Uma Chance Ao Amor- Ash & Serena - Give A Love Try

capítulo 29

Ash

- Eu cuidarei bem dos seus pokémons, podem ir aos seus quartos assim, que eles estiverem examinados e prontos eu os chamarei.

- Obrigada, enfermeira Joy! - a Serena falou.

Assim que deixamos nossos pokémons com a enfermeira Joy, ouvi uma voz familiar ao meu lado. Não podia ser ele? Olhei com mais atenção e realmente vi, era o Max.

- Hey, Ash, o que faz aqui? - ele perguntou.
- Eu vim de Pallet para desafiar o Brokie, lembra dele?
- Claro, eu estou pensando em vê-lo no ginásio. Não esperava você aqui. - ele comentou. - ei, quem é a a garota?

Ele finalmente tinha notado a Serena atrás de mim.

- Essa é a Serena, minha namorada - eu disse com todo orgulho estufando o peito.

- Na, na, na, na, namorada???!!! - ele parecia não acreditar no que eu acabara de dizer.

- Oi eu sou a Serena, namorada do Ash! - ela falou estendendo a mão para ele.

- Espera um minuto! Eu conheço você! Você é aquela menina que foi a rainha das performers pokémons de Hoen! Você passava sempre na tv.

- Oh meu Deus! Você me conhece! - ela parecia eufórica.

- Sim, muitas meninas da minha cidade se inscreveram no torneio de performers, elas se inspiravam em você! A minha irmã May, faz um trabalho parecido.

- May?!

- Não deu tempo eu falar, o Max é irmão da May e eles são de Hoen.

- Sim, isso mesmo, mas eu sou muito mais inteligente e descolado que ela. Mas só para te avisar, ela agora quer tentar o posto de rainha de Kanto e ela tem treinado duro para isso. - ele parou para levantar o óculos - então se você quiser ser a rainha de Kanto assim como eu acredito que quer, a minha irmã será uma adversária muito difícil!

- Eu imagino, eu também tenho terminado muito para isso.

Max havia crescido bastante, não sabia que ele estava em Kanto, ele era apenas um fedelho quando eu o vi pela última vez, com óculos enormes. Os óculos ainda continuavam lá, mas dessa vez eram um pouco menores, ou talvez fosse o rosto do Max que estava maior.

Ele perguntou muito sobre os pokémons da Serena, e explicou que queria ser um estudioso dos comportamentos dos pokémons. Mas tinha saído há dois anos de casa, já tinha conhecido as regiões de Sinnoh e de Unova, mas tinha ido para Kanto, conhecer mais sobre os pokémons selvagens daqui.

- Nesse momento eu estou estudando o comportamento dos pigeys e suas evoluções, e também estou estudando as Eeveelutions.

- Eu tenho uma Eeveelution! O nome dela é Sylveon, é do tipo fada.

- Nossa que Demais! Essas são beeem raras, já que elas evoluem pelo amor, numa troca de sintonia única com seus treinadores. Você e o Sylveon tem uma ligação muito forte?

- Hum, sim! - ela disse.
- Quais outros pokémons você tem? - ele perguntou.
- Eu tenho a kirllia, Braixen, Panchan...
- Uau, que incrível! A Braixen é a evolução de Fennichin o inicial tipo fogo de Kalos... Eu com certeza escolheria um Froakie para torná-lo um Greninja imbatível! - ele mal deixava ela terminar e já engatava outra pergunta.

O Max mal me deixava participar da conversa, em alguns momentos parecia que eu nem estava lá. Eu sabia que ele poderia passar horas e horas falando sobre pokémons, mas aquilo estava me deixando irritado, eu não era o dono da Serena, mas estava chateado por ele estar roubando toda a atenção dela.

Ela me olhava as vezes entre uma pergunta e outra, segurava na minha mão, mas queria conversar com ela, falar sobre a ansiedade que eu estava sentindo por recomeçar outra vez. Naquele momento eu precisava dela, só dela, eu não gostava de me sentir daquele jeito, mas eu estava, e eu não sabia como fazer aquela sensação sair de mim.

Finalmente a enfermeira Joy apareceu. - Ash e Serena, seus pokémons estão em ótimas condições!

Eu levantei e a Serena também, fomos pegar nossos pokémons.

- Obrigado, enfermeira Joy! - eu disse. - então, vamos ver onde vamos passar a noite? - perguntei para a Serena, Max havia ficado para trás, eu a levaria embora dali antes que ele começasse novamente.
- Sim claro!

Segurei na sua mão e fomos em direção aos dormitórios. Era ridículo aquilo, mas eu estava ficando com ciúmes de um garoto! Não era bem ciúme, só estava me sentindo excluído.

Seguimos pelo corredor estreito, com portas apenas do lado direto, haviam umas seis portas, cada porta tinha um um desenho de quatro ou seis quadrados, esse número era correspondente ao número de camas, os primeiros em cima de cada quadrado haviam um X, o que significava que a casa já estava ocupada. Os primeiros já estavam cheios e a julgar pela quantidade de gente do lado de fora e na recepção, acho que iríamos ter companhia. Entramos em um que estava com placa de duas vagas disponíveis.

O quarto tinha duas beliches e um pequeno banheiro e duas camas de solteiro, a comida era oferecida pelo centro pokémon, então não havia muita coisa para fazer ali dentro. A Serena logo colocou suas coisas na cama de baixo, e eu coloquei as minhas coisas na cama de cima. As outras camas pareciam ocupadas por um garoto e uma garota a julgar pelas cores das mochilas em cima das camas.

Era proibido ficar de conversa dentro dos quartos para não incomodar os outros usuários, de forma que a maioria das pessoas só entravam lá apenas para dormir ou usar o banheiro. Havia uma listinha com algumas regras de convivência, eu já tinha lido aquilo tantas vezes que já havia até decorado quais as regras.

Não comer no dormitório
Não falar alto dentro do dormitório
Não jogar lixo no chão
Deixar a cama arrumada
Deixar o que pegou no lugar
Apagar as luzes
Proibido luzes acesas depois da meia-noite

E assim por diante.

Saímos para a recepção novamente, dessa vez o Max já conversava com outras pessoas, por ser a primeira vez da Serena em Pelter resolvemos dar uma voltar, já que ela queria um suvenir, para guardar de recordação. Ainda haviam algumas lojas abertas, então saímos olhando as coisas, na verdade eu apenas olhava ela olhando as coisas, no final ela achou uma réplica da insígnia do ginásio de pedra e se encantou.

- Era algo assim que eu estava procurando, algo que me fizesse lembrar daqui sempre que olhasse!

- Essa foi a primeira insígnia que eu ganhei! - eu comentei enquanto ela analisava minuciosamente o objeto.
- Sério, Ash? - ela tirou os olhos da insígnia fajuta e olhou para mim.
- Sim, na época eu era um péssimo treinador e levei uma baita surra, mas foi ótimo pois eu aprendi muitas coisas.
- E foi daí que você virou amigo do Brokie? - ela questionou.
- Sim, ele deixou o ginásio nas mãos do pai dele e de seus irmãos mais novos e foi comigo para se tornar um criador pokémon. Cruzamos Kanto, Jottô, Hoen, Sinnoh ainda nos vimos em Alola. - eu expliquei.

Ela parecia fascinada com as minhas histórias. Haviam tanto sobre mim que ela ainda não sabia, mas teríamos muito tempo para mostrar tudo a ela.