Uma Chance Ao Amor- Ash & Serena - Give A Love Try

Capítulo 20

Serena

Tudo parecia estar contribuindo para que o caos fosse instaurado em Pallet Town. Eu tinha que fazer alguma coisa. Fui até um monitor que indicava que o sinal estava à 79% eu teria que ser rápida. Tentei me lembrar como o Clemont acessava arquivos e invadia sistemas tão facilmente, mas foi inútil. Eu não conseguia ser boa em quase nada. Eu era um zero a esquerda em vários aspectos.

Mas eu não iria me dar por vencida. Eu ia conseguir parar a Equipe Lótus.

- É inútil menina tola! Uma vez inicializado é impossível parar a transmissão do sinal! - ele falou rindo diabólicamente.
- Eu não acredito em você! - gritei.

Eu estava em uma situação difícil. Todos lá fora estavam em suas batalhas, eu tinha que agir. Ele disse que era impossível, parar a transmissão do sinal, mas tinha que haver outra forma, mas qual?

Pensa Serena!
Pensa Serena!
Como parar o sinal?
Talvez fosse impossível parar o sinal, mas e se o transmissor do sinal fosse destruído? Então automaticamente o sinal deixaria de ser transmitido? Será? Era a única coisa que eu conseguia pensar, no meio daquela confusão.

Onde estaria o transmissor? Olhei em volta, só podia ser lá! Na antena.

- Ash, preciso fazer algo! O mantenha ocupado! - eu disse.
- Onde você vai? - ele perguntou.
- A antena, tenho que chegar lá!
Saí correndo a toda, para fora da sala. Tinha que ter um caminho que nos levasse até o teto. Mas eu demoraria uma eternidade procurando sozinha.

- Panchan, Sylveon, Kirllia, Braixen eu escolho vocês! Escutem eu preciso que me ajudem a procurar uma porta que nos leve até o telhado! Preciso de vocês!

Saimos em busca de alguma escada que deveria haver em alguma parte ali dentro. O transmissor deveria estar lá fora, tinha que estar na parte alta daquela torre, para ter um maior alcance para os pokémons de toda a floresta. Vasculhei algumas portas sem êxito, eu tinha esperança que meus pokémons estivessem tendo melhor sorte que a minha.

- Panchan-Pan!

O Panchan devia ter achado alguma coisa, fui até lá, assim como os meus outros pokemons. Lá estava a porta que dava para a torre do lado de fora. Assim que saímos do lado de fora, percebi que a torre era bem maior do que eu imaginava. Lá em cima tinha o que estávamos procurando, a questão naquele momento seria, como chegar até lá?

Será que os ataques dos meus pokémons conseguiriam chegar até lá? Eu tinha que tentar.

- Braixen, quero que mande o maior e mais forte lança-chamas que puder naquele transmissor!

O lança-chamas da Braixen era bastante forte, mas eu ainda precisaria de algo com o alcance ainda maior, eu teria que subir. Será que meus pokémons conseguiriam subir comigo? Tinha uma escada de metal pelo lado da torre, teríamos que passar por ela.

Um a um fomos subindo até a parte mais alta. De lá de cima dava para ver o tamanho do caos, os pokémons selvagens lutavam bravamente para nos expulsar da floresta. Eu tinha que parar a transmissão desse sinal. Logo a cidade seria atacada e estaria na mesma situação difícil em que nós estávamos. Cada um lá em baixo lutava contra os pokémons selvagens que apareciam, o número parecia infinito, eles pareciam se multiplicar a cada instante.

Algumas Butterfrees surgiram atrás de nós! Só faltava mais essa, além de estarmos subindo por uma escada estreita, ainda teríamos que lutar.

- Braixen, lança-chamas!

Como que por um milagre, a horda de Butterfree foi derrotada em um golpe só. Faltavam mais alguns metros de subida, a situação lá em baixo só piorava a cada minuto. Tinha que ser naquele instante.

- OK pessoal. Quero que vocês trabalhem em equipe, lancem os ataques mais fortes que conseguirem ao mesmo tempo contra aquele transmissor logo ali em cima, estão vendo?

