Capítulo 49

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Um dia antes de receber alta, Courtney apareceu no hospital com Jake e me encheram de amor a tarde toda. Jake desenhou com giz de cera em uma folha e me entregou com um chocolate. Hero, teve o cuidado de me lembrar do amor que ele tinha por mim e me deixou sozinha uma vez por dia para ir trocar de roupas e tomar um banho. E voltava com um buquê de rosas.

A permanência no hospital foi prorrogada por mais dois dias, devido ao simples fato de que eles tiveram que tirar meu sangue e os resultados não era o que esperava e eu tive que ficar medicada por mais um dia e mais outro dia de descanso absoluto, com soro incluído.

- O que você está pensando? – perguntou enquanto diria, quando voltávamos do hospital.

- Nada – dei de ombros – Sabe? Espero que da próxima vez que formos ao hospital a gente volte com um bebê nos braços – sorri com a ideia.

- Eu concordo com você – sorriu.

Em menos de dez minutos, as ruas que percorremos não eram familiares para mim e senti meu estômago revirar. O que Hero estava fazendo?

- Para onde estamos indo? – perguntei com a intriga.

- Eu já estava estranhando que você não perguntou – riu.

Hero não faria nada de errado comigo. Não era hora de paranoia, especialmente quando sabia que ele me amava da mesma maneira que eu o amava.

- Não vai responder? – insisti.

- Para casa Josephine.

- Não conheço essas ruas. Minha memória está intacta, certo? – perguntei desconfiada.

- Claro – ele riu – Apenas espere chegar e você verá.

Apenas encostei a cabeça no vidro do carro e observei o local. Estávamos andando de carro por mais de vinte minutos e cada vez estávamos mais distantes da cidade. Presumivelmente, não estávamos indo para nossa casa. Mas Hero poderia chamar a casa de seus pais de 'nossa casa' e, como eu nunca estive lá, ele poderia se referir a isso.

- Não adormeça querida. Estamos prestes a chegar.

Pisquei rapidamente e me endireitei no assento do carro. Estávamos em uma estrada de terra, o lugar era quase rural e à distância se via uma enorme casa de tijolo a vista.

- Onde estamos? – perguntei estranhando. Hero riu e não respondeu à minha pergunta.

Não dei importância e observei os arredores. Logo Hero estacionou a alguns metros da casa luxuosa e desligou o motor do carro.

- O que você acha? – pergunto, me observando. Saímos do carro.

- O que eu devo pensar?

- Diga-me palavras simples, você gosta ou não?

- Claro que eu gosto – disse animadamente – É enorme. É a casa dos seus pais?

- Não – ele me abraçou por trás e apoiou o queixo no meu ombro – Você não pensa em mais nada?

- A casa da Danielle?

- Tem algo melhor?

- Eu desisto Tiffin – eu ri.

- Bem-vinda a casa, meu amor – beijou minha bochecha e pegou minha mão.

- Você está brincando – eu disse me virando nos braços dele. Ele riu – Você está falando sério? – passei meus braços em volta do pescoço dele.

- Claro que estou falando sério querida – ele riu e beijou meus lábios com ternura – Agora temos mais privacidade. Estamos mais longe de tudo.

A BELA E A FERAOnde histórias criam vida. Descubra agora