sei por experiência própria, quis dizer. — E eu sei muito bem quão vazio você é, jamais me iludiria achando que aconteceria um romance aqui. — Mentira, eu havia criado esperanças, mas ele estava se saindo bem em destruir tudo.
— Que bom que você sabe, assim não preciso ficar explicando toda hora. — Aquelas palavras estavam me machucando. Senti vontade de revidar, causar um pouquinho de dor nele também, mas o amor não é isso. Se bem me lembro, o amor não é egoísta, não é mau.
— Sai da minha casa agora. — Gritei, resolvi simplesmente me trancar no quarto.
Tudo tinha o cheiro dele, inclusive a blusa que estava usando,aquilo não ajudava a raciocinar. Após trocar de roupa, juntei os pertencer de Chuck.
— Blair. — Ele falou, assim que voltei para a sala.
— Só quero que vá embora. — Devolvi suas roupas. — Vamos manter tudo de acordo com o com o combinado. Não há necessidade de nos vermos com tanta frequência, já nos conhecemos o bastante. — Me esforcei para não parecer abalada com a declaração.
Chuck não insistiu, apenas assentiu enquanto se vestia. Quando foi embora, não se deu o trabalho de se despedir, melhor assim.
Oi gente, agradeço a vocês que estão acompanhando até aqui. A história está se aproximando do final, espero que esteja sendo uma leitura proveitosa.
xoxo, gg.
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A Proposta
أدب الهواةChuck Bass é um talentoso ator mundialmente prestigiado, mas sua conduta pessoal está interferindo na vida profissional. Ele precisa urgentemente mudar a opinião pública a seu respeito e fingir que é um homem mudado através da paixão. Blair Waldorf...