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Submundo, os dominios do imperador Hades, Giudecca...

Pandora

Faz algumas semanas que ando me sentindo um pouco enjoada e com tonturas. Para piorar, minha menstruação ainda não veio, porém continuo com o fogo de sempre com meu Rada, meu amado esposo que amo demais.

Nós somos tão felizes e, nos amamos tanto. Para completar nossa felicidade, só está faltando um filho. Eu sempre fiz tabelinha e tomo pílulas regularmente — com certeza eu não estou grávida.

Será que estou doente?! Eu acho melhor marcar uma consulta com a doutora Morgana, ela é uma ótima médica aqui no submundo...

Bom, eu já cansei de ficar aqui na Giudecca. Eu vou para o meu quarto, para ler um bom livro de romance e descansar um pouco, pois ando um tanto cansada e sentindo sono demais.

Será que estou anêmica? Não posso ficar doente, pois eu tenho que cuidar do meu esposo, para nenhuma vadia dar em cima dele. Eu ando um tanto estressada ultimamente, pois tanto meu belo e amado Rada quanto Minos e Aiacos, agora também têm discípulas...

Que caralho da porra! Hades tinha de inventar dos nossos juízes, vierem ter discípulas — três periguetes infernentas que não podem ver macho, sendo eles compromissados ou não.

As três vadias ficam mijando aos pingos, em homens alheios. Se a puta da Iana der em cima do meu marido, eu a mato, pois o Rada é meu e só meu!

Fui caminhando calmamente até as portas de entrada da Giudecca, para poder seguir até meu quarto, porém senti uma fortíssima tontura. Após minhas vistas escurecer, já não via e sentia mais nada.

Zelos

Ao entrar na Giudecca, automaticamente peguei a senhora Pandora entre meus braços, evitando assim sua queda no chão, pois a mesma estava inconsciente. Devido ao seu desmaio, eu a peguei no colo e comecei a gritar por ajuda. Ela estava mais pálida do que de costume — mesmo ela tendo uma pele alva, agora estava ainda mais branca. Senti um desespero, pois pensava que ela estava morta.

Fiquei com ela nos braços, a chamando de forma desesperada.

— Senhora, Pandora! Senhora, Pandora! — nada dela acordar. Finalmente a ajuda chegou e, ela seguiu direto para o hospital do submundo. Eu desejava ir junto dela, mas não deixaram pelo fato de precisarem fazer procedimentos mais sérios nela...

Lune, Faraó e eu ficamos vendo a ambulância a levando as pressas para o hospital. Eu tentava conter minha terrível aflição.

Prisão do juíz Radamanthys...

Radamanthys

Caramba! Hoje estou cheio de trabalho. Mal tive tempo pra comer qualquer coisa. Minha barriga está roncando de fome e, cada vez mais chega gente morta nessa joça para serem julgadas. O meu trabalho só veio aumentar — ainda mais que Minos perdera recentemente sua esposa Violante, num parto extremamente arriscado, ao dar a luz a Kiara. Por ter sofrido muito, a mulher, no seu difícil parto normal, teve um descolamento do útero e morreu devido à hemorragia interna.

Minos anda num estado desolador e extremamente arrasado após ter perdido sua jovem esposa, a quem ele tanto amava e continua a amar. Aiacos, aquele folgado filho da puta, está viajando ainda com sua namorada, a ruiva Marin.

Minos, além de estar sem cabeça para trabalhar, devida a depressão que ele se encontra, ele está tendo que cuidar de sua filha recém-nascida. Ele agora está tendo que se virar nos trinta.

Mas vamos deixar as brincadeiras de lado e vamos julgar logo essa cambada de gente morta... Hades do inferno! Quantos mortos! Nossa! Daqui a pouco o submundo estará extremamente lotado...

Ianca

Me aproximei do senhor Radamanthys, para poder lhe oferecer um lanche, pois com certeza ele deveria estar faminto — ainda mais que sequer teve tempo para almoçar.

