— Que coisa mais fodida, ele era só um garoto. — Eu estava chorando com o fim trágico do filme Sociedade dos Poetas Mortos. Chuck estava sorrindo da minha cara.
Sim, resolvemos passar o dia juntos. Sua agenda estava livre, eu não tinha nada para fazer, já que estava na folga improvisada. Era o terceiro filme do dia. Este citado, Chuck havia me apresentado, uma obra prima.
— Você está com esse rosto todo vermelho, Blair. — ele observou, enquanto comia mais um pedaço de brigadeiro. Era o dia de comer besteiras, mais uma vez, comida para um batalhão. Felizmente, não estava sendo desperdiçada.
— Você tem um coração de pedra, se não se sensibiliza com este filme. — tentei aparentar já ter superado as últimas cenas, mas falhei miseravelmente. Ainda estava com vontade de chorar.
— Na terceira vez que assisti, as lágrimas cessaram. — Ele permanecia com um sorriso debochado. Passou a mão no cabelo e piscou para mim, tive a sensação que o ar havia sido retirado. A aparência despreocupada não escondia a elegância, mesmo com a uma camisa preta e uma calça de moletom. Eu estava com a mesma roupa emprestada.
Meu celular que tocava na minha bolsa me tirou dos meus devaneios, para meu alívio, estava tentando não babar igual uma idiota, mas as vezes era mais forte que eu.
O nome de Serena estava no visor, me afastei da cama que estávamos sentados para atender, Chuck ficou buscando filmes pela Netflix.
— Oi, S. — Falei, pronta para o sermão da loira.
— Oi S, né? — ela realmente parecia brava, pelo tom de voz. — Nem pense em fazer isso outra vez, ou eu pego o primeiro vôo e te enforco. Sabe como foi horrível deixar a responsabilidade de cuidar de você nas mãos do retardado do Chuck? — Tentei não rir com a observação. — Se quiser encher a cara por aí, a regra é me levar com você. — Esbravejou no outro lado da linha, eu estava sorrindo.
— Tem razão... Pode me desculpar? — Me esforcei para conter um riso.
— Claro que desculpo. Marquei um dia de beleza para nós, você não trabalha amanhã, certo? — Eu não trabalhava aos finais de semana, estava livre.
— Certo. — Se esse tal dia de beleza fosse como nos filmes, eu aguardaria ansiosamente. — Então está combinado.
— Vou mandar os detalhes por mensagem. Aonde você está? Eu acabei de sair do aeroporto, de volta a NY. — o som do trânsito no fundo da ligação confirmava locomoção.
— Estou com Chuck desde noite passada.
— Hmm... — foi um tom sarcástico. — Então vou deixar os pombinhos se divertirem, amanhã você e eu colocaremos o assunto em dia. Beijo, B. Se cuida, ok?
— Ok. Beijos. — Me despedi, desligando o celular em seguida.
Quando voltei para a cama, Chuck estava me encarando com as sobrancelhas arqueadas, ficava muito gato com expressão... Blair, foco.
— O que foi? — Roubei um pedaço do brigadeiro que ele segurava.
— Estava combinando compromisso com aquele cara do seu trabalho? — Perguntou. Notei que ele tentava parecer despreocupado, mas não conseguiu esconder que se importava. Não era coisa da minha cabeça.
— E se estivesse? Alguma objeção? — Ele merece ser um pouquinho torturado.
— Hm... Não está autorizada a beijar ou aparecer de romance com ele em público. Você ainda é a minha namorada. — Cruzou os braços, deixou sua sobremesa de lado. Parecia uma criança emburrada.
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A Proposta
FanfictionChuck Bass é um talentoso ator mundialmente prestigiado, mas sua conduta pessoal está interferindo na vida profissional. Ele precisa urgentemente mudar a opinião pública a seu respeito e fingir que é um homem mudado através da paixão. Blair Waldorf...