Capítulo 5

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Ao descer as escadas nos encontramos com o pai de Hero junto com uma mulher.

- Oi querido - sorriu a mulher beijando a bochecha de Hero.

- Oi mãe - ele devolveu o sorriso e me pegou pela cintura - Ela é Josephine, minha namorada - ele me observou e logo voltou a olhar para sua mãe.

- É um prazer te conhecer Josephine - sorriu para mim e me deu um beijo na bochecha.

- O prazer é meu.

- Oi Josephine - disse o pai de Hero antes de beijar minha mão - Oi Hero.

- Oi pai.

O jantar não estava pronto então nos sentamos na sala de jantar e conversamos enquanto isso.

- Então você tem 19 anos? - perguntou a mãe de Hero. Eu assenti.

- E o que pensa em estudar? - perguntou o pai de Hero. Agora eu não sabia o que responder.

- Eu disse para ela que não precisa se preocupar com isso agora. Não é amor?

- Sim - sorri. Como ele consegue inventar coisas tão rápido?

- Apesar de insistir em ser advogada... - continuou. Os olhares de admiração que tinham para mim só aumentaram - Eu não deixei - sorri - Penso que as mulheres devem estar em casa. Além do mais, quando a gente se casar e os filhos vierem ela deve estar em casa enquanto trabalho.

- Boa forma de pensar - apoio sua mãe.

Então duas mulheres que eu não conhecia entraram e trouxeram a comida.

- Hero, como eles se chamam - perguntei em sussurro enquanto colocavam as coisas na mesa.

- Minha mãe se chama Courtney e meu pai Jace.

O jantar foi tranquilo, Hero e Jace falavam de negócios e de dinheiro enquanto Courtney e eu apenas escutamos já que não entendíamos nada.

- Bem - disse ela mudando de tema - O que já pensou para o casamento?

O casamento? - pensei - Eu não penso em me casar e muito menos com Hero.

- Ainda nada, mas vamos falar sobre isso com mais tranquilidade - respondeu Hero - Acontece que ultimamente tenho muito trabalho e quase não estamos juntos mas logo vamos começar a planejar - me deu um chute por baixo da mesa e eu fingi um sorriso.

- Mas tem que conseguir um lugar bonito para a cerimônia - me sorriu - Não acha Josephine? Eu estava pensando em decorar com flores brancas.

- Sim, é uma boa ideia - me limitei a dizer antes de arruinar sua fantasia.

- Nós tínhamos conversado em fazer a celebração no jardim aqui de casa, é grande e se decorar bem vai ficar muito bonito - agregou Hero.

- Gosto da ideia - disse Jace.

O resto do jantar e da sobremesa eles começaram a falar do "nosso casamento". Nem louca que me caso com esse psicopata que não sabe falar certo comigo.

Os pais de Hero foram embora perto da meia noite nos deixando sozinhos com os empregados.

- Bem, tudo saiu perfeito - ele disse depois de fechar a porta da frente.

- Agora me explica tudo isso - fiquei na frente dele com as mãos na cintura - Eu não vou me casar com você então não planeje muito.

- Te faço uma pergunta - disse ignorando minhas palavras - Eu te disse sobre algum casamento?

- Que? - disse sem entender.

- Olha Josephine, é simples, você vai casar comigo querendo ou não.

- Eu não quero e não o farei porque você não é ninguém para dizer o que devo fazer ou não - gritei. Duas empregadas espiavam da porta da cozinha.

- Amor - disse quando se deu conta que nos observavam - Podemos continuar a conversa no quarto? - me deu um leve empurrão me pegando pela cintura.

- Hero, é sério - sussurro enquanto subimos - Não casarei com você e... - me interrompeu.

- Fica quieta - disse de má vontade, mas sem levantar o tom de voz - Vamos até meu quarto.

Entramos em seu quarto e ele trancou a porta.

- Senta aí - ele sinalou a cama e eu obedeci - Olha - começou a falar nervoso - É simples, vamos nos casar em um mês.

- Que? - disse num intento de gritar porem pareceu mais uma queixa - Não.

- Sim - se sentou ao meu lado - É sério tenho que me casar, por que acha que te comprei? - estava me intimidando com o olhar - É por trabalho - agregou - E mesmo que você seja menor de idade pode casar porque eu sou seu tutor e assino a permissão.

- Você não pode casar comigo contra minha vontade.

- O que faz você pensar isso? - perguntou com malícia - Sou Hero Fiennes-Tiffin - agregou.

- Oh, por favor, você é todo um convencido - disse abaixando o olhar - É sério, não quero casar com você. Você não se importa com o que penso?

- Sinceramente? Não, não muito - eu levantei da cama.

- Não quero casar com você, já é demais a morte do meu pai, que tenham me leiloado e que logo você tenha me comprado - as lágrimas queriam sair - Por acaso você não tem sentimentos?

- Josephine - disse friamente - Todas as pessoas tem sentimentos e não ache que eu não tenho porque sou uma das pessoas que mais sofre.

- E por isso faz com que eu também sofra? - disse me aproximando dele - Não me casarei.

- Sim, você vai - se levantou da cama.

- Posso ser sua filha, sua criada se preferir, mas não me obrigue a casar com você.

- Você está cordialmente convidada para nosso casamento.

A BELA E A FERAOnde histórias criam vida. Descubra agora