— Senhor Radamanthys, o senhor não deseja lanchar agora? — eu dizia a ele, ao me aproximar, já lhe estendendo uma bandeja repleta de guloseimas que ele tanto gosta. Fiz isso sorrindo docemente.

Enquanto o mesmo já estava começando a me agradecer pelo meu feito, aquela tartaruga ninja horrenda já adentrou a sala da prisão do meu amado chefe, aos berros e se esbarrando em mim, me fazendo derrubar a bandeja que eu preparei com tanto amor e carinho para o meu belo chefe que eu estou apaixonada — mesmo ele sendo casado com a Mortícia Adams do Paraguai...

Minha vontade era de esfolar aquela maldita tartaruga ninja do caralho, porém me contive ao ouvi-lo começar a falar de forma desesperada.

— Senhor... R-Rhadamanthys! A senhora Pandora passou mal e foi levada as presas para o hospital. — ele dizia atordoado e tremendo feito uma vara verde.

Meu chefe retirou seu manto de juiz, após levantar de sua mesa, revelando assim toda a beleza de seu corpo escultural e definido por debaixo das roupas que ele estava usando, sendo uma baby look bem apertada que definia ainda mais seu largo peitoral e seus braços musculosos a mostra.

Para valorizar ainda mais o estonteante look, que enchiam meus olhos, ele trajava uma calça jeans rasgada e apertada, que definia muito bem o volume de seu pênis, sendo as roupas toda preta.

— Ai, que homem lindo e gostoso! — falei para mim mesma em pensamentos, despertando em seguida com meu chefe gato que falava com aquela voz sexy e rouca.

— Ianca, eu vou até o hospital para saber sobre minha esposa... Por favor, continue o trabalho por aqui, pois não sei quanto tempo irei demorar por lá. — ele se dirigia a mim, de forma educada. Logo depois o vi se retirando da sala, acompanhado pela tartaruga asquerosa de nome Zelos.

Hospital do submundo, sala de observação...

Perséfone

Eu estava junto de minha cunhada Pandora, aguardando os resultados de seus exames. Eu estou grávida de sete meses e sinto tanto peso na minha barriga e, me dá a impressão que meu cox irá abrir de tanto que dói. Fui obrigada a deixar Pan um pouco sozinha, para poder ir ao banheiro, pois estou necessitando.

Ando me sentindo igual uma pata choca, pois engordei demais nesses meses da minha gestação e não vejo a hora de ter meu bebê, ou serão bebês?

Meu sonho é ser mãe de gêmeos...

Radamanthys

Finalmente cheguei ao hospital e, após dar meu nome e pedir informações sobre minha esposa, uma das enfermeiras me acompanhou a sala de observação. Ao ver a mesma acordada, me senti mais aliviado. A abracei e a beijei com carinho.

Ela me explicou que estava esperando a médica vir dizer os resultados dos seus exames.

A doutora Morgana adentrou a sala, nos olhando seriamente.

— Então, doutora? O que minha esposa tem? É grave? — eu questionava angustiado.

— Calma, senhor Histen... Sua esposa está bem saudável, ela não tem nada de grave. — a médica dizia calmamente.

— Mas o porquê do desmaio, doutora?! — eu indagada contendo preocupação ainda.

— Senhor e senhora Histen, meus parabéns! Pois vocês serão pais. — eu arregalei meus olhos. — Eu aconselho a senhora já iniciar seu pré-natal com a doutora Natasha. Agora, você já pode retornar a sua casa, senhora Histen.

Pandora e eu comemorávamos aos beijos. A imperatriz Perséfone adentrou a sala e ficou nos olhando sem nada entender, até minha Pan lhe contar a excelente notícia.

Após Pan receber alta da doutora Morgana, retornamos para casa, felizes da vida, dando a ótima notícia para todos. No dia seguinte, fui com ela a sua consulta inicial e continuei a fazer isso todos os meses...

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