Capítulo 15

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Ele tentou várias vezes segurar minha mão, mas eu a soltava cada vez que tentava.

Caminhamos até a praia que estava só a alguns metros do hotel. Sentamos sobre a areia. Hero usava seu smartphone enquanto eu morria de calor, por isso decidi tirar o vestido e tomar sol de bikini.

- Pensei que tivesse um pouco de corpo - disse divertido - Parece uma prancha de surf - disse em uma gargalhada. Eu me irritei.

- Tiffin fique quieto se não quer engolir areia agora mesmo - disse e isso o fez rir.

- Só estava te incomodando, na verdade me encanta seu corpo.

Eu estava deitada de cabeça para baixo então me apoiei em meus cotovelos e o olhei.

- Você pode parar de ser tão babão? - ele riu - Você me dá nojo Hero.

- Só disse que gosto do seu corpo. O que há de mais nisso?

- Que você diz como um psicopata sexual que em qualquer momento pensa em me levar para a cama - estava alterada - Me olhe nos olhos - disse incomodada.

- Não sou um psicopata sexual - disse me olhando nos olhos como pedi - Mas isso não tira minha vontade de estar entre suas pernas - agregou. Outra vez queria enterrar seu rosto na areia.

- Para, já é suficiente - disse e voltei a deitar - Fica quieto e não torne minha vida um inferno, já é o bastante.

- Como queira carinho - disse divertido.

Fingi que nem ouvi essas últimas palavras. Estava me deixando louca. Ele definitivamente queria me levar para a cama e não ia parar até conseguir. De uma ou outra maneira ele me fazia... Josephine nem pense em dizer o se sente quando ele diz isso.

Acabei dormindo, mas não por muito tempo. Acordei ao sentir uma mão acariciar minha perna. Me movi só um pouco porém não tirei a mão que proporcionava doces e ternas coceguinhas na minha pele. Reage Josephine é Hero, disse para mim mesma, mas gostava do carinho em minha perna. Parecia que não ia se conformar só com isso, me tocou na bunda, não queria chamar a atenção das pessoas que estavam ali, mas não penso permitir isso.

- O que está fazendo? - perguntei indignada. Tirou sua mão e me dedicou um sorriso.

- Você dormiu - me informou.

- Ah, não tinha me dado conta - disse com raiva e ele voltou a rir - O que você tem? Não consegue parar de mostrar seus dentes? - Ele ficou sério e se levantou.

- Já não posso sorrir - disse antes de ir embora.

Sorri, por fim me deixaria um tempo sozinha. Por outro lado não estava feliz de estar sozinha, me sentia desprotegida.

Virei meu rosto para que o sol desse no meu rosto. Acomodei meu cabelo e continuei ali sem preocupação alguma.

Quando já me senti sufocada pelo calor, decidi ir dali. Sabia que ao chegar no hotel Hero ia me incomodar assim que em vez de ir para o hotel fui em umas lojas. Comprei um par de brincos e uma pulseira para mim e bem, deixei de lado minha irritação com Hero e comprei uma pulseira feita com fios pretos e vermelhos para ele, a achei muito bonita. Eles embrulharam para mim e depois voltei ao hotel.

Tive que chamar na porta porque Hero tinha o cartão para abrir ela. Ele abriu e voltou para onde estava; ele continuava irritado. Não dei importante a sua atitude e fechei a porta. Caminhei até a parte do quarto onde estava a cama, vi toda minha roupa jogada sobre ela. Fechei os punhos.

- Quero que guarde toda a minha roupa onde estava - disse secamente e joguei as coisas que tinha mão no sofá. Nem sequer me olhou, apenas continuou a guardar a sua roupa - TIFFIN! - gritei e ele me olhou - Guarde minha roupa onde estava - negou com a cabeça e continua guardando a sua - Tiffin - chamei - Pode guardar a minha roupa onde estava? - pensei que pedindo bem ele podia ceder. Ele me olhou incrédulo e voltou ao que fazia.

Aproximei-me dele e abri parte do guarda-roupa. Ele me olhou. Peguei a roupa que estava dobrada e joguei sobre a cama.

- Guarda minha roupa onde estava - ordenei. Ele me ignorou e continuou a guardar a roupa - Hero - cruzei meus braços. Não falou comigo e tampouco o ia fazer.

Tive só uma ideia. Peguei minha mala e comecei a guardar minha roupa nela. Ele nem me olhou. Fechei a mala e a deixei do lado da porta, caminhei até o sofá e peguei as coisas que havia comprado e me lembrei do presente dele.

- Para que veja que diferente de você, eu penso nos outros e não sou tão egoísta como pensa - joguei o pequeno embrulho nele que chocou contra seu peito - Ainda te odeio - guardei o resto na minha bolsa. Abri a porta e o olhei; estava me deixando ir.

Fechei a porta com força e ao instante a ouvi abrir. Virei-me e o olhei. Ainda estava apenas com a bermuda, o torso desnudo e descalço.

- Assim resolve os seus problemas? Entra nesse quarto agora - ele foi para o lado para que eu passasse até a entrada do quarto.

- Não quero - disse negando com a cabeça

- 1... 2, se eu falar 3 e você não estar no quarto verá as consequências - eu entrei no quarto, ele veio atrás e fechou a porta - Parece uma menina que foge dos problemas que não quer resolver.

- Olha Hero - estávamos de frente um para o outro. Minha voz não ia sair enquanto ele estivesse tão perto de mim dessa forma. Engoli saliva e o olhei nos olhos.

A BELA E A FERAOnde histórias criam vida. Descubra agora