Eles confirmaram.
- Certo, no três. Panchan, gume de pedras, Kirllia, raio psíquico, Bellosson, folha navalha, Sylveon, explosão lunar e Braixen use o lança-chamas. Um, dois, três, Agora!

Uma explosão surgiu ar. Pedi aos céus que tivesse sido destruído, assim que a fumaça baixou, pude ver que uma boa parte havia sido danificada, mas não destruída.

Eu era um fracasso como treinadora, de todos ali, eu com toda certeza era a mais fraca e inútil. Me arrependi de não ter aceitado os pokémons do Ash, eles poderiam ser um excelente reforço para o meu time, mas o meu orgulho de treinadora me impediu.

A cada segundo a situação só piorava, não tinha tempo para ficar lamentando o meu fracasso como treinadora, os pokémons de todos não aguentavam mais lutar, estavam cansados pelas longas horas de batalhas que já estavam enfrentando. Enquanto isso os pokémons que apareciam estavam se tornando cada vez mais fortes. Eu era a única naquele momento que podia ajudá-los.

- Pessoal, não vamos parar até conseguir, eu sei que somos capazes. Outra vez, os mesmos ataques no três. Um, dois, três!

Um fio de esperança surgiu quando uma rachadura significativa apareceu no transmissor.

- Certo! De novo! Um, dois, três!

Pokémons selvagens começavam a subir pela torre, eu tinha que ser rápida, logo eu teria que enfrentá-los. O que seria outro problema ainda maior. Todos os outros estavam ocupados demais em suas batalhas, todos os nossos pokémons estavam muito cansados pra continuar.

- OK! Mais uma vez! Um, dois, três!

Uma horda de Mankeys se aproximava de nós. O transmissor do sinal tinha que parar agora. Dessa vez a explosão foi muito maior. Fechei os olhos e quando abri uma enorme nuvem de fumaça nos cobria. Se os Mankeys nos atacassem eu estaria em apuros. Por um instante tudo ficou silencioso. Esperei, mais uns segundos, tudo estava tão calado, a fumaça ainda cobria tudo, era impossível ver qualquer coisa, o cheiro da fumaça era muito forte. Eu estava presa e bem enrascada, como eu sairia dali em segurança? E como eu saberia que os ataques tinham acabado?

Senti uma mão pegar na minha perna.

- Aaaaaaah! - gritei.
- Serenaaa! Era a voz do Ash. - Charizard, bata as asas para dissipar a fumaça.

O vento forte das asas do Charizard fez a cortina de fumaça aos poucos se desfazer. Havia fogo na parte de cima da torre. Ela iria desmoronar em instantes. Era perigoso demais ficar ali.

- Pessoal, desçam o mais rápido que puderem e procurem a saída! O Ash gritou.

Os pokémons assim como eu e o Ash descemos o mais rápido que podíamos, as chamas ficavam cada vez mais altas. Ao menos os pokémons que antes nos atacavam, não mais o faziam. Eles pareciam atordoados, como se não entendessem como foram parar ali, ou o que estavam fazendo.

Assim que chegamos no telhado, vimos a torre de metal começar a empenar. Aquele lugar iria desmoronar rápido.

- Serena, chame seus pokemons para as pokébolas, temos que sair daqui o mais rápido possível. - disse o Ash, enquanto trazia de volta os seus pokémons.

Eu fiz o mesmo, correndo rápido na direção da saída. O Ash corria mais rápido que eu, por mais que eu me esforçasse, não conseguia acompanhá-lo.

- Vem! - ele falou me estendendo a mão.

Eu sei que ele deveria estar atrasando ele, mas era bom saber que ele não havia me deixado para trás.

O local estava deserto e uma sirene ecoava pelo local. Aquilo era um sinal real do perigo que estávamos correndo por ficarmos ali dentro.

Um enorme barulho ecoou pelos corredores. Fazendo com que nós dois parassemos. Logo o lugar começou a tremer como em um terremoto.

- Ash, esse lugar estar desmoronando. - constatei.

O caminho se tornou mais longo. Nunca imaginei que minha vida pudesse acabar daquela forma. Segurei forte a mão do Ash enquanto saímos as pressas de lá.