capítulo 14 - pedido

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Estou tão feliz que não cabe em mim, nem acredito que casei, claro que esperava casar com um homem que me ame, ou que eu o ame, mas sei que preciso de comida na mesa para os meus irmãos então não dá para ficar sonhando, mas mesmo assim, quando sonhava em me casar era dessa mesma forma; estava tudo tão lindo, Yasmin foi minha dama de honra  ( apesar da senhora falar que ela era muito nova para tal cargo mas ainda sim queria que meus irmãos participassem da cerimônia) e Benjamin levou as alianças, enquanto eu caminhava pelo corredor da igreja eu pensava que queria tanto que papai me conduzisse para o altar mas como ele não estava presente decidi ir sozinha, quando cheguei no altar eu chorava por lembrar do papai e da mamãe; queria tanto eles aqui comigo.
Mandei fazer um vestido dourado, como o qual a mamãe usou em seu casamento. A cerimônia foi linda, eu estava muito feliz e quando comprimentavamos os convidados sorrindo olhei para o Senhor Guimarães e o olhar dele me deu um arrepio, quando olhei em direção para onde ele olhava meu coração parou, uma arma apontada em minha direção, fechei os olhos e rezei pois não poderia deixar meus irmãos sozinhos, sofremos tanto para chegar aonde chegamos e não poderia acabar Assim, quando ouvi o som do disparo abri meus olhos bem no momento em que eu era empurrada no chão e meu sogro entrava na frente da bala.
Levantei no desespero enquanto meu novo noivo correu atrás do (a) atirador(a) pois o mesmo se encontrava com uma capa e toca que cobria sua face.
Corro em direção do meu sogro enquanto pessoas corriam de um lado para outro. Toquei sua face e ele abriu os olhos, com muita dificuldade ele diz.
- Minha filha me perdoe pelo inconveniente do noivado arranjado com a filha do Visconde, Não quis trazer aborrecimento. Saiba que te tenho muita consideração por você, pois vi brilho nos olhos do meu filho coisa que nunca tinha visto, então por favor, o faça feliz, o ame, tenha compreensão com ele, sei que ele não é a pessoa ideal mas o amor pode muda-lo, e juntos sei que serão felizes pois vejo que a senhorita também nutre sentimentos por ele.
Quando fui negar ele continuou
- Não precisa negar menina, já sou velho e vivi anos ao lado da mulher que mais amei na vida, e sonho que meu filho encontre o mesmo, me prometa, Que você irá cuidar dele, que ira respeitar, e quando vier ama-lo vai lutar por vocês, me prometa por favor. E tambem diga a meu filho que ele foi a melhor coisa que já ganhei na vida, ele é meu bem mais precioso e que o amo muito.- disse ele com um sorriso fraco e os olhos cheio de lágrimas.
Como vou me perdoar por mentir a ele em seu leito de morte? Mas como não prometer quando ele pede com tanto fervor? Mesmo meu inconsciente gritando eu respondi.
- Eu prometo meu sogro, só por favor não morre, fique comigo logo o médico ira socorre-lo mas por favor fique comigo- eu disse já chorando, mesmo não tendo contato a muito tempo já o estimo muito.
Logo o médico chegou; mas já era tarde; pois ali em meu colo ele apertou minha mão, sorriu depois as minhas palavras uma lágrima escorreu de seus olhos e se foi. Me deixando aos prantos.
Depois disso tudo se passou somente um borrão, Gabriel chegou ao meu lado chorando com as mãos cheia de sangue, alguém me ajudou a levantar, me levaram para casa, lembro-me de passar pelo Jardim da casa todo decorado, fui levada para um novo quarto, um médico veio me deu algo com gosto ruim e adormeci.

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