Epílogo

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   Não sei como não ficar boquiaberta com as reviravoltas que a vida proporciona. Comecei minha história como uma jovem solitária, sem família e sem dinheiro suficiente para sobreviver. Me tornei uma mulher rodeada de pessoas queridas, uma família formada por dois homens que me amam muito - sim, DOIS -, e dinheiro não seria mais o foco das minhas lamentações. No dia do meu inesquecível pedido de casamento, fiquei tão empolgada que me esqueci de analisar todos os riscos. Contudo, Chuck Bass não cansou de me provar o quanto estava empenhado em fazer dar certo, me sentia no filme estrelado por Adam Sandler "Como se Fosse a Primeira Vez".

  Durante os seis meses que planejamos o casamento, praticamente morei no Empire Hotel, só voltava para o meu apartamento quando Chuck precisava viajar para algum trabalho. Aquele lugar realmente era importante para mim, o que fez meu noivo me presentear me tornando uma das sócias do lugar. Foi a justificativa dele, já que eu não estava disposta a parar de trabalhar e me tornar uma dondoca bancada pelo marido. 

  Ainda assim, uma surpresa inesperada me fez dar uma pausa de qualquer esforço. Fiquei grávida, e vou admitir que tive bastante medo de como a notícia seria recebida, mesmo que estivesse contente por ter outra vida dentro de mim. Quando dei a notícia a Chuck, ele ficou em estado de choque, mas logo caiu em lágrimas. Era engraçado ver um homem engravatado daquele tamanho chorando enquanto beijava meu ventre, ele sussurrou várias coisas particulares para minha barriga antes de se recompor e me dar atenção. Foi um dos dias mais felizes da minha vida, em que me surpreendi com a oratória de Chuck Bass.

"Eu não sei nem o que dizer, o que estou sentindo desafia a língua ou qualquer forma de expressão. Mas posso garantir que vou cuidar de vocês com a minha vida, e ainda vai ser pouco para retribuir a alegria na alma que estão me proporcionando agora."

 Ser tratada como uma boneca pelo meu noivo e amigos não foi tão legal, as vezes tinha vontade de bater Serena, Nate e Chuck na parede por tanta proteção. Ser carregada como uma criança por Chuck e até mesmo por Nate, e aguentar seguir a alimentação imposta pela minha nutricionista e supervisionada por Serena, eram tarefas que me irritavam as vezes. Fora as novas sensações e sutis mudanças que meu corpo estava recebendo, meu noivo fazia questão de conhecer cada nova curvinha todas as noites. Meus hormônios somados ao apetite sexual de Chuck tornaram a gestação bastante interessante. 

  A tarefa mais difícil de todas, sem dúvidas, foi o planejamento do casamento. Meu noivo fazia questão de uma festa gigante, e tinha apoio dos nossos amigos, o que não facilitou em nada. Sorte a minha que meu poder de persuasão sob Chuck Bass era incomparável, ainda mais quando barganhava enquanto acariciava minha pequena barriga de grávida. Tive a celebração dos sonhos, no jardim mais lindo que já vi. Deus havia sido generoso comigo quando planejou o dia do meu casamento. 

  Ainda hoje, depois de alguns anos, as lembranças da gravidez e do meu casamento, eram as minhas favoritas. Era o dia do jantar anual do Empire Hotel, aquele das celebridades que me fez conhecer meu marido, e eu estaria presente como convidada dessa vez. As reviravoltas da vida. Quando terminei de descer as escadas que davam acesso à sala do nosso luxuoso apartamento da 1136 5th Avenue, a cena que vi, roubou o meu coração. 

  Meu filho, Henry Bass e meu marido, sentados no sofá, entretidos com algo no celular. Os dois eram realmente parecidos, Henry tinha herdado muito da personalidade do pai, o que nos rendia algumas discussões acaloradas, já que o pequeno também tinha ótima oratória e poder de argumentação.

— Achei que tinha limitado seu uso de celular, Henry. — Falei, obtendo finalmente as atenções. Ambos tinham uma expressão culpada, o que tornou difícil manter a postura. 

— Mamãe, antes que fique zangada comigo, foi ele que me pediu ajuda para passar de nível no nosso jogo. — Meu filho apontou para Chuck, e devolveu o celular rapidamente. — A senhora está mais linda que a vitória que obtive há uns minutinhos atrás. 

  A justificativa me fez rir, Chuck olhou emburrado para o pequeno enquanto guardava o celular. Os dois vestiam ternos e tinham os cabelos escuros perfeitamente alinhados, eram os homens que eu mais amava no mundo. 

— Desculpe B, ficamos um pouco entediados com a sua demora, mas valeu a pena. Henry disse as palavras certas, está linda. — Chuck falou, enquanto se aproximava de mim com um sorriso no rosto. — O motorista está esperando, podemos ir? 

— Dessa vez, vou deixar passar. — Henry enfiou as mãos nos bolsos e sorriu ao me escutar, o que o fez parecer mais ainda com Chuck. — Vamos logo sim, estamos atrasados.

— Mamãe, o que acha da minha gravata? Acho que meu pai arrumou errado, não gostei muito dessa, é diferente. — Henry fazia um biquinho e franzia as sobrancelhas toda vez que resmungava. Abaixei para ajeitar a gravata, que estava um pouco larga. 

— Agora sim. — Falei e aproveitei para dar um cheirinho no pequeno, o que arrancou dele mais resmungos. — Está tudo perfeito. 

Fim.

Fim

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Obrigada quem leu até aqui, fico muito contente por ter vocês acompanhando essa história. Espero que tenham curtido, e que leiam o romance Serenate. 

Xoxo, Gossip Girl!

A PropostaWhere stories live. Discover now