Saraiva:
1 semana depois...
Cheirei mais uma carreira e me sentei no sofá.
Tava puto pra caralho, nem cheguei a ir pra biqueira.
Cheio da manu, namoral.
Tô ligado que tem dedo da Mariele nessa porra toda com ela e eu vou descobrir.
Sempre passou a mão na cabeça dela e sempre passava por cima de todas as ordens.
Tô só observando, quando eu tiver certeza não vou perdoar.
Ela anda muito desconfiada, sorridente e saiu durante a semana toda pra ir no salão, sendo que ela tá de férias.Ou tá me botando chifre, ou tá acobertando a filha.
Mariele: Oh meu amor, mamãe tá super feliz por vocês.- falou sussurrando.- Tô falando baixo porque ele tá em casa...
Cocei a barba enquanto escutava, traíra.
Saraiva: Então quer dizer que tú sabe cadê a porra da nossa filha e não fala nada?
Abri a porta do quarto fazendo ela me olhar surpresa e derrubar o celular no chão quebrando todo.
Mariele: Idaí?Caralho, eu tô de saco cheio disso aqui.Não aguento mais você e sua paranóia com a garota e o namorado dela.O que custa deixar eles dois em paz?Não foi esse o homem por quem me apaixonei.
Saraiva: Tú só vai entender quando ela voltar num caixão não é?- chacoalhei ela de uma vez recebendo um tapa na cara.
Mariele: Tá tão louco que não sabe mais o que ta falando, pra mim chega. -falou enxugando o rosto enquanto se soltava.
Saraiva: Você não vai fazer isso...-tentei segurar ela que puxou o braço me olhando feio.
Mariele: Eu juro que tentei, só que você se tornou insuportável ultimamente. Eu sei que quem ama luta, mas lute sozinho agora.- bateu no meu ombro enquanto juntava as coisas dela.
Eu não aceito ser humilhado e abandonado por tentar proteger minha família enquanto a minha filha a qual eu só quero cuidar tá por aí com um cara que só quer se vingar de mim.
Saraiva: Calma amor, vamos conversar.
Mariele: Você vai deixar a Emanuele viver a vida dela namorando quem ela ama?- cruzou os braços perguntando.
Saraiva: Não é assim também...
Mariele: Então não temos o que conversar..- se lavantou com uma mochila.
Saraiva: Tú não vai...- apertei o braço dela forte.- Me escolheu, é minha.
Mariele: Me solta, louco, eu vou gritar.
Saraiva: Grita, vagabunda. -meti um soco no estômago dela, que gritou de dor.
Puxei ela pelos cabelos e arrastei até a parede enforcando ela.
Não sei o que me deu, só via o tal Sant.
Mariele: Para, por favor.- falou com dificuldade enquanto azunhava meus braços.
O ódio todo que eu tinha descontei nela, bati pra caralho.
Joguei ela no chão que tentou se arrastar pra levantar, em vão.
Peguei ela pelos cabelos e chutei as pernas dela.Não consigo explicar, o ódio me consumia por inteiro só sabia descontar em alguma coisa.
Mari: Que porra é essa?-entrou no quarto olhando pra mim.- Pai, você tá maluco?Solta ela.
Joguei ela no chão e passei a mão pelos cabelos percebendo o que eu fiz.
Burro do caralho.
Olhei pra ela toda machucada e me aproximei chorando.
Saraiva: Desculpa vida..
Minha garganta doía e eu só conseguia falar isso.
Mari: Não toca nela.- empurrou minha mão.- Você acabou de destruir todo o amor que eu sentia por você, só sinto nojo.- me olhou e se levantou ajudando a mãe.
Caminhou devagar até a porta e me deu uma última olhada julgadora.
Eu acabei de destruir minha família, de vez e sem volta.
Respirei fundo engoli o choro e me levantei.
Minha filha querida é só o que importa agora.
Liguei pros parceiros e marquei reunião, se neguin quer guerra vai ter.
Sant que me aguarde, vou ter minha família de volta por bem ou por mal.