quinze

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Manu 🌵

Me deitei na cama e me embrulhei fechando os olhos,logo em seguida senti uma mão agarrando minha cintura.

Sorri fraco e me virei vendo o Sant se deitando do meu lado.

Ele colocou um perna entre as minhas e me deu um beijo na bochecha alisando meus cabelos.

Sant: Boa noite,bolinha.-me deu um selinho e eu sorri me ajeitando de novo.

Mani: Boa noite.

...

Não sei por quanto tempo dormimos,nem o que aconteceu só sei que ele não está mais aqui.

Escutei a voz dele vindo do outro quarto e levantei atordoada procurando minhas chinelas.

Me enrolei no lençol e fui atrás dele pra saber o que houve.

Sant: Tô indo aí,não deixa ele subir entendeu?-falou no radinho

Manu: O que tá acontecendo,nego?Por que cê tá tão nervoso?-alisei o rosto dele que me olhava com um brilho diferente nos olhos.

Sant: Não saí daqui,tabom?Eu volto já.-beijou minha testa e eu assenti sem entender.

Observei ele enquanto pegava o fuzil e colocava nas costas,porque tão bom?porque tão lindo?

Será que eu já tô apaixonada?

Não é possível,ou é?

Respirei fundo e continuei observando até alguém falar no radinho de novo e ele gritar impaciente saindo do quarto.

Desci as escadas e fui até a sala,me sentei no sofá cruzeando as pernas impaciente também,porque sempre algo atrapalha o nosso sono tão gostoso?

Manu: Quer saber?eu não vou ficar aqui.

Falei pra mim mesma e saí de casa andando,se ele falou que não era pra deixar subir com certeza deve ser alguém na barreira.

Não sei andar muito bem por aqui,mas tô morrendo de curiosidade sem contar que tô com medo do Sant estiver correndo perigo ou sei lá.

Fui descendo o morro apreensiva sentindo o maior aperto no peito.

Quando cheguei na barreira me escondi e em um cantinho e vi meu pai ??? e o Sant apontando o fuzil pra ele junto com mais dois vapores.

Me aproximei e vi meu pai todo alterado.

Manu: Pai?O que o senhor tá fazendo aqui?-falei fazendo geral olhar pra mim.

Saraiva: Te salvar Manu,vim levar minha caçula pra casa.

Manu: Me salvar do que?

Sant: Eu falei pra tú ficar em casa,agora ele vai te tirar de mim.-falou passando a mão na cabeça.

Saraiva: É disso que eu tô falando manu,vem comigo,perdoa seu pai por favor.

Neguei olhando pra eles sem entender.

Senti o Sant puxar meu braço pra uma viela e me olhar com os olhinhos cheios de lágrimas.

Não sei o que tá acontecendo,mas ver meu pai aqui mexeu com ele de verdade.

Sant: Ele quer te levar daqui.-me abraçou forte.-Não posso deixar.

Manu: Vamo conversar com ele,não quero ir à lugar algum com aquele homem.

Ele assentiu me puxando de volta,voltando a ter aquela pose toda de bandido mal.

Sant: A manu não vai.-falou firme.

Saraiva: Como é que é?

Sant: Tá tão velho que tá ficando surdo?Ela não vai.

Manu: Você me expulsou de casa, disse que não queria me ver nem pintada e agora vem com uma dessa?

Saraiva: Tú não tá entendendo,ele vai te machucar de verdade manu,vem com seu pai por favor.Por bem.

Manu: Eu não quero ir.-se aproximou de mim e eu encarei ele cruzando os braços.

Fiz sinal pro Sant abaixar a arma e respirei fundo enquanto ele abaixava pra falar alguma coisa no meu ouvido.

Saraiva: Se você não for,eu mato seu namorado.-falou baixinho pra mim.-Não duvida de mim Manu,tú me conhece sabe que eu posso.

Manu: Você não faria isso..

Saraiva: Testa pra ver Emanuelle.-me olhou com sangue nos olhos e aquela cara que eu sinto medo desde criança.

Sinceramente quando meu pai me olha desse jeito,é porque ele tá armando alguma coisa.

Eu conheço.

Manu: Eu vou.-falei em voz alta olhando pro Sant que tava com uma expressão de dar dó.

Sant: Manu?-me aproximei dele alisando o seu rosto macio.

Manu: Você já fez tanta coisa por mim,deixa eu fazer só uma por você. -falei rindo.

Abracei ele forte mas ele não retribuiu,ficou parado sem reação me olhando sem entender.

Me afastei indo pra perto da moto do meu pai,morrendo de dor no peito por deixar aquele homem ali.

Só de ver aquela carinha me dói imensamente.

Xxx: Colfoi chefe,vai deixar te afrontar na tua favela?Acaba com isso mete bala.-olhei pro Sant nervosa.

Puts,ele ainda é meu pai.

Sant: Deixa,eles podem ir.-falou e saiu andando rápido dali.

Meu pai me olhou sorrindo e montou na moto,subi e fiquei observando o Sant se afastar cada vez mais enquanto meu pai não saía com a  moto dali.

Não sei o que me deu,mas passou um conjunto de lembranças de cada momento que a gente viveu mesmo que poucos foram suficientes pra gerar um sentimento,eu sei que sim.

E foi aí que eu percebi que o destino uniu a gente com um propósito,eu não sei dizer...

Só sei que meu destino é com ele.

E eu vou lutar por isso,nem que a gente tenha que viver um Amor Proibido.

AMOR PROIBIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora