quatorze

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Mari 💗

Requebrei enquanto o Cobra me sarrava,não sei porque mas eu tô amando isso.

"Tô solteira" nunca pensei que essas duas palavrinhas voltariam a sair da minha boquinha gostosa.

Observei meu pai saindo do baile puto e minha mãe atrás negando com a cabeça.

O Mt graças a Deus não vejo faz horas,que continue assim amém.

Mari: Tenho que ir.-falei parando de dançar.

Cobra: Tá de boa?-assenti.

Mari: Só preciso resolver um negócio sabe?Talvez eu volte pra cá de novo,vou só lá em casa rapidão.

Ele assentiu e eu entreguei minha bebida pra ele.

Saí andando,escutando alguns amigos do próprio Mt me elogiando joguei os cabelos e olhei pra trás piscando,vi o Cobra de longe negando com a cabeça e mandei beijo,quando cheguei lá fora vi minha mãe tentando fazer meu pai descer da moto me aproximei mais pra tentar entender.

Saraiva: Me deixa ir Mariele.-empurrou minha mãe.-Bem que eu sabia,eu achei o rosto familiar,filho da puta.

Mari: O que tá acontecendo aqui?

Saraiva: Ele só quer usar a Manu,pra me atingir porra.-passou a mão pela cabeça.

Marielle: Deixa pra resolver isso com mais calma,ele não parece ser mal e também não parece estar usando ela.

Saraiva: Tú não entende nega,eu matei os pais dele na frente dele e se ele quiser fazer o mesmo com minha filha?eu não vou aguentar..

Mari: O que diabos tá acontecendo?

Saraiva: O namoradinho da sua irmã é o filho do cara que era o meu pior inimigo..Há quinze anos atrás eu fiz questão de acabar com tudo isso,gravei a morte dos dois e o choro do filho,foi cruel demais..E eu não me arrependo.

Olhei pra minha mãe que chorava enquanto eu abraçava ela sem reação.

Mariele: Ele não tinha culpa do pai que tinha,porque você fiz isso saraiva?Ele só era uma criança..

Saraiva: Uma criança que crescia sob os ensinamentos de um estuprador e maior traficante do Rio de Janeiro.

Mari: Mas você é um dos traficantes mais procurados do Rio.-falei com raiva.

Saraiva: Mas eu nunca toquei um dedo em mulher e criança,a não ser a mulher daquele infeliz.

Marielle: Não sei o que dizer,nem o que pensar sobre isso preciso de um tempo pra assimilar,to indo pra casa.Faz o que você quiser.-entregou as chaves da moto pra ele e saiu andando.

Olhei pro meu pai que passava as mãos no rosto.

Mari: Pai,a manu sabe do que faz e o senhor acha mesmo que ela vai querer voltar?

Saraiva: Eu arranco ela de lá pelos cabelos porra,eu amo aquela menina não queria que as coisas fossem assim.

Mari: Eu não vou conseguir conviver com ela pai,pelo amor de Deus deixa tudo como está.

Saraiva: Não tenho só tú de filha Mari,jurei a Deus e sua mãe de proteger tú e aquela bolinha com minha vida e eu vou fazer isso.-ele ligou a moto beijou minha testa e saiu.

Neguei com a cabeça e saí puta de lá indo atrás da mamãe.

Sinceramente?As pessoas que eu mais amo me decepcionam,como eu vou olhar pra cara daquela garota?

Meu pai sempre foi assim,sempre quis escolher as pessoas com quem a gente andava ou namorava mas dessa vez ele foi longe demais,trazer a Manu de volta é um erro.

Que ódio.

AMOR PROIBIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora