Capítulo 10

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- Que? - disse estupidamente - Do que está falando?

- Que é virgem - disse dando risada.

- Ai vai Hero, isso não é algo ruim.

- Claro que é. Com 17 anos e é ainda virgem - riu.

- Primeiro, não é algo ruim e segundo, não sou virgem.

- Sim, claro Josephine, eu tampouco sou - disse sarcástico - Acha que eu vou acreditar?

- Hero, faça o que tem vontade - disse irritada e comi - E não se meta na minha vida - disse depois que engoli.

- Como queiras - deu risada - Mas se quiser se livrar dessa sua irritação pode vir ao meu quarto.

- Pervertido - gritei e me levantei.

- Que exagerada! Só estava te propondo algo - disse rindo.

- Sabe? - disse de má vontade - Vai se ferrar - gritei perto do seu rosto - Te odeio - e corri para a escada a cima. Ele vinha atrás.

- Me odeia de verdade? - gritou quando parou a porta antes dela fechar.

- Sim, te odeio mais que tudo nesse mundo.

- Ódio é um sentimento muito ruim - disse enquanto fechava a porta.

- Morra.

- Não, não tenho vontade - respondeu rindo - Estava pensando que talvez... - dizia enquanto se aproximava de mim.

- Fica longe de mim Tiffin.

- Ai vai Josephine, vem aqui - disse me puxando a ele.

- Me solta ou sofrerá as consequências - disse ameaçando. Ele só rio. Levantei meu joelho e o acertei entre as pernas; soltou-me para por as mãos na região golpeada - Eu te adverti - me afastei dele e me tranquei no banheiro.

- Josephine, sai daí agora.

- Não.

- Sai agora mesmo - disse do outro lado da porta.

- Já disse que não - gritei sentando-me no chão, contra a parede.

- Josephine quero que você abra essa porta se não quer que eu a coloquei a baixo também, eu juro que faço isso.

- Ai que medo - disse sarcástica.

- Sai desse banheiro - gritou histericamente enquanto batia forte na porta.

- Que mal educado você é - disse brincando.

- Não te convém se fazer de louca - disse com fúria nas palavras - Quero que saia.

- O que acontece se eu não sair?

- Não brinca - disse de má vontade. Deu para escutar que se apoiou na porta - Quero que saia, não vou te fazer nada, apenas saia.

- Não.

- Por favor! - gritou com desesperação.

- Saio se você sair do meu quarto.

- Não, sai daí e conversamos.

- Não. Sai do meu quarto e quando sua raiva passar a gente conversa - disse firmemente. Deu um chute na porta e depois só havia silêncio. Supus que foi embora.

Abri a porta com cuidado, olhei o quarto de um lado para o outro e então saí. Tinha medo de que ele ainda estivesse aí. Para minha sorte não estava.

Tinha que fazer minhas malas para ir ao México assim que peguei uma mala e abri o armário. Algo se lançou sobre mim me fazendo cair. Gritei o mais alto que pude, mas ao levantar a cabeça vi Hero rindo encima de mim.

A BELA E A FERAOnde histórias criam vida. Descubra agora