III - Guinevere

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- Senhorita, Soutter. – Masiry suspira – Peço que reconsidere.

Assim que chegará masiry estava dando os últimos toques no vestido azul que preparava para ela, era lindo, admitira, porém ainda assim havia muitas camadas, era muito extravagante para seu gosto.

- Não, não vou usar...isto.
Ela cruza os braços ainda sentada na cama macia, determinada a rejeitar quaisquer que sejam suas propostas.

Assim que chegou ao quarto agradecerá por não ter sido interrogada, só tomara banho e comera as tortas e frutas deixadas em uma bandeja de prata em sua mesa, ainda devorava seu pedaço de bolo de chocolate enquanto observava Masiry franzir a testa refletindo.

- Façamos assim, dei-me um de seus vestidos e farei o próximo perto do que me dará. Quanto antes me entregar, mais rápido ele ficará pronto.
Em um pulo ela largou o prato na cabeceira e foi rapidamente ao enorme closet, onde ao canto estava as roupas que trouxe, pegou um de seus vestidos favoritos, um vermelho que era justo na cintura de alcinha onde um broche de rubi estava, pequenos diamantes prendiam como gotas de cristal por ele todo.

Sorrindo ela o estendeu na cama, olhando para uma Masiry surpresa e admirada seu sorriso se alargou conforme sentava na ponta da cama.

- É lindo. – disse Masiry tocando-o com tanta leveza quanto tocaria em um bebê – É simples, mas charmoso e... combina com você. Todos são assim?

Não havia como dizer que aquele tinha sido mais caro do que muitas pessoas poderiam pagar, pois pagava com o dinheiro que ganhava sendo a assassina de Aklur. Ela piscou e sorriu com o canto da boca.

- Tenho bom gosto, todos são das mais finas grifes, Masy.
Disse ela diz se jogando na cama.

- Imagine só você vestida com um destes em um baile.
Ela arregalou os olhos, mas antes de virar o rosto balançando os braços deu para vê-la corar.

- Não seja tola, senhorita Soutter.
Masiry rapidamente voltou a guardar o vestido conforme Guinevere ria.

- Trate de ocupar-lhe o tempo, vou terminar de limpar o quarto.
Masiry disse ainda dentro armário, ignorou a ordem implícita e levou como uma sugestão. Descendo da cama, lembrou-se que ainda estava somente de toalha, então cantarolou.

- Masiry, querida, espero que saia daí logo, a menos que queira que eu saia pelo castelo de toalha.
Deu para ouvir pequenas exclamações, e pedidos de desculpa. Conforme Masiry prendia seu cabelo em uma trança, Vere passava os dedos pelas marcas na calça preta, as vezes olhava para o espelho para ver sua criada com olhos atentos e dedos ágeis, quando disse que estava pronto e admirou o trabalho feito.

- Por favor, não esqueça o que eu lhe pedi, Masy.
Ela pisca saindo cantarolando pelo corredor de lapis-lazuli, sorrindo para os guardas que estavam a sua porta, e pelos que encontrou no seu caminho até o grande salão de armas, pensará em chamar Jason para treinar, mas imaginou que estivesse ocupado com toda a parte estratégica de seus planos.

▪▪▪

Ao adentrar as grandes portas, o ar parecia mudar, mais leve, não sabia se era o alívio de estar voltando a se dedicar a arte que preenchia boa parte do seu ser ou se realmente o ar era mais puro, havia portas de vidro que davam para o jardim, a parede esquerda era preenchida de armas, machados, espadas, arcos e flechas, adagas, lanças e todo tipo de instrumento que preenchia o seu lado mais selvagem, a parede direita era cheia de alvos, bonecos de teste, espelhos e tatames.

Pegando uma espada com um punhal prata, pesou-a nas mãos, girando aleatoriamente testando ela, quando alguém disse atrás dela, com um ar brincalhão.

Trono De Fogo - Fragmentos De Chamas E AguaOnde histórias criam vida. Descubra agora