Hello, meu povo. Como sabem meu PC deu pau e todas as minhas fic's vão acabar sendo prejudicadas até que eu consiga comprar um novo. Sendo assim, please, tenham paciência. Eu digito no celular, mas não é agradável tampouco ágil.
Katsuki recebeu de bom grado o breve beijo na bochecha que Eijiro lhe deu antes de sair, seus olhos pairando presos na porta como se ele ainda estivesse ali.
— Eu sei, ele nem parece real, certo? — a senhora começou com a voz suave, resgatando-o de seus pensamentos — Um tubarão, sendo tão gentil com as criaturas que deveria tratar como alimento. É como se ele fosse algum sonho louco e paradoxal.
— Como pode ser isso, por acaso ele é... Sei lá, talvez um tanto... — não sabia ao certo como escolher as palavras sem parecer rude.
— Anormal? — ela completou, compreensiva — Não, posso te garantir que ele está em perfeito juízo e não tem nenhuma sequela psicológica ou deficiência cognitiva. Por mais que seja estranho e nos deixe intrigados ele é apenas assim, uma criatura de bom coração, e sabe, depois de um tempo você não consegue vê-lo de outra maneira.
Não é como se ele não soubesse ou realmente acreditasse que Eijiro possuísse alguma anomalia em seu DNA, mesmo assim sentiu-se satisfeito com a resposta.
— No entanto eu devo avisá-lo para ter cuidado, garoto. — ele a fitou, atento às palavras ditas de modo sério, um aviso — Por mais gentil e carinhoso que seja, ele continua sendo um tubarão e você não deve subestimar a capacidade da natureza dele de sobrepujar sua sanidade, se um dia perceber que ele está sob a influência dos instintos primitivos você deve se afastar, antes que ele cometa uma loucura da qual vai se arrepender pro resto da vida.
O aviso deixou Katsuki tenso, roubando-lhe a capacidade de uma reação imediata, encarando as próprias mãos. Há tempo ele realmente não via Eijiro como uma ameaça, em verdade tinha se acostumado com sua personalidade mansa e tranquila de um modo que apenas não conseguia mais associá-lo a um potencial predador.
Parecia um tanto estranho que alguém levantasse a teoria de que ele poderia machucá-lo, quase leviano, afinal eles estavam falando de Eijiro. Não havia criatura mais doce no oceano que ele.
— Você acha que ele seria capaz de me machucar? — sua voz soou mais baixa do que deveria.
Aquela possibilidade realmente o deixou apreensivo.
— Todos somos regidos pelos instintos, meu jovem. Aposto que a primeira reação que teve ao vê-lo pela primeira vez foi a de correr, certo? Mesmo que estejamos em condições de pensar e assim evitar que a nossa natureza nos consuma, as vezes ela se sobrepõe, e isso pode causar um enorme problema.
— Eu sei disso, mas não acho que ele seria capaz de perder a razão. — argumentou, tentando convencer a si mesmo — E mesmo que aconteça ele me conhece e sei que vai conseguir se controlar.
Ela pareceu compreender a apreensão em sua voz e sorriu de modo gentil.
— Apenas se certifique de estar seguro, certo? Eu conheço o Eiji há muitos anos quando ele me salvou de der devorada por uma dupla de tubarões, e sei o quão importante é para ele proteger as pessoas que ama. Por isso te peço, se o vir perder a cabeça se esconda e garanta que vai ficar bem.
(...)
As palavras dela continuaram ribombando na mente de Katsuki durante o trajeto até o recife de corais onde morava. Sequer prestava atenção nas coisas que Eijiro falava, tendo apenas a percepção de que ele estava ali, junto a si.
— Suki, você está com raiva de mim?
A pergunta o arrancou de seus pensamentos mais profundos e ele se viu interrompendo o trajeto para olhar o tubarão.
— Não, porque eu estaria?
— Sei lá, você tem estado tão distante desde que conversou com a Recovery Girl. — falou sem jeito — Eu sei que ela nunca faria mal a você, por isso o deixei com ela, mesmo assim tenho a impressão de que você está incomodado.
— E então você associou ao fato de eu estar com raiva de você? Onde isso faz sentido?
— Não sei, apenas chutei essa possibilidade, eu acho.
— Pois eu não estou com raiva de você, pode ficar tranquilo — aproximou-se dando um beijo para acalmá-lo.
Eijiro exitou por um momento antes de aceitar o beijo, ladeado a cintura do tritão para trazê-lo mais perto de si, unindo seus corpos. Quando se separaram, ele ficou aéreo, com os pensamentos dispersos e com o olhar um tanto abobalhado.
Os pensamentos e assunto anterior apenas se perderam, tornando-se diminutos e sem importância diante da magnitude do sentimento que florescia entre ambos.
— Isso faz da gente, namorados? — Eijiro perguntou ainda entorpecido.
— Achei que isso já estivesse mais do que óbvio — Katsuki brincou. Não tinha pensado na possibilidade, mas não se incomodaria.
— Você realmente quer namorar comigo? — os olhos dele brilhavam em expectativa.
— Se eu não quisesse não estaria deixando você me beijar, nem me segurar assim, não acha?
O tubarão pareceu concordar e deu mais um beijo para se certificar antes de começar a comemorar, gritando e girando com Katsuki que brigava em meio ao riso.
Como podiam supor que uma criatura doce como Eijiro pudesse um dia lhe fazer mal?
Foi surpreendido, no entanto, quando ele tirou o próprio cordão e colocou em seu pescoço.
— Aceite como um presente provisório até eu fazer um pra você — explicou enquanto ajeitava as contas — Esse é um item muito importante para os tubarões e eu sei que você o queria há um tempo. Não posso te dar esse porque é meu, mas vou deixar com você enquanto preparo o seu. Até lá use, mas tenha cuidado, pois eu vou estar ferrado se algo acontecer com ele.
— Eiji, não precisa, eu posso esperar o que você vai fazer para mim — tentou tirar o cordão, mas o tubarão o impediu.
— Não, por favor, eu insisto. — disse resoluto.
— Mas é importante e eu não quero correr o risco de perdê-lo.
— Você não vai, eu confio em você. Apenas esteja no nosso ponto de encontro em dois dias para me devolver.
Não havia como recusar e Katsuki sentiu que o ofenderia se tentasse, então aceitou.
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Eu não acredito que deu 1k zerado, misericórdia, isso é impressionível.
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Underwater
FanfictionO Mundo Subaquático é um lugar fascinante e hostil. Último refúgio da humanidade, ele é ocupado por criaturas híbridas cujos corpos evoluíram para resistir e sobreviver ao ambiente. Nele existem algumas importantes regras de segurança, sendo a mais...