onze

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Mari 💗:

Já acordei putassa,em todo lugar que eu passo aqui nesse complexo sou obrigada a ouvir comentários pra caralho de gente defendendo a manu.

Puta que pariu.

Matheus todo dia implora por uma chance na cara de pau mesmo,mas não dou nem abertura.

Como diz a diva Joelma,tem coisas na vida que a gente não perde a gente se livra.

E eu levo isso tudo como um livramento,um erro.

Eu ainda estou odiada por tudo que aconteceu,por ser tão burra e não ter visto isso que já estava claro o tempo todo,bem aqui debaixo do meu nariz.

Sai do mercadinho de cabeça erguida mesmo escutando todos falando besteira sobre mim.

Cheguei em casa e tranquei a porta vendo o Bob,meu cachorro acabando com a minha almofada.

Neguei com a cabeça e me sentei no sofá morta de cansaço.

Escutei a campainha tocar e revirei os olhos levantando pra abrir a porta,não passei nem dois segundos sentada credo.

Cobra: Posso entrar?-falou assim q eu abri.

Mari: Desde quando tú pede?-falei rindo e ele deu de ombros fechando a porta.

Cobra: Vim ver se tú tá de boa,tá?

Mari: Porque não estaria?

Cobra: Sei lá pô,só me preocupei tá ligada?

Mari: Hum rum,vamo almoçar lá em casa,pai tá chamando.-falei mexendo no celular.

Cobra: Não mente pra mim Marina, sei que tú tá mal pra caralho e tá aí pagando de forte,mas eu te conheço..Eu sei que tá doendo,pode se abrir pra mim,confia.

Olhei pra ele e sem dizer nada apenas o abracei.

Sem maldade e sem malícia nenhuma ele retribuiu.

E namoral?Esse abraco era tudo que eu mais precisava no momento.

E nem preciso dizer que comecei a chorar demais,ou preciso?

Chorei horrores durante o abraço enquanto ele fazia carinho no meu cabelo.

Cobra: Chora pode chorar,tô sempre aqui pra você,tá bom?

Beijou minha testa sorrindo e eu agradeci limpando o rosto.

Mari: Me espera trocar de roupa e colocar ração pro bob,daí a gente vai tá certo?-ele assentiu e eu saí indo pro meu quarto.

vesti uma roupinha mais leve e lavei o rosto passando um batom em seguida,botei comida pro bob e fui pra sala.

Cobra: Bora?-falou assim que me viu.

Assenti e ele se levantou caminhando até lá fora,peguei as chaves e meu celular e saí também trancando a porta novamente.

...

Cheguei em casa e a porta tava aberta,de longe já se escutava o pagode vindo da laje.

Cumprimentei minha mãe e peguei uma travessa ajudando ela a levar lá pra cima.

Fomos conversando mas eu sempre percebendo ela distante.

Foi então que eu saquei,ela tava com saudade da manu mesmo depois de tudo que ela fez comigo.

Porque ninguém me entende?Porque ela é a preferida de todo mundo?

A cada dia meu ódio só aumenta pra mim ela não é minha irmã,podemos até ter o mesmo sobrenome o mesmo sangue mas a irmandade passou longe de nois duas.

Respirei fundo e sai caminhando na frente deixando minha mãe falando sozinha.

Senti uma mão no meu ombro e parei virando para trás.

Cobra: Não deixa o ódio te dominar mari,ela também é mãe da manu e nunca vai deixar de amar ela por causa de um erro,mãe é mãe.Presta atenção nos teus atos se afastar só tá fazendo ela ficar mais triste ainda,tô avisando.

Falou e desceu de novo pra ajudar minha mãe,fiquei observando ela sorrir por alguns segundos e continuei a subir pensando em tudo que o Cobra me disse,o que não era mentira.

Coloquei a travessa na mesa e peguei uma latinha de skol pra mim.

Fui cumprimentar o meu pai e de longe avistei o Mt me observando,fiz de conta que não vi e fui cumprimentar algumas amigas da minha mãe que também estavam lá.

Coloquei comida pra mim e me sentei enquanto o Cobra se aproximava com o prato dele pra sentar do meu lado, o que fez o Mt olhar puto pra gente.

Senhor,me ajude a superar esse homem pelo amor do Senhor...

Não aguento mais.

AMOR PROIBIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora