Uma Chance Ao Amor- Ash & Serena - Give A Love Try

Capítulo 15

Serena

Já faziam três dias que o Ash havia se tornado meu namorado, e nós estávamos passando o máximo de tempo possível juntos. Eu ainda mal podia acreditar, meu rosto não parava de sorrir sozinho.

No dia em que ele me pediu em namoro, passamos boa parte da noite olhando as estrelas e conversando sobre vários assuntos aleatórios, nenhum de nós dois acabou falando sobre o futuro, ou sobre ataques de pokémons, nós nos concentramos em falar sobre os nossos gostos, sobre nossas vidas até aquele momento. Descobrir coisas novas um do outro e a cada nova descoberta, eu confesso, eu acabava me apaixonando mais.

Acabamos dormindo ali mesmo, na varanda, tendo o céu e as estrelas como nosso telhado, um ao lado do outro e de mãos dadas. Foi tudo tão natural, que parecia que já tínhamos ficado de mãos dadas centenas de vezes. Acordamos apenas na manhã seguinte com o Pikachu nos cutucando.
- Bom dia amigão, bom dia Serena! - o Ash falou todo sonolento.
- Bom dia! - falei bocejando.

A boa noite de sono fez com que o nosso dia começasse bem, já que a anterior eu tinha passado ao lado da cama do Ash no hospital. Tanto eu quanto ele mereciamos uma folga depois dos últimos acontecimentos.
Tomamos café da manhã juntos antes de ele ir pra casa e eu ficar sozinha, com as lembranças da nossa noite juntos. Desde então nos vemos todos os dias. Feito um casal normal.

Ash

Estava indo até o centro de Pallet, quando percebi uma movimentação estranha vinda do lado da estrada que levava até a floresta. A policial Jenny passou a toda velocidade em direção a cidade. Continuei o meu caminho até a casa da Serena. Havia movimentação no centro pokémon e no hospital.

Assim que cheguei a casa da Serena percebi que uma certa multidão caminhava em direção ao centro pokémon.

- Olha essa movimentação, eu acho que tem algo muito errado acontecendo! - ela disse.
- Eu também amo tenho a mesma sensação. Será que devemos ir até lá ver o que aconteceu? - perguntei.

Ela confirmou com um gesto de cabeça e assim nós fomos até a frente do centro onde a policial Jenny e a enfermeira Joy estavam falando com uma pequena multidão que aos poucos ia crescendo. Muitos curiosos se reuniram ao redor para saber o que estava se passando.

- Nesse momento pedimos para que os cidadãos evitem ir para a região da floresta, uma pessoa foi atacada, nos arredores. - disse a policial. - Ela estava próxima a floresta, mais distante do que nos outros ataques.

Então as pessoas começaram a falar todas ao mesmo tempo. E era praticamente impossível ouvir o que elas diziam.

- Sim, a pessoa não está muito machucada, mas o seu Kingler está bastante ferido. - disse a enfermeira Joy.
- Não se preocupem não há motivos para pânico, vamos acionar algumas pessoas que poderiam ser úteis nessa situação. - disse a policial Jenny.

Novamente as pessoas começaram a falar todas ao mesmo tempo. Todas queriam saber que medidas seriam tomadas, o que seria feito para frear os ataques, e o que aconteceria se os pokémons chegassem até a cidade?

- O professor Carvalho irá formar uma equipe para verificar tudo o que está acontecendo e solucionar o problema o mais rápido possível. - disse a enfermeira Joy.
- Pedimos a todos que evitem a área e que permaneçam mais na cidade. - disse a policial - assim que tivermos mais informações passaremos à vocês.
- Podem continuar levando uma vida normal, não há razão para deixar de ir trabalhar ou estudar - complementou a enfermeira.

Então a situação ficava mais difícil a cada dia, esses pokemons precisavam ser parados. Sentia a adrenalina pulsar em meu corpo. Eu estava preparado para terminar a tarefa que eu havia começado. Eu era assim, não resistia a uma boa aventura.

Voltamos até a casa da Serena de mãos dadas, isso já era natural de nós dois, permanecemos o caminho de volta inteiro em silêncio. Embora não tenha falado nada, sabia que no fundo ela já tinha decodificado os meus pensamentos. Ela não era boba, com toda certeza já havia notado em mim o que eu pensava.

Eu sabia que ela ficaria irritada, mas eu não seria eu, se ficasse inerte diante dessa situação. Eu precisava ajudar a salvar Pallet Town.

Assim que chegamos, ela permaneceu em silêncio, eu a observava enquanto ela colocava alguns bolinhos para nós dois. Ela puxou a outra poltrona até ficar de frente a que eu estava. Ela não me olhava nos olhos, eu sabia que teria que romper aquele silêncio ou então ficaríamos nele para sempre.

- Serena, eu... - pensei dezenas de frases que eu poderia começar uma conversa mais nada de concreto e proveitoso vinha a minha mente.
- Eu sei o que vai dizer, Ash. - ela falou friamente.
- Sabe?!

Ela apenas confirmou com um balançar de cabeça.
- Só acho que você não está inteiramente recuperado do ataque que você sofreu. - ela comentou.
- Eu estou bem Serena, eu sei me cuidar...
- Sabe tanto que quase poderia ter morrido - ela falou antes que eu pudesse terminar minha frase.
- Daquela vez foi diferente. - eu argumentei.
- Por quê foi diferente? - ela perguntou.
- Eu estava sem você. - eu falei, vendo que ela não ia falar nada eu continuei. - E agora você está aqui, eu sei que posso fazer qualquer coisa, por que você está ao meu lado.
- Você não sabe o quanto eu tive medo, quando vi você sendo atacado! - ela exclamou, e pude ver lágrimas em seus olhos.

Levantei e fui até a poltrona onde ela estava sentada, a tomei em meus braços e comecei alisar seus cabelos brilhantes e macios.

- Eu prometo que vou ficar bem. Eu juro que não vou deixar nada me acontecer... - eu tentei acalmá-la.
- Ash, pode ser perigoso. - ela disse com a voz embargada.
- Eu prometo que serei cauteloso, vou escolher meus melhores pokémons, talvez até resgate alguns. Não se preocupe, além disso acho que o professor Carvalho vai montar um time maior.
- Eu posso até aceitar Ash que você vá, mas com uma condição.

Eu sabia que essa condição poderia mudar tudo, mas eu tinha que ouvi-la, fiz sinal para que ela continuasse a falar.

- Eu vou com você! - ela disse incisivamenre.

Meu queixo caiu, fiquei sem resposta para o comentário da Serena. Ela mesma tinha ficado temorosa desde o ataque que sofrera assim que chegou a Pallet. Eu admirei toda aquela coragem, mas seria muito perigoso.

- Serena, não quero que você corra esse risco... Não sei o que seria de mim, se algo acontecesse a você. - Eu disse.
- É exatamente assim que me sinto em relação a você.