Alguém me ajude porque não sei o que responder. Me acabo de dar conta que também sentiria sua falta. Melhor jogar ao papel da garota histérica e do garoto que é uma fera.
- Que terno você pode ser quando quer – disse lhe dedicando um olhar indiferente. Desviou o olhar e soltou uma risada amarga.
- Sigo insistindo, depois o bipolar sou eu – o olhei malvadamente – Por que você se empenha em nos levarmos mal?
- Por que você se empenha em estragar minha vida e por isso... – fiquei calada, não tinha nada que dizer.
- Por isso? – me incentivou a falar – Vou perguntar uma coisa. Nunca vamos ser como um casal normal?
- Hero, não me saia com sentimentalismo barato, é óbvio que nunca vamos ser como um casal normal porque não somos um casal normal.
- Então... O que mais queria que eu dissesse?
- Olha Hero, estou com fome, assim que se não se importa vou pedir algo para almoçar.
- Está bem, mas pede algo para mim também.
Não disse nada, apenas disquei o número e chamei o serviço de quarto. Para mim pedi um prato de salada e um chá de hibisco, para Hero um hambúrguer.
Deitei na cama e comecei a fazer barulhos sobre a almofada.
- Mmmmmm....iiiiiiiaaiaiiai...shhhhhooouu – Estava muito entediada. Escutei a risada de Hero ao meu lado – Vai embora – disse com o rosto ainda sobre o travesseiro – Vai, não quero brigar outra vez – senti ele se deitar ao meu lado e apertei o travesseiro com as mãos.
- O que estava fazendo? – senti seu olhar sobre meu rosto no travesseiro.
- Barulhos sem sentidos.
- Sabe? – agora ele já estava mexendo em seu smartphone – Ainda tenho vontade de ir para a praia.
- Que legal – disse sarcasticamente enquanto me deitava de lado.
- Não se faça de indiferente porque vem comigo – disse dando risada.
- Com uma condição – bloqueou o smartphone e me olhou atento – Que me deixe fazer uma dessas trancinhas de praia.
- Não – disse firmemente e olhei para ele como uma menina pequena, ele deitou de lado e ficamos frente a frente – Vai ficar cheia de piolhos – fez uma cara de nojo e eu ri.
- Faz uma – sorri – Por favor.
- Não vai me convencer.
- Que amargurado você é Tiffin, espero que nossos filhos não sejam como você – droga, não tinha me dado conta do que estava dizendo até que havia dito. Juro que um sorriso maléfico surgiu em seu rosto – Não é literalmente – sorri para sair desse tema em que me havia metido sozinha.
- Ou seja, vamos ter filhos – disse surpreendido pelas palavras que tinham saído da minha boca – Que legal – sorriu – Se for menina se chamará Megan – me informou e eu ri.
- Continue sonhando.
- Você disse que íamos ter filhos, não eu – jogou na minha cara.
- Não falava disso, disse que continue sonhando com o nome, se chamará Ashley.
- Isso é o que vamos ver – disse rindo – Assim despenteada você parece uma garotinha pequena.
- Fica quieto – ai não, não cora. Tarde de mais – Hero – disse chamando sua atenção e ele me olhou diretamente nos olhos. Vamos você pode dizer – Sim.
- Sim o que? – levantou as sobrancelhas já que não havia entendido.
- Que sim – voltei a dizer. Por que é tão difícil explicar?
- Josephine, não entendo – o pior é que ele estava falando sério.
- Que sim, se você morresse, eu sentiria sua falta – ele sorriu ternamente. Dei a volta para me esconder me tapando com o travesseiro.
Minhas bochechas estavam rosa e meu coração batendo com força.
Senti suaves carícias que recorriam o cabelo que caía pelo meu rosto. Não levante a cabeça, não levante a cabeça, vamos Josephine, se concentre em respirar o delicioso cheiro do travesseiro recém perfumado pela limpeza do hotel.
Se lembra da expressão "salvos pela campainha"?
Bem, três golpes na porta me salvaram.
Soltei todo o ar que estava segurando no pulmão quando Hero levantou da cama e abriu a porta.
- Obrigado, diga na recepção que coloquem na minha conta.
- Claro senhor, qual é o seu sobrenome?
- Tiffin.
- Eu avisarei – disse amavelmente. A porta fechou.
- Vem comer – disse deixando a comida sobre a mesinha de centro. Logo o silêncio foi substituído pelas notícias que passavam na TV. Levantei a cabeça e o olhei.
- Pode trazer aqui para mim?
- Não, vai sujar a cama.
- Por que você se queixa se não é você que dorme aqui? – ele sorriu.
- Não dormia, hoje sim pequena – pude sentir meu coração acelerar, engoli saliva e me levantei da cama.
- Está bem, eu vou dormir no sofá – tratei de controlar meus nervos.
- Como você quiser querida – disse enquanto se concentrava na comida.
Me sentei ao seu lado no sofá e aproximei a bandeja que tinha minha comida, peguei o garfo e comecei a comer. Terminei antes dele, me levantei e fui ao banheiro limpar meus dentes.
- Se veste para ir para a praia – gritou da sala.
- Está bem. Se prepare para fazer uma trancinha.
- Você e suas ideias loucas – gritou, eu ri e fechei a porta.
Limpei meus dentes, penteei meu cabelo e tirei a maquiagem.
Coloquei uma roupa de banho, fiz um coque e saí do banheiro.
- Ai céus – disse surpreendida, me virei rapidamente – Coloque uma roupa agora – gritei e escutei sua risada.
- Já vou, já vou, pensei que não ia sair tão cedo.
- Coloca logo.
- Pronto.
- É sério?
- Sim.
- Não acredito – disse dando a volta com os olhos fechados.
- Pode me olhar, prometo que estou de bermuda – abri os olhos e vi sua bunda. Voltou a rir e me virei rapidamente.
- Coloque uma roupa se não quer que eu te bata – gritei e ele disse algo enquanto gargalhava que eu não entendi.
- Agora sim.
- Jura?
- Eu juro – disse me pegando pela cintura – Acho que eu deveria tomar sol nas costas, não acha? – disse em meu ouvido.
Corei outra vez, ri tontamente jogando a cabeça para trás, senti um beijo em meu pescoço.
- Relaxa carinho, você está muito tensa – me disse sensualmente. Nossa Hero, você sabe conquistar uma mulher.
- Vem, vamos – me livrei de seus braços.
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A BELA E A FERA
أدب الهواةAo acabar de fazer 17 anos, Josephine perde a última pessoa de sua família e por ser menor de idade tem que ficar com alguém. O que ela não esperava é que fosse ser leiloada e comprada por um empresário aparentemente frio. Será que ela conseguirá